Lição da Escola Sabatina - Jovens - ESTRESSE

“Venham a Mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e Eu lhes darei descanso” (Mt 11:28).

Prévia da semana: Não há como evitar o estresse, mas podemos controlá-lo com atitudes simples, entre elas, a confiança em Deus.

Leitura adicional: 1Rs 17:2-4, 15, 16; 19:1, 2; Mc 6:31-34; Gl 6:2; Jo 15:13. A Ciência do Bom Viver, p. 247-259. http://www.ellenwhitebooks.com/

Paz entre as árvores

Eram três da manhã, e eu estava deitado no meio de uma mata sobre uma rocha, respirando pesadamente. O choro de raiva e frustração havia parado, e eu estava quieto, sentindo o frio da pedra atravessar minhas roupas. A emoção das últimas semanas havia transbordado, e foi para esse lugar solitário que me dirigi para deixar Deus ver minhas frustrações.

O que havia me levado ali? Tinha sido o auge do que eu fiz naquelas férias. Uma das coisas foi trabalhar 40 horas por semana. Outras 60 horas por semana eu estava dedicando à edição de um grande projeto de filme no qual ninguém acreditava. Passei várias noites sem dormir e me entupindo de lanches de fast food às duas da manhã. Sem falar que, além de tudo isso, meu namoro tinha terminado. Cheguei ao meu limite.

Eu tinha tanta coisa para fazer, e nada estava sendo feito. O filme estava abandonado, enquanto eu ficava só olhando para a tela, ou literalmente viajava na Internet – tudo para evitar corrigir os problemas que ele tinha.

No trabalho, as pessoas que precisavam da minha ajuda a recebiam aos poucos e na mínima dose possível. Eu não podia dar mais nada de mim. Estava desanimado e irritado comigo mesmo, com todo mundo e com Deus.

Depois de fechar o programa de edição e atravessar os trilhos, eu estava me dirigindo para meu apartamento. Mas, de alguma forma, enquanto voltava para casa, entrei no bosque.

Ele estava escuro e silencioso, e uma chuva fina caía por entre as folhas de verão, esfriando tudo. A rocha em que eu me encontrava era do tamanho certo para alguém se sentar, ajoelhar, ou ficar em pé sobre ela e gritar olhando para o céu. E eu fiz tudo isso na solidão das árvores. Ali, eu e Deus tivemos um encontro.

As coisas não mudaram imediatamente, mas aquele foi um momento decisivo que trouxe Deus de volta a minha vida frenética. Fiz algumas coisas contra o estresse. Deixei de lado à edição do filme. Tive um fim de semana longe do trabalho e dormi. Aos poucos, recuperei o controle da minha vida. Novamente senti que sou humano.

O estresse pode nos atingir de muitas formas e por muitas razões. Mas, em meio ao tumulto, Deus está lá. Encontramos Sua voz no silêncio se tomamos tempo para Lhe entregar nossos fardos. Esse é o enfoque da lição desta semana.

Mãos à Bíblia

1. Como Deus providenciou a sobrevivência de Elias durante a longa seca em Israel? 1Rs 17:2-6, 15, 16

2. Que outras coisas aconteceram a Elias? Que lições podemos tirar delas? 1Rs 17:17-22; 18:23-39, 45

Loren Small | Nashville, EUA
 
Graça sob pressão

Fugitivo (1 Reis 17; 19:1-18). A Bíblia não nos diz nada sobre a formação de Elias, mas somente que ele era tesbita – o que muito provavelmente significa que ele veio da cidade de Tisbe, em Gileade. Pelo que sabemos, ele não tinha familiares, mas só um assistente ocasional. Sua grande característica era a capacidade incrível de falar a verdade para os que estavam no poder; no caso, um rei vacilante que fez piorar a depravação em Israel.

Elias era tranquilo, calmo e senhor de suas emoções. Imagine-o indo de cabeça erguida para anunciar ao rei Acabe: “Juro pelo nome do Senhor, o Deus de Israel, a quem sirvo, que não cairá orvalho nem chuva nos anos seguintes, exceto mediante a minha palavra” (1Rs 17:1). Imagino Acabe esbravejando uma resposta, enquanto Elias deixa o palácio confiantemente. Imagino Elias se acampando à margem do ribeiro de Querite, cortando um pouco de madeira, talvez escrevendo suas memórias e contando com seus “corvos assistentes” para lhe trazerem a refeição.

O tempo passa, a fome piora, o ribeiro seca. Deus envia o profeta para outra pessoa que estava estressada – a anônima viúva de Sarepta. Quando Elias ousadamente lhe pede um pouco de pão e água, ela lhe diz que tem somente óleo e farinha para fazer uns poucos bolos da última refeição dela e de seu filho. Suas palavras expõem sua dor: “Estou colhendo uns dois gravetos para levar para casa e preparar uma refeição para mim e para o meu filho, para que a comamos e depois morramos” (1Rs17:12).

Elias responde com uma das frases mais comuns da Bíblia: “Não tenha medo” (1Rs 17:13). Se isso não houvesse bastado para arregalar os olhos da viúva, ele ainda lhe pediu que preparasse algo para ele – porque, disse ele, não se acabariam o óleo e a farinha até que findasse aquele tempo de fome.

O milagre aconteceu! A farinha e o azeite foram multiplicados pelo poder de Deus, e a alegria voltou àquela casa. O coração da mulher certamente ficou um pouco aliviado, mas por pouco tempo. Dias depois, seu filho se sentiu mal e faleceu. Então, a viúva disse ao profeta: “Que foi que eu te fiz, ó homem de Deus? Vieste para lembrar-me do meu pecado e matar o meu filho?” (1Rs17:18).

Elias levou o menino para um quarto e intercedeu junto a Deus em favor dele e de sua mãe. Imagino que, quando Elias lhe devolveu o filho com a face rosada e os braços abertos, a mãe deve ter apertado o menino quase até matá-lo de novo.

Diante de experiências como essa, seria de se pensar que, depois disso, Elias manteria os olhos na vitória a cada passo do caminho – principalmente quando ele estivesse feliz por seu triunfo no Monte Carmelo. Mas uma só ameaça de Jezabel, esposa de Acabe, foi suficiente para que ele mergulhasse na autocompaixão, fugindo para o deserto. O homem que prendera sua capa com o cinto e competira com uma carruagem correndo montanha abaixo na chuva, fugiu para salvar a vida, como um cão com o rabo entre as pernas.

Um lugar solitário (Mc 6:30-34). Duvido que os discípulos alguma vez tenham sabido o que esperar de um novo dia com Jesus. Haviam acabado de voltar de uma missão para a qual tinham saído de dois em dois, viajando de cidade em cidade, curando, expulsando demônios e falando de Jesus. Mal podiam esperar para Lhe contar tudo, mas uma multidão os mantinha tão ocupados que não tinham tempo nem para comer. Então Jesus lhes disse: “Venham comigo para um lugar deserto e descansem um pouco” (Mc 6:31).

Então saíram de barco para descansar e refletir a respeito de todas as coisas incríveis que lhes estavam acontecendo. Mas, quando chegaram à praia, viram que haviam sido seguidos, pois ali estavam crianças, adolescentes e homens de meia idade, mães com bebês e idosos que não se divertiam tanto desde a colheita de grãos do ano 12 a.C. Quando Jesus olhou para aquela multidão ansiosa, “teve compaixão” dela, porque era “como ovelhas sem pastor” (Mc 6:34). Essas palavras me impressionam. Elas resumem a natureza e o coração dos seres humanos e de Deus e nos lembram que, embora Deus conheça nosso coração pecador, ainda assim nos ama muito.

O centro da questão (Gl 6:2). Pergunte a alguns cristãos como eles podem “cumprir a lei de Cristo”. Gálatas 6:2 tem uma resposta bem simples: “Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo”. Há beleza e simplicidade nessas palavras. Elas dão a síntese do ideal de Deus para Seus filhos e são uma descrição perfeita do corpo de Cristo.

Amor supremo (Jo 15:13). Não há maior expressão de amor do que sacrificar a vida por um amigo. Jesus pronunciou essas incríveis palavras em Seu último discurso aos discípulos, uma mensagem sobre a certeza de que, não importava o que acontecesse, Ele Se lembraria deles.

Pense Nisto

1. Como as histórias da compaixão de Jesus e Seu chamado para que cuidemos uns dos outros fazem você se sentir com relação a si mesmo, aos outros e a Deus?

2. Você já se sentiu como Elias em sua fuga, indo da comemoração à desolação? Como podemos manter o equilíbrio e descansar no amor de Deus?

Mãos à Bíblia

Leia 1 Reis 18:40. A eliminação dos profetas de Baal foi um ato permitido por Deus como a única maneira de erradicar a idolatria, o que incluía o sacrifício de crianças (Jr 19:5). No entanto, isso certamente exerceu um impacto emocional sobre o profeta.

3. Além do estresse daquela provação, que mais Elias enfrentou? 1Rs 19:1, 2

4. Como Elias reagiu à mensagem vinda de Jezabel? 1Rs 19:3, 4

Depois de tantas vitórias, como Elias pôde chegar ao ponto de pedir que Deus lhe tirasse a vida? “Satanás [tem se] aproveitado da fraqueza da humanidade. E continuará a operar assim. Sempre que uma pessoa se encontra rodeada de nuvens, perplexa pelas circunstâncias ou aflita pela pobreza e a infelicidade, Satanás se acha a postos para tentar e aborrecer” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 120).

Tompaul Wheeler | Nashville, EUA

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