Testemunho de Cid Moreira do livro Caminho a Cristo

Mensagem do pastor Bechara

Além da Dor.....

"Porventura, Jó debalde teme a Deus?" (Jó 1:9) é o desafio de Satanás. Ele diz: "No mundo em que sou o príncipe, conheço esse tipo de gente. Quando chega a provação, a integridade deles foge. Quando o mau-cheiro da morte os cerca, o perfume da fé se transforma no enjôo da dúvida, a dúvida em negação, e a negação em nada".
Assim, Satanás freqüentemente consegue colocar a fé à venda pelo melhor preço, e transformar a oração no orgulho do fariseu ou no ópio do pobre. Mas, em um mundo assim, "havia um homem... cujo nome era Jó" (Jó 1:1). Ele foi atraído para o centro do grande conflito sem saber, mas não despreparado, e nele temos uma lição histórica do significado da fé e da oração.
A vida de Jó reconhece que pôr-do-sol e amanhecer, nuvens escuras e céu brilhante, lágrimas de pesar e sorrisos de satisfação são apenas pequenos momentos na jornada da vida. Em todo este tempo, a fé e a oração precisam brilhar e fazer-nos confessar: "Eu sei que o meu Redentor vive e por fim Se levantará sobre a Terra" (Jó 19:25).
Duas razões pelas quais Jó continuou tendo fé em Deus, mesmo quando seu sofrimento parecia insuportável e imerecido:
Primeira: Fé a todo custo. Na vida ou na morte, na alegria ou na dor, no abraço divino ou no ataque de Satanás, Jó afirma que sua fé em Deus não se abalará (Jó 13:15). A fé em Deus nos capacita a orar: "Em meio a nenhuma esperança, devo ter esperança". "A fé faz leve cada fardo, alivia cada fadiga". - Ellen G. White, Profetas e Reis, pág. 175.
Segunda: A fé é custosa, mas tem um propósito. Enquanto os amigos de Jó atribuíam ao pecado a culpa pelo seu sofrimento, Jó discordava deles. Ele não podia dizer porque o justo sofre, mas sabia que a fé em Deus não está à venda. Ele admitia que a fé é custosa e, ele afirma: "Prove-me, e sairei como o ouro" (Jó 23:10, ARC). Este é o resultado final de uma vida de fé e oração.
Como todos sabemos, o silêncio é um dos tratamentos mais cruéis que uma pessoa pode dar a um amigo. Ele é facilmente interpretado como hostilidade, indiferença, insensibilidade ou falta de solidariedade para com aquele que está sofrendo. O silêncio de Deus provocou a tristeza de Jó.
Ele falava com Deus, exigindo uma audiência, e Deus não respondia (13:22 e 24; 30:20). Mas, na escuridão do abandono de Jó, raios de luz cada vez mais intensos, brilhavam sobre ele. E esses raios foram a causa de sublimes expressões de fé.
Embora Jó não pudesse encontrar-se com Deus, ele cria que Deus estava ciente de seus caminhos e tinha um propósito em Seus procedimentos com ele. Jó estava começando a entender que estava sendo provado. Ele ainda não sabia do desafio de Satanás a seu respeito, mas, desde o início das provações, reconheceu que deveria continuar confiando na justiça divina mesmo quando as coisas se mostrassem totalmente desfavoráveis: "Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!" (Jó 1:21).
Um dos degraus da escada pela qual Jó subiu do desespero para a fé foi o reconhecimento de sua parte de que não estava sendo castigado ou tratado injustamente, mas, sim, que estava sendo provado para sair como ouro puro de um forno.
"Acho até difícil fazer comentários sobre essa cena. Aqui está Deus atuando num homem bom, um homem digno dos maiores elogios, e tornando-o ainda melhor do que é. Deus está operando em um dos Seus escolhidos, e aprimorando-o. Está levando Jô a atravessar uma maravilhosa experiência pessoal de purificação e santificação. Com muito amor, Ele o aproxima e afasta do fogo, para queimar as impurezas, preparando-o para ser um modelo de como um homem é aperfeiçoado através do sofrimento.
"Esta cena que Jó está vivendo é a experiência por que todos precisamos passar, mas que todos tememos: a dolorosa, porém gloriosa experiência de nos conhecermos como de fato somos, e conhecermos de verdade ao nosso Deus".
Don Baker, Além da Dor, pp. 59-60

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Os cinco sentidos e o conflito final

Satanás quer desesperadamente vencer os cristãos. Por causa do sacrifício de Jesus, ele não pode mais acusá-los de pecado, assim sendo. agora ele só pode perseguir, enganar e seduzir. Deus chamou um homem pra nos advertir dos enganos do inmigo. Deus continua falando conosco através dos seus servos. Deus o abençoe e o proteja Daniel Spencer.
Trata-se de uma série de palestras sobre os tempos que estamos vivendo, como o meio tem nos afetado e a necessidade de rompermos com certos paradigmas, tidos como politicamente corretos afim de nos mantermos, pelo poder de Cristo, em pé para a batalha final.
Palestras Central Paulistana:
1 - O plano I (Parte 1, Parte 2)
2 - O plano II (Parte 1, Parte 2)
3 - História da Música (Parte 1, Parte 2, Parte 3)
4 - Cinema e Vídeo (Parte 1, Parte 2, Parte 3)
Palestras Hortolândia:

Que tipo de exemplo estou sendo?

Todo caminho do homem é reto aos seus próprios olhos, mas o Senhor sonda os corações. Provérbios 21:2.
Nunca sabemos qual será nossa influência sobre outra pessoa. Aquilo que dizemos ou não dizemos; o que vestimos ou não vestimos, o que lemos ou não lemos, aquilo que comemos, aquilo a que assistimos – tudo faz parte da nossa influência. Podemos ser um modelo para alguém, sem mesmo perceber isso.
Lembro-me de uma professora da nona série que tomou tempo para me aconselhar quando fiquei rebelde na aula de outra professora e fui mandada para a sala do diretor. Aconteceu várias vezes. O diretor balançava a cabeça e me mandava esperar a sineta, antes de ir para a aula seguinte. Eu achava aquela aula um tédio, e o diretor não queria lidar comigo. Quando a vice-diretora, minha professora da nona série, me encontrou do lado de fora da diretoria, instruiu-me a falar com ela depois das aulas. E aconteceu de eu visitá-la por 10 a 15 minutos, durante cinco tardes muito longas. Ela me disse que eu conseguiria me comportar melhor na aula, e que não queria me ver fora da sala outra vez.
Então, ela me mandava para o treino de basquete, ou o orfeão, ou uma das outras atividades extracurriculares com que eu me envolvia. Eu não quis mais ouvir sermões, e nunca mais fui mandada para fora da sala. Eu também sabia que ela realmente se interessava por mim e se preocupava com meus atos. Essa professora tomou tempo para mostrar sua preocupação e me mostrar um caminho melhor. Nunca me esqueci disso. Finalmente, prossegui os estudos até a faculdade e fiz pós-graduação. Ela foi um dos meus exemplos. Interessou-se por mim e tirou tempo para mostrá-lo.
Não vivemos num vácuo. Ainda me lembro de quando certas coisas estavam acontecendo na nossa igreja e um jovem casal me disse: “Temos confiança em que a senhora vai nos dizer a verdade”. Eu era a chefe das diaconisas, e aquilo me colocou numa posição difícil. Precisei ser muito cuidadosa para não prejudicar a reputação de algumas pessoas ou trair a confiança de outras, e ainda assim encontrar um jeito de estimular aquele jovem casal a manter a fé e a confiança em sua igreja. Foi a primeira vez em que entendi que estava sendo um exemplo para alguém. Mesmo que não o percebamos, há pessoas que nos observam, e exercemos influência.
Minha oração por você, é que seja conscientemente exemplo para alguém hoje, em nome do Senhor.
Loraine F. Sweetland

Análise do Êxodo - 5a Parte (fim)

[ O pacto e a Lei no Sinai ]
Alguns temas vem a ser vitais ao ensino no A.T, as promessas acompanham a eleição e a lei acompanha o pacto. As promessas não devem interpretar-se independentemente do propósito da eleição divina do povo, nem tampouco deve separar-se o propósito da lei do contexto do pacto.
Deus elegeu o povo para ser um instrumento de sua redenção ao mundo, as promessas são meios para cumprir o propósito da eleição. Os eleitos foram livres para aceitar ou rejeitar a oferta de Deus. Ao aceitá-la entrariam no pacto com o Senhor. O pacto se baseava sobre a graça de Deus e a resposta livre dos homens deveria ser por fé.
Durante a morada de 1 ano próximo ao Sinai (19:1; Nm 10:11-12), sucederam 3 feitos de suma importância:
Deus apareceu ao povo como havia aparecido antes a Moisés;
Deus estabeleceu um pacto com Israel;
Deus deu a lei para indicar a natureza do pacto e para guiar no cumprimento de suas obrigações.
Depois de viajar por quase 3 meses, o povo chegou ao deserto do Sinai (v.1). O ambiente é um lugar isolado, silencioso, árido e rochoso. Os visitantes falam de um maciço de granito rosado encontrado no pico, apresentando-o majestosamente.
As palavras começaram com: Agora pois se… (v.5). A entrada de Israel no pacto seria o resultado de sua própria e livre eleição. Para poder eleger, era necessário escutar a voz de Deus (v.5; Rm 10:13-15). Uma vez eleito, o pacto tinha que ser observado de acordo com as condições estabelecidas por Deus. A eleição de Israel não era resultado de sua obediência, senão que sua obediência era o resultado de sua eleição.
O pacto foi central para a fé de Israel. Ninguém é salvo por obedecer, mas pela fé este entra no pacto e por estar salvo torna-se obediente. Ex: “ninguém terá sua salvação garantida por apenas nunca roubar, mas certamente se é um ladrão não poderá entrar no reino de Deus”. Deus primeiro liberta uma nação para só então exigir dela obediência. Cristo primeiro nos liberta do pecado para somente então exigir de nós obediência a seus mandamentos.
3 importantes razões deviam estar relacionadas com o propósito divino de eleger a Israel:
Deviam ser um povo especial;
Deviam ser um reino de sacerdotes;
Deviam ser uma nação santa.
Um povo especial – A tradução da palavra [segullah], que pode significar um tesouro especial de um rei (1Cr 29:3; Ec 2:8) pode referir-se simbolicamente a Israel como um tesouro especial (Dt 7:6; 14:2; 26:18; Sl 135:4; Ml 3:17). Na antiguidade o rei era considerado dono de todo o seu país, tinha um palácio com um quarto onde guardava-os, ali podia tocá-los e satisfazer-se em tê-los. Esse lugar era o [segullah], quando Deus disse que Israel seria para ele um povo especial entre todos os povos, estava querendo dizer que desejava tê-los em um quarto para satisfazer-lhe os desejos de Pai e tê-los sempre por perto e apreciar-lhes.
Um reino de sacerdotes – Na LXX a tradução “um sacerdócio real”, e 1Pd 2:9 segue esta tradução, bem como Ap 1:6; 5:10; 20:6. Das possíveis interpretações a frase temos:
Todos os israelitas tornar-se-iam sacerdotes, assim todos teriam direito de acesso livre a Deus, posteriormente Martinho Lutero comenta sobre “o sacerdócio de todos os crentes”, referindo-se a este assunto.
Israel mesmo ia ser uma nação-sacerdote. Não que a nação seria composta por apenas sacerdotes, mas que ela serviria como uma nação sacerdotal. Estaria para ser, pelos projetos de Deus, a intermediária entre Deus e o restante de outras nações, para guiá-los até o Senhor, assim como a função sacerdotal era se por entre o Senhor e seu povo.
De qualquer maneira era desejo do onipotente que Israel fosse uma nação missionária para o mundo. Das opções acima, a segunda parece mais coerente.
Uma nação santa – A missão de Israel estava fundada em caráter moral. O povo especial, a nação missionária teria que refletir a natureza do seu Rei que representava, deveria ser separada e apartada porque pertencia a Deus. A entrega implicava em responsabilidade e para cumprir a nação teria que viver uma vida santa.
O Senhor não forçou o pacto, os anciãos eram livres para aceitar ou rejeitar. A uma só voz todo o povo disse: “tudo que o Senhor disser faremos”. O pacto foi oferecido livremente e aceito livremente. Assim, após Moisés ter dito a resposta do povo, Deus falara que iria cercá-los com uma nuvem densa para que o povo escutasse-o.
Agora estava preparado o cenário para receberem o decálogo.
Os 10 mandamentos ou 10 palavras, são princípios fundamentais éticos para a vida em todos os tempos, formaram a base para a legislação de Israel. O povo eleito necessitava de uma constituição e o Senhor os deu em forma de decálogo.
Tal como uma criança precisa aprender a obediência antes de entender por qual razão está obedecendo, o povo precisava passar pelo temor, falta de razão, antes de poder compreender uma relação que deveria sempre ser por amor.
Os dez mandamentos são regras éticas que servem de guia para os indivíduos e proteção para a comunidade, contra abusos particulares favorecendo o bem-estar entre o povo.
Tal lei é distinta das idéias farisaicas criadas por homens amantes dos empecilhos e obstáculos capazes de impedir muitas pessoas de irem até Deus.
Os mandamentos foram postos em duas tábuas de pedra, é bastante adequado que os mandamentos da primeira tábua fossem primeiramente referentes a Deus, pois o homem tem um criador para amar antes, depois um próximo para amar.
A lei está disposta em Ex 20 da seguinte forma:
O primeiro mandamento afirma a existência e o governo de Deus. Não discute o assunto, simplesmente o declara. Seus atributos naturais: onipotência, onisciência e onipresença o fazem digno de governar nossa vida. O primeiro mandamento nega o politeísmo, o ateísmo e o materialismo. Aqui se proíbe amar, desejar, deleitar-se ou esperar algo bom de qualquer forma ou outra fonte que não seja Deus.
O segundo mandamento proíbe a representação e adoração da deidade: em forma angelical (v. 4), forma humana ou animal (v. 4b), forma de peixe ou mamífero aquático (v. 4c). A razão lógica é: Deus é espírito e devemos adorá-lo em espírito. A razão ética é: é mal e passível de castigo. O cristão deve ser consciente de que o Senhor está em todo lugar e não há necessidade de sua representação. Representações gráficas de histórias e situações devem ser usadas apenas para ensinar, NUNCA VENERAR. Se proíbe também toda classe de superstição e emprego puramente humanos para a adoração a Deus.
O terceiro mandamento tem sido mui desprezado, pois deve haver uma reverência ao nome de Deus. O nome de Deus o define. Portanto o nome dEle deve ser respeitado. Se proíbem os votos falsos e piadas profanas a seu nome ou coisas sagradas.
O quarto mandamento é apresentado de duas maneiras: entendemos não ser a primeira vez que este é dado [lembra-te] e que o povo certamente o esqueceria no futuro [lembra-te]. Um dia de cada sete, seis dias dedicam-se aos assuntos da vida secular, mas o sétimo somente as coisas sagradas ou inevitáveis (caridade, piedade etc). Comercializar, pagar salários, estudos seculares e etc não devem ser feitos. Esse mandamento está como único que nos faz lembrar de Deus como criador.
O quinto mandamento apresenta que a vida familiar sendo muito importante para o povo hebreu, traz a necessidade da restauração dos lares e devolver aos pais o seu devido respeito (o que não vemos hoje). Demonstrar afeto aos pais, respeito, gratidão, não causar-lhes constrangimento ou dor, estar preparados para prover-lhes ajuda e conforto e obedecer-lhes até que não firam os princípios divinos. Esse mandamento é por demais importante, pois bons filhos são bons cidadãos, famílias fortes são uma nação forte.
O sexto mandamento apresenta o respeito à vida. Os homicídios, violência e crimes aumentam dia-a-dia. Assassinatos, abortos (que é outro nome para homicídio), linchamentos por turba violenta, suicídio, pena de morte, guerras, tais coisas são transgressão do mandamento.
O sétimo mandamento é uma proteção ao que vemos também ao nosso redor: libertinagem sexual, prostituição, doenças sexualmente transmissíveis etc. O matrimônio é uma instituição de origem divina. A infidelidade simboliza o rompimento completo do matrimônio. A família é uma célula básica da sociedade, um baluarte da democracia. Esse tipo de problema tem efeitos profundos nos filhos. Nesse mandamento encontramos a melhor prevenção para a cura da AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis.
O oitavo mandamento nos diz da necessidade da ordem no mundo através da honestidade. Ensina também a importância de trabalharmos para conseguir realizar nossos próprios sonhos.
O nono mandamento nos ensina que as palavras ditas contra a reputação de uma pessoa são como as plumas de uma almofada: uma vez lançadas ao vento não podem mais voltar ao seu lugar de origem. Proibição ao perjúrio, mentira, calúnia, disseminação de falsas idéias, difamação. Da veracidade depende a justiça.
O décimo mandamento apresenta que tal problema está em todas as partes e ataca a todos. A ganância é a raiz de muitos pecados: adultério, avareza, corrupção etc. Os mandamentos dão vida, não morte. O pecado produz a morte. Os mandamentos são guias para que vivamos melhores. A atitude que você tem diante da polícia depende da natureza de suas obras. Da mesma maneira a atitude que temos com os dez mandamentos depende de quem somos. Eles são amigos e guias para a comunidade, para manter a ordem. Jamais quebraremos mandamentos a menos que sejamos desordeiros espirituais ou infratores da lei.
A Deus seja a honra e glória.
Werber Marques
Teólogo Adventista
OSantuario.com.br

Análise do Êxodo - 4a parte

[ O Maná, a Rocha ferida e a guerra contra os Amalequitas ]
(Ex 16:15; 17:6; 17:8)
Após as águas amargas, os eventos que se seguem são: o maná, a água que sai da rocha e a luta contra os Amalequitas, tudo isso ainda antes do Sinai.
Mais murmuração se seguia por parte do povo, contra Moisés e Arão (v. 2; 14:11, 12; 15:24; 17:3, etc.), desta vez algo muito sério, acusavam aos líderes de terem tirado-os do Egito para morrerem com falta de alimento no meio do deserto, tinham tal convicção em suas acusações que chegaram a expressar “…quem nos dera ter morrido na terra do Egito…” (16:3).
Outra vez se evidencia em que o povo tinha uma memória muito curta achando que sua liberdade seria grátis ou tão simples. Não queriam pagar nenhum preço pela mesma.
Deus responde a necessidade legitimamente e promete “pão do céu” diariamente (v.4) e para aquela tarde “carne para comer” (v.8), porém, em troca, seriam postos a prova para ver se andariam na lei divina.
Diariamente sairiam para comer o pão que cairia no deserto, para cada pessoa, por dia, no sexto dia o Senhor lhes ordenou que colhessem em dobro (v.4, 5). Moisés fala novamente que o povo veria a glória de Deus, pois na realidade tanta murmuração não era contra seus líderes (Moisés e Arão) mas contra o próprio Deus.
Vieram codornizes e cobriram o acampamento, ao amanhecer havia uma capa de alimento por sobre o lugar (v. 13; Nm 11:31-33), pão do céu. Então perguntaram: “o que é isto”? (v.15, 31; Nm 11:7-8). As codornizes são uma espécie da ordem das galináceas, no outono migram para Europa e África e na primavera regressam em grandes bandos formando uma grande nuvem, assim podemos ter uma idéia da cena que se seguia.
O nome hebraico para o pão é “man”, se deriva da tradução da LXX de Nm 11:6,7. O maná foi o alimento enviado por Deus para alimentar o povo de Israel quando estavam viajando pelo deserto a caminho da terra prometida. Era uma massa alimentícia que pela manhã estava ao alcance das pessoas enquanto o sol não o derretesse. Esse milagre aconteceu durante 40 anos, até quando eles entraram em Canaã. Havia uma porção do maná na arca como símbolo da Proteção e Cuidado Divinos. (Ex 16:4).
O Senhor enviava o maná ao deserto, ele não caia ao lado das cabanas/barracas do povo, então, quem estivesse com fome teria duas opções: permanecer com fome ou levantar-se e ir em busca de seu próprio alimento (Pv 6:6, 30:25), ninguém poderia trazer a porção do amigo, mas cada um devia buscar o seu próprio, se trouxessem mais do que o devido este apodreceria, somente na sexta-feira, por causa do sábado que não era permitido colher, pois não caia neste dia, era permitido trazer em dobro.
Semelhantemente, a “ração” que precisamos para nos manter alimentados espiritualmente é unicamente responsabilidade nossa, ou caso contrário pereceremos de fome espiritual. Todo dia precisamos de alimento vindo do céu, se não formos pegar o nosso “maná espiritual” o sol poderá derretê-lo e o perderemos, seguindo a isso a fome e posteriormente a morte espiritual. Os dardos inflamados do maligno poderão nos derreter a fé, o calor dos problemas e das provações nos colocará em uma posição tão delicada a ponto de sermos derretidos pelos ventos das tempestades.
Nos versos que se seguem do capítulo 17, o evento é a rocha ferida. A necessidade de água manifestou duas coisas: a debilidade espiritual do povo e a onipotência de Deus provendo a solução, assim o povo estava revendo que:
Eram ingratos e precisavam de água.
Esqueciam facilmente os milagres passados.
Não conheciam bem a natureza de seu Deus. Duvidavam até que Ele estivesse entre eles.
Necessitavam depender de Deus.
Fraquejavam facilmente na fé.
Porque o milagre da pedra foi algo inegável? Porque era um lugar menos provável para se encontrar água. A mesma vara que havia sido utilizada para grandes prodígios: enviar pragas e abrir o mar, agora era utilizada para trazer o elemento da vida de onde não havia vida.
Este foi um milagre no qual não deveriam ficar dúvidas do poder e intenções de Deus em relação ao povo. É inútil buscar explicação racional do acontecimento da rocha. Apenas aceitemos.
Obviamente, Deus estava mais interessado na comunhão com seu povo, a água da pedra para nossa edificação espiritual (1Co 10:1-6, 11, 12), para fortalecermo-nos em Cristo, para procurar agradarmos a Deus e estarmos firmes na fé.
A primeira ocasião (Ex 17:1-7) do povo foi por não encontrar água potável, a segunda era por completa falta deste líquido. Haviam entrado no deserto de Sin que fica na parte sul da península do Sinai, Jebel Musa, uma área arenosa chamada Debbet AL-Ramleh (v. 1; 17:1; Nm 33:11), não deve ser confundida com o deserto de Zin (Nm 13:21, 20; 20:1) que fica ao norte da península, na região Palestina.
A tradição judia diz que a água da pedra seguia a Israel durante suas peregrinações no deserto até a terra prometida. Parece que o apóstolo Paulo se referia a esta tradição quando disse: “e beberam da mesma bebida espiritual; pois bebiam da pedra espiritual que os seguia, e a pedra era Cristo”. 1Co 10:4
No milagre da pedra a maior confirmação de fé para o povo foi a demonstração de que Deus estava com eles (v. 7b). Com experiências tão grandes era de se esperar que a fé das pessoas ao menos correspondesse ao mesmo nível, mas isso não era assim. Tal como sucede ao resto da humanidade atual, para Israel era difícil recordar as vitórias do passado a cada nova crise que enfrentavam pelo caminho.
Em seguida Israel enfrentou uma crise diferente (Ex 17:8-16), agora estava diante do povo outra classe de dificuldade, um inimigo armado em sua frente que os impedia de chegar ao Sinai. Mais uma vez houve murmuração. Os Amalequitas eram descendentes de Esaú (Gn 36:12), nômades que se estabeleceram na península do Sinai, ocupando a zona norte que incluía Neguev, Seir e o sul de Canaã. Estes juntamente com os cananeus, trataram de impedir a entrada de Israel (Nm 14:43-45) o que de qualquer forma era um empecilho para o cumprimento da promessa feita por Deus à descendência de Abraão.
Aparece em cena Josué (v.9) que se apresenta no texto como alguém que conhecia o povo, é o ajudante de Moisés.
Na batalha, a oração intercessória de Moisés fazia a diferença, tanto que ao cansar o grande líder, providenciaram imediatamente uma pedra para que pudesse sentar-se (v. 12) e seguraram-lhe os braços estendidos. A vara estava à sua mão (17:9b), a mesma que: feriu o Egito com pragas, abriu o mar, feriu a rocha e agora era usada para vitória contra o povo inimigo.
Qual lição há na batalha de Refidim? O Senhor os havia ensinado que poderia livrá-los de quaisquer circunstâncias, até mesmo a guerra. Aprendemos que até mesmo os maiores líderes se cansam e quão louvável é que possam existir fiéis irmãos e colaboradores para manterem ao alto as mãos casadas! Sem eles não haveriam vitórias completas, nunca devemos deixar de apoiar, orar por aqueles que o Senhor há posto em lugares de responsabilidade. Sem a firmeza de tais homens, a batalha de Refidim poderia ter sido um fracasso.
Após a derrota dos inimigos (v.13), Deus disse a Moisés que escrevesse o relato da vitória como um “memorial histórico” (v.14). Seria a primeira vez que se indica algo acerca do trabalho literário de Moisés (v. 24:4; 34:27; Nm 33:2; Dt 31:9, 24; 31:22).
Quando estivermos em conflito, falemos como Senhor primeiro.
A Deus seja a honra e glória.
Werber Marques
Teólogo Adventista
OSantuario.com.br

Análise do Êxodo - 3a. parte

[ O cântico e as águas amargas]
O senhor ia diante do povo numa coluna, como presença da Majestade Divina. Cristo estava com a igreja no deserto. A quem o Senhor levar ao deserto, Este não os deixará a sós, senão que os guiará e ajudará na travessia, ainda que seja lugares áridos como o deserto.
Sabemos que uma nuvem os protegia do forte calor ao dia e uma coluna de fogo não os deixava presos na escuridão (Ex 13:20-22). A nuvem traz um importante papel no desenrolar da história desértica (Ex 33:7-11; 40:34-38; Nm 9:15, 16; 11:25; 12:5, 10; Dt 31:15), pois é um testemunho da presença única de Deus em uma forma viva e dinâmica em favor de uma nação.
Embora sejam acontecimentos no passado, estes trazem fortes lições espirituais lançando luz aos nossos dias, pois Deus ainda tem guiado seu povo, continuamente, ao dia e a noite, em direção a nova terra, a terra prometida. Assim como o povo jamais conseguiria encontrar o caminho correto sem a presença do Eterno, nós cristãos, hoje, jamais conseguiremos chegar ao céu se o Senhor não nos der a direção correta.
Após a travessia do mar, um cântico foi entoado como fruto de terem presenciado tão grande livramento vindo do Eterno. Este cântico é para a honra e glória somente de Deus, para exaltar seu nome e celebrar sua posição (v. 21). O cântico do povo aparece no verbo singular coletivo (v.1), vem após haver tido a experiência com o Senhor que produziu fé resultando em cânticos.
Haviam encontrado vida e liberdade quanto tudo parecia perdido. Não exaltava o povo a si mesmo, senão aclamavam ao Senhor como “Deus, Pai e Guerreiro” (v. 2, 3), aclamando-o com as frases “minha fortaleza”, “minha canção”, “minha salvação”. Esse cântico inclui os aspectos da libertação física e salvação espiritual.
Até aqui podemos aprender algumas lições:
A adoração é um fim em si mesma, não um meio. Não adoramos a Deus para obter bênçãos, senão para agradecer as que já nos concedeu.
A adoração não se cumpre sem que o adorador não se apresente ante Deus com completa disposição de cumprir sua vontade.
O cântico é uma parte muito importante na adoração, mas adoração não é somente cantar.
A adoração sincera e atenta produz no adorador uma nova e renovada disposição de consagração ao Senhor.
Este canto de Moisés é o documento poético mais antigo da literatura hebraica. A sua composição é animada por uma verdadeira emoção que revela a alegria da salvação e sua fé e confiança em Deus. Moisés soube expressar, cheio do Espírito Santo, palavras de entusiasmo que sua alma sentiu a propósito do maravilhoso acontecimento.
O uso do verbo “cantar” no futuro é interpretado como uma indicação para Israel de que a capacidade de reconhecer a graça Divina e entoar-Lhe este cântico de louvor não deve ser limitada apenas àqueles que presenciaram a travessia do mar. Os filhos de Deus devem desenvolver, hoje, sua capacidade espiritual e cantar este louvor com a mesma emoção que seus ancestrais o entoaram.
Este é o meu Deus e far-Lhe-ei uma morada - O Midrash comenta que estas palavras foram pronunciadas pelas mulheres judias à beira do mar Vermelho. Levantando nos braços os filhos recém-nascidos, disseram: “Este é o nosso Deus e, por meio destes filhos, nós O glorificamos.
Duas vezes na Bíblia se faz presente o cântico de Moisés, o servo de Deus (Ex 15 e Ap 15:1-4).
Em ambos os textos, se referem a libertação efetuada pela mão de Jeová, o Senhor que livra o seu povo do exército inimigo.
Quais os elementos comuns em ambas as situações? Pois em ambos os momentos Deus é o autor da liberdade e Aquele que livra da tirania física e espiritual. Assim, os paralelos são:
ISRAEL – A.T
OS REDIMIDOS – N.T
Israel canta ao lado do mar vermelho.
O povo aclama ao lado do mar de vidro.
Deus é aclamado com pandeiros.
Os salvos usam harpas.
Estão na rota da terra prometida.
Entrarão na Canaã celestial.
Celebram a vitória de Deus sobre o Egito e Faraó.
Celebram a vitória do Cordeiro sobre o mundo e Satanás.
O primeiro cântico anuncia que Jeová reinaria sobre Israel.
O segundo cântico proclama o Senhor como “Rei das Nações”. (Ap 15:3)
Por meio da 1ª vitória Israel creu nEle.
Por meio da 2ª vitória todo o mundo chegará a reconhecê-lo como Senhor e o adorarão (Ap 15:4).
Somente Israel cantou o cântico.
Somente os salvos aprenderam o cântico.
Deus redimiu os escravos. O verbo se refere a uma liberação por meio de pagamento de um preço. Deus os comprou, de uma maneira especial pertenciam a Ele. O verbo “ga´al” (redimir) traz idéia de “fazer a função de um parente”.
Eram varias as funções de redenção estipuladas no Antigo Testamento:
Resgatar uma propriedade vendida por um parente pobre (Lv 25:25)
Ser o vingador do sangue inocente derramado por um parente (Nm 35:19; Dt 19:6-10)
Casar-se com a viúva do parente para que continuasse o nome da família (Rt 3:12, 13)
No caso de Israel, Deus foi o parente mais próximo que os redimiu (Is 43:1; 41:14). Os hebreus, em seu trajeto rumo a canaã, se haviam livrado de todos os inimigos, que ou afundavam como pedras ou silenciavam-se como tais. Não havia ninguém, senão Deus, que poderia levantar-se por eles (Israel).
O Tetragrama, cuja conotação é eternidade e poder, é a única arma de Deus na guerra. Reis de carne e osso precisam de legiões e armamentos para guerrear, enquanto o Todo-Poderoso derrota seus inimigos apenas com Seu nome. Além disso, este nome que também representa sua misericórdia, é aplicado mesmo quando Deus castiga e pune seus inimigos, diferentemente dos reis mortais que não tem capacidade de praticar misericórdia e compaixão durante uma batalha.
Após uma viagem de caminho de 3 dias, o que indicaria um percurso de 40 a 50km (v. 3:18; 5:3). Com gado e uma grande quantidade de gente, havia acabado a água que tinham trazido consigo. Chegaram a encontrar águas, porém perceberam que elas não eram potáveis, as águas eram amargas, daí o nome “Mara” (v.23) significando “amargura”.
A situação era crítica, o problema de falta de água no deserto no mínimo indica uma projeção de morte, assim, disseram a Moisés: “Que havemos de beber?” (v.24), isso trouxe uma rebelião contra Deus que lhes havia já realizado grandes sinais.
A necessidade de água foi à fraqueza espiritual do povo de Deus. Um povo que esquecia facilmente os milagres do passado, que não conhecia a natureza do seu Deus no presente, que duvidava que Ele fosse estar no futuro, que precisava aprender mais sobre o Senhor e que fraquejava facilmente na fé.
As provisões de Israel trazidas do Egito, acabaram no segundo mês e eles murmuravam. Sua avaliação da libertação era tão baixa que eles desejaram morrer no Egito (Ex 14:11-12), ou seja, pela mão do Senhor, isto é, as pragas que mataram os Egípcios. Da forma como estavam posicionando-se, parecia até que haviam tido sempre abundância no Egito, que eram bem tratados e não lhes faltava nada.
Qual o significado bíblico do verbo “provar”? Nos versos que seguem e ao longo de toda caminhada no deserto, podemos interpretar a palavra “provou” com o seguinte sentido: Deus quis exercitar seu povo na observância de seus mandamentos através das experiências a que o submeteu. As águas não foram senão mais um teste, destinado a avaliar a consistência da força de sua fé.
A necessidade do homem ser examinado constantemente não traz qualquer tipo de benefício a Deus, mas sim ao homem. As provas passadas no deserto tem como único objetivo libertar o homem e capacitá-lo a agir com total liberdade espiritual em seu mundo.
Ao ser provado ou avaliado, o homem descobre haver discrepância entre sua fé e seu comportamento, isso pode ser provado pelo fato de que após o mar o povo pensou estar apto em sua fé, porém, descobrem serem ainda escravos das dificuldades impostas pelas condições ambientais adversas (por causa das águas de Mara).
Querido leitor, assim, cada prova consiste em um exercício espiritual que visa fortificar sua alma e modelar o espírito do homem.
A Deus seja a honra e glória.
Werber Marques
Teólogo Adventista
OSantuario.com.br

Análise do Êxodo- 2a Parte

Em êxodo capítulo 12, a narração das pragas é interrompida para dar atenção detalhada a instituição da Páscoa. Evidentemente o tema era de suma importância, não unicamente por que significava a salvação dos primogênitos de Israel, senão também que havia um simbolismo, uma projeção para o futuro.
A páscoa é a festa mais antiga de Israel, e o êxodo, podemos dizer ser o momento do nascimento de uma nação, estes eventos estão ligados intimamente. Cada vez que celebra-se a páscoa, recordam-se dos poderosos feitos divinos que iniciaram a história nacional. A fé se concretizou com a realidade histórica, o conceito de Israel da revelação histórica era único, recorda os feitos salvíficos que manteve a pureza da fé revelada frente ao subjetivismo do paganismo contemporãneo.
Em contraste com outras festas principais de Israel, a páscoa foi estabelecida como uma festa familiar. Se a família era demasiada pequena, podia dividir o cordeiro com o vizinho, de acordo com o número de pessoas (v.4). Parece que o propósito da lei era ter um número de gente suficiente para consumir o cordeiro. Posteriormente, as autoridades judias estipularam que o número mínimo que podia reunir-se para celebrar a páscoa eram 10 pessoas.
O cordeiro devia ser preparado o mais rapidamente possível. Não devia ser comido cru nem passado por água, pois um dos dois métodos tomariam mais tempo. Deviam comê-lo apressadamente, para sair imediatamente (v. 11). O povo de Deus devia ser um povo peregrino, preparado sempre para marchar a qualquer momento.
O pão devia ser sem fermento e de fácil preparação. O pão era símbolo da aflição sofrida no Egito (v. Ex 1:13, 14; Dt 16:3).
As ervas amargas representavam a vida amarga que passaram.
Com esperança e sentimento de urgência, deviam comer com as sandálias nos pés, o cajado na mão e lombos cingidos. Assim a primeira grande festa apresentava a comemoração dos judeus em alguns aspectos:
a) Ser livrado da morte. Somente os que reconheciam os méritos do sangue do cordeiro eram livrados.
b) Requerer uma vitima cuidadosamente selecionada e preparada.
c) Requerer uma cuidadosa preparação dos participantes
A páscoa celebrava o futuro sacrifício expiatório de Jesus Cristo.
A hora tão esperada havia chegado. A saída da nação Israelita do Egito foi triunfal, com regozijo partiram rumo ao Sinai, 600.000 mil homens, sem contar mulheres e crianças. Em um sentido matemático parece ser exorbitante e impossível, somando-se toda população certamente o número passaria da casa dos 2 milhões de pessoas. Com os israelitas, saíram tambem uma grande multidão de toda classe de gente (v. 38). Entre eles haviam elementos étnicos diferentes.
Egípcios casados com israelitas (Lv 24:10), mulher etíope desposada por Moisés (Nm 12:1), midianitas que se juntaram (Nm 10:29), provavelmente outros escravos e fragmentos de grupos étnicos subjugados pelos egípcios.
Pertencer a Israel não era questão de raça, mas de fé.
Foram 430 anos (v. 40) o período total de servidão no Egito.
Diante de todas as dificuldades, perigos e problemas que apresentam o deserto, Jeová não os guiou em sua rota mais curta, o que representaria passar pela terra dos filisteus, para que não se desalentassem e desanimassem com a guerra que teriam que enfrentar (v. 17). Não era prudente que Israel, recém liberto da opressão egípcia, tivesse contato com tão fortes exércitos filisteus. Israel não estava em condições de assumir a sua própria liberdade. Por certo, a rota que cruzava o território filisteu os faria chegar ao destino em um período bastante reduzido, 10 a 15 dias de viagens. Alguns estudiosos afirmam que o real percurso que fizeram levou 3 meses.
Um importante pensamento sobre o assunto diz: “Em vez de seguirem pelo caminho direto para Canaã, o qual passa através do país dos filisteus, o Senhor determinou a sua rota para o Sul, em direção às praias do Mar Vermelho. Se tivessem tentado passar pela Filístia, seu prosseguimento teria sido impedido, pois os filisteus, considerando-os como escravos escapados aos seus senhores, não teriam hesitado em mover-lhes guerras. Os israelitas estavam mal preparados para um encontro com aquele povo poderoso e aguerrido.
Tinham pouco conhecimento de Deus e pequena fé nEle, e ter-se-iam aterrorizado e desanimado. Estavam desarmados, e não tinham o costume de guerrear, seu espírito estava deprimido pelo longo cativeiro, sentiam-se embaraçados pelas mulheres e crianças, ovelhas e gado. ” E.G.W., Patriarcas e Profetas, pág. 197.
Em seu primeiro dia de viagem Israel chega a Sucote, um lugar ainda dentro do território egípcio. Deste ponto em diante fica impossível traçar fielmente a rota, ao que se sabe deixaram o Egito pelo norte e foram ao deserto de Sur (13:18; 15:22).
Ao receber a notícia de que Israel andava errante e que o deserto o teria encurralado, o coração do faraó novamente se volveu contra o povo enchendo-se de esperança. Não era seu intento lutar contra eles, mas sim recapturá-los. O texto hebreu diz literalmente que faraó tomou 600 carros selecionados, os mais velozes.
Os israelitas tinham saído a vários dias, quando estes se deram conta que os egípcios vinham em sua direção, ficaram apavorados, o texto apresenta o verbo “clamar”, indicando uma queixa com grande angústia. Não era uma petição de salvação, senão era mais uma transferência de culpa para Deus por tê-los posto em tal situação. Para o faraó, o Senhor dos Exércitos não tinha sido feliz encurralando-os, não era um Deus estratégico e militarmente preparado. Mas o Senhor afirmara: “serei glorificado em faraó″.
O povo estava evidenciando sua débil fé, os muitos anos no Egito tinham feito uma profunda marca de desconfiança psicológica em suas mentes, a dura servidão tinha apagado a confiança em Deus.
O Senhor fala a Moisés para que o povo marche em direção ao mar. As vezes é mais fácil proclamar a fé do que praticá-la. Para Israel, pôr-se em marcha seria entrar no mar e molhar-se, para Moisés, seria o caminho da liberdade. Aos olhos dos israelitas não havia caminho livre, somente para cima, e exatamente de lá foi que veio a libertação deles. Quando não podemos deixar os problemas, devemos olhar por sobre nossos medos e contemplar a libertação que vem do alto, se Deus permite que o seu povo esteja em apuros, é que Ele sabe onde está a saída.
A silenciosa oração de Moisés prevalece diante de Deus mais que os fortes gritos de terror de Israel. A núvem e a coluna de fogo eram um muro entre eles e seus inimigos. A palavra e providência de Deus tem um lado negro e tenebroso para o pecado e os pecadores, mas um lado iluminado e agradável para o povo dEle.
Aquele que separou a luz das trevas, faria agora clara distinção entre egípcios e israelitas, e isto seria relembrados pelos séculos vindouros. O capítulo 14 é uma continuação da história da saída iniciada em 13:17, e segue o tema do êxodo do Egito, com um renovado conflito entre Jeová e Faraó. Este capítulo tem sido grande influência para a fé bíblica. (Sl 106:6-12; Is42:13; 62:7-14; 1Co 10:1-2).
O Senhor revelou sua estratégia a Moisés (v.1). Jeová mandou que o povo desse a volta e acampasse junto a Pi-Hairote, entre Migdol e o mar. O Senhor estava preparando o cenário do confronto final.
A tentação econômica de manter a nação de Israel escrava no Egito produzindo riquezas era demasiada grande para faraó. Todavia não se dava conta de que o adversário era nada menos do que Jeová e não Israel. O Senhor daria logo a seguir, ao mundo, uma demonstração de seu grande poder.
Tragicamente, o faraó nunca quis admitir sua humanidade frente ao Senhor.
A entrada dos israelitas no mar era um tipo de conversão das almas, mas a entrada dos egípcios foi um tipo de ruína final dos pecadores impenitentes.
Aos primeiros passos dados pelo povo, altas paredes de águas foram formadas de ambos os lados, a mão de Deus às segurava para que “a menina de seus olhos” pudesse passar.
Caminharam em seco pelo “fundo do mar”. O Senhor pode levar seu povo à dificuldades das maiores e abrir caminho onde não há.
Logo sobreveio a ira reta e justa de Deus sobre os inimigos do seu povo. Eles poderiam haver desejado a paz que tinha Israel, mas não quiseram, e tem sido sempre assim, os homens não se convencem até que seja demasiado tarde, quando sua causa seja sem esperança. Os Israelitas contemplaram os egípcios mortos, aos montes, na areia da praia. Aqui é o fim para o qual o cristão não deve esquecer-se jamais, se seus inimigos são fortes e poderosos, se os problemas são gigantes, mas você está apoiado por Deus, Ele segurará as ondas e os inimigos que você vê hoje, não os verá jamais.
Werber Marques

Análise do Êxodo 1ª parte - continuação

1a - ÁGUA EM SANGUE
O Senhor ordenara a Moisés que fosse encontar Faraó as margens do nilo (v. 15). Para que se conhecesse o nome do Eterno, Moisés pronunciara novamente o nome dAquele que já havia dito ao Faraó que libertasse o povo. Foram golpeadas as águas do Nilo e transformaram-se em sangue, trazendo caos, morte. Claramente ficou apresentado que o deus Nilo não era superior ao Deus verdadeiro e que também este era controlado pelo todo poderoso.
A vista de tão vastas torrentes de sangue não podia senão inspirar horror, nada é mais comum que a água. Tão sabiamente o Senhor fere o que é tão necessário e útil ao bem estar da vida humana, agora restavam apenas 2 opções aos egípcios: Tomar sangue ou morrer de sede. Tendo manchado o rio com sangue anteriormente, quando jogaram os pequeninos por ordem do faraó, agora a própria mão do Senhor os dava sangue. Isso aconteceu a vista do faraó, pois os verdadeiros prodígios do Senhor não se realizam como os feitos de Satanás, a verdade não se esconde pelos cantos. O pecado é o que converte nossa água em sangue.
"Sendo o transbordamento o Nilo a fonte dos alimentos e riqueza para todo o Egito, era o rio adorado como um deus, e o rei ia para ali diariamente a fim de render as suas devoções. Ali os dois irmãos repetiram-lhe de novo a mensagem, e então estenderam a vara e feriram a água. A corrente sagrada mudou-se em sangue, os peixes morreram, e o rio exalou mau cheiro. A água nas casas, o suprimento preservado nas cisternas, foram semelhantemente transformados em sangue". EGW, Patriarcas e Profetas pág. 184.
2a - AS RÃS
As rãs eram parte da vida egípcia, estava associada a deusa HEQUET (com cabeça de rã), quem, segundo a crença, ajudava as mulheres durante o parto, consequentemente as rãs eram consideradas a personificação de um poder que dava vida.
A praga apresentou bastante inconveniência, sendo que haviam milhares delas espalhadas por todos os lados, em seus dormitórios, suas camas, ao assentar-se o faraó elas subiam nele e o mesmo ocorria com todos os habitantes. Agora o Senhor conseguira atrair a atenção do faraó.
Os magos também conseguiram produzir o surgimento de rãs (v. 7), mas o problema não era fazê-las aparecer, mas sumirem, e isso eles não conseguiram, contribuíram apenas para o agravamento da praga.
A praga servia para castigar os opressores e derrotar seus deuses. A praga da rã fez a deusa HEQUET parecer ridícula. Não poder caminhar pelas ruas sem pisar em rãs era claro sinal de derrota da deusa. A enorme quantidade delas por todos os lugares irritavam os egípcios, Deus poderia ter infestado o Egito de leões, ursos ou lobos, mas Ele escolheu estas desprezíveis criaturas para mostrar que por sua ordem, ele pode atacarnos com as menores partes da criação.
Humilhou o faraó, não podiam comer, beber nem dormir tranquilos, onde estivessem eram molestados por rãs. A maldição de Deus sobre o ser humano o perseguirá onde quer que este possa ir.
A praga da rã foi enviada porque os egípcios obrigaram os hebreus a pescar para eles. Além disso, as rãs saindo do Nilo representava que o Nilo é um "servo" de Deus.
"De novo foi estendida a vara sobre as águas, e rãs subiram do rio, e espalharam-se pela terra. Percorriam as casas, apoderavam-se dos quartos de dormir, e mesmo dos fornos e amassadeiras. A rã era considerada sagrada pelos egípcios, e não as destruíam; mas tal praga viscosa se tornara agora intolerável. Vendo isso o Faraó ficou algo humilhado. A praga, entretando, continuou até o tempo especificado, em que por todo o Egito as rãs moreram; mas seus corpos deteriorados, que haviam ficado, poluíam a atmosfera.
O Senhor poderia tê-las feito voltar ao pó em um instante, mas não fez isto para que não acontecesse depois de sua remoção declararem o rei e seu povo ser aquilo o resultado da feitiçaria ou encantamento". EGW, Patriarcas e Profetas pág. 184.
3a - OS PIOLHOS
Sem anunciar de antemão, Jeová dissera a Moisés que mandaria outra praga, uma em que arrancaria dos magos a seguinte expressão: é o dedo de Deus (v. 19). A palavra hebréia se refere a um inseto pequeno que não havia sido identificada com exatidão, mas que seria traduzida por "piolhos", "mosquitos", "pulgas". O vocábulo "piolhos" é o mais aceito pelos requisitos textuais. A tradução "piolhos" segue a opinião do historiador judeu Josefo e de escritores talmúdicos, mas não tem base linguística. Os insetos eram tão pequenos que apenas os percebia a olho humano, mas de acordo com Orígenes feriam de uma forma que causava uma irritação extremamente dolorosa na pele.
Do pó da terra surgiram os piolhos, de qualquer parte da criação pode Deus fazer surgir juízos sobre os que se rebelam contra seu governo.
Essa terceira praga que um pó se convertia em piolhos e pequenos insetos que picavam mortalmente seus corpos. O Baal Haturim (c. 1275-c.1340) disse que os piolhos surgiram porque os egípcios proibiam os hebreus de se lavarem e se banharem.
"Por ordem de Deus Arão estendeu a mão, e o pó da terra se tornou em piolhos por toda a terra do Egito. Faraó chamou os magos para fazerem o mesmo, mas não puderam. Mostrou-se assim ser a obra de Deus superior à de Satanás". EGW, Patriarcas e Profetas pág. 185.
4a - MOSCAS
Desta praga não se especifica a classe de inseto, na LXX traduz como um mosquito feroz que atacava suas vítimas para tirar delas sangue. Tais insetos que entravam nas cidades e mordiam os habitantes, foi porque os egípcios mandaram os hebreus caçar animais, expondo-os ao perigo de serem comidos ou mordidos por estes.
Faraó sem desejar aceitar os tratados de Moisés e Arão, sugeriu que os mesmos adorassem ali a seu Deus, porém, seria uma abominação ante Senhor que oferecessem sacrifícios egípcios e seria uma abominação para os próprios egípcios se os hebreus oferecessem seus objetos de adoração, a saber, bezerros e bois. Os que oferecem sacrifícios aceitáveis a Deus devem apartar-se dos ímpios e profanos. Também devem apartar-se do mundo. Israel não podia celebrar uma festa à Jeová entre os fornos de cozer tijolos e panelas de carnes dos egípcios.
Faraó consentiu que estes fossem ao deserto adorar como bem pretendiam, mas não distanciassem muito pois deveriam voltar. Assim, muitos pecadores que se tem apartado do mundo, não tem ido muito distante, de modo que quando o desejo ao pecado reinar novamente, possam voltar atrás.
"Moscas encheram as casas e enxamearam por sobre a terra, de modo que "a terra foi corrompida destes enxames". Estas moscas eram grandes e venenosas, sua picada era extremamente dolorosa ao homem e aos animais". EGW, Patriarcas e Profetas pág. 185.
5a - PESTE AOS ANIMAIS
A peste seguinte acabaria com todo o gado do Egito, dando a faraó um prazo, comunicou também a distinção entre o gado do Egito e o gado de Israel, pois somente o gado egípcio haveria de morrer. A praga feriu primeiro o gado e depois os animais domésticos.
Deus quer Israel liberto, Faraó se opõe, e agora está em jogo qual é a palavra que prevaleceria.
Os egípcios adoravam a seu gado, o que nós idolatramos Deus considera justo destruí-lo.
A peste que matava os animais domésticos foi como castigo por terem os egípcios enviado os hebreus a lugares remotos para apascentar suas ovelhas, e com o objetivo de separá-los de suas famílias.
"Seguiu-se um golpe mais terrível: peste em todo o gado do Egito que estava nos campos. Tanto os animais sagrados como as bestas de carga - vacas, bois e ovelhas, cavalos, camelos e jumentos, foram destruídos. Havia sido distintamente declarado que os hebreus seriam insetos, e Faraó, enviando mensageiros à casa dos israelitas, constatou a veracidade de tal declaração de Moisés. "Do gado dos filhos de Israel não morreu nenhum". EGW, Patriarcas e Profetas pág. 185.
6a - ÚLCERAS
A sexta praga também foi terrível. Tendo pego cinzas do forno (de cerâmica para assar tijolos) e lançado ao ar, produzia úlceras nos homens e nos animais em toda a terra do Egito. Novamente os magos foram impotentes para duplicar tal manifestação de poder, mesmo porque estavam cheios de tumores e não podiam aparecer perante Moisés (v. 11). Havia possibilidade de que fosse lepra (Lv 13:18-23), se não foi, poderiam ser contagiosas, o que requeria que o enfermo fosse exilado por algum tempo (Lv 13:14-6). Possivelmente um abscesso ou um forúnculo que se abria, não é clara a natureza desta enfermidade, porém, alguns pensaram que a praga foi varíola ou uma enfermidade da pele similar a lepra.
A esta altura a estabilidade econômica e religiosa do país se deteriora profundamente, produzindo uma desorganização total do governo. Todos estavam em quarentena e não havia quem cuidasse dos doentes.
Quando os egípcios estavam comovidos pela morte do gado, Deus os envia uma praga que feria seus próprios corpos. As vezes Deus mostra o pecados dos homens mediante o castigo. Se os homens fecham seus olhos para a luz, é justo que Deus deixe fechado seus olhos.
Quando a justiça de Deus ameaça ruína, ao mesmo tempo sua misericórdia mostra uma saída.
Esta praga fazia sofrer pessoas e animais, por haverem obrigado os hebreus a construir casas de banhos para banhar e deleitar os corpos dos egípcios.
"Ordenou-se em seguida a Moisés que tomasse cinzas do forno, e as espalhasse "para o céu diante dos olhos de Faraó". Este ato era profundamente significativo. 400 anos antes, mostrara Deus a Abraão a opressão futura de seu povo, sob a figura de uma fornalha fumegante e uma tocha de fogo. Ao ser a cinza espalhada para o céu, as minúsculas partículas espalharam-se por toda a terra do Egito, e onde quer que caíam produziam sarna, que arrebentava "em úlceras nos homens e no gado". Os sacerdotes e magos até ali haviam incentivado Faraó em sua obstinação, mas agora viera um juízo que atingia mesmo a eles. Acometidos de uma moléstia repugante e dolorosa, tornando-se seu alardeado poder apenas desprezível, não mais podeiam contender contra o Deus de Israel". EGW, Patriarcas e Profetas pág. 185 e 186.
7a - GRANIZO/SARAIVADA
Aqui se inicia o terceiro ciclo das ações divinas. Pela primeira vez o livro emprega como substantivo esta palavra: "um golpe", "uma matança", "uma pestilência". Geograficamente esta seria uma praga para todo o país. Em outros lugares a palavra é empregada para uma matança de uma guerra (1Sm 4:17), para castigos sobrenaturais (Nm 14:37, 25:8-9, 25; Zc 14:12), e para um golpe de morte (Ez 24:16). Aqui aumenta-se a intensidade do conflito, o desenvolvimento do tema indica que a mão de um artista prepara o seu auditório para o juízo final de Jeová sobre o faraó. O autor chama atenção para o crescente respeito para com Moisés, entre os egípcios.
O granizo não é comum no Egito, a região do Cairo só tem uma precipitação anual de chuva de 6mm, e ao sul do Cairo a chuva é algo estranho. As vezes não cai nenhuma gota durante anos, portanto é compreensível que uma tormenta de granizo, tal como a que se descreve nos versos 23 e 24, fora um pouco tão extraordinário para ser considerado um ato de castigo divino. Faraó ficou impressionado, ao ponto de desejar negociar em um nível mais sério, chamando Moisés e Arão, confessa que ele e seu povo tem errado.
Esta praga tocou profundamente três aspectos da vida egípcia:
(1) A teología egipcia (seus deuses não puderam trazer proteção)
(2) A vida de alguns incrédulos que ingnoravam a advertência divina
(3) A economía nacional (cada vez más afetada).
A sétima praga foi um castigo pelos egípcios terem obrigado os hebreus a lavrar a terra.
"A chuva ou a saraiva não eram comuns no Egito, e uma tempestade como a que fora predita nunca havia sido testemunhada. A notícia espalhou-se rapidamente, e todos os que creram na palavra do Senhor recolheram seu gado, enquanto os quedesenharam o aviso o deixaram no campo. A tempestade veio conforme fora predita: trovão e saraiva, e fogo misturado com a mesma... ...a ruína e a desolação assinalavam o caminho do anjo destruidor. Unicamente a terra de Gósen foi poupada". EGW, Patriarcas e Profetas pág. 187 e 188.
8a - GAFANHOTOS
Aparece um novo elemento, homens do Egito aconselham o faraó a deixar ir o povo (v. 7). Audaciosamente Moisés entrega a faraó a palavra de Deus "Até quando se recusarás a humilhar-te?" (v. 3). Deus havia mandado sete pragas, para o hebreu o número sete é perfeito, sete sinais deviam haver sido suficientes, mas faraó seguia seu obstinado caminho, trazendo desconforto, tristeza e morte ao seu próprio povo. O problema do egípcio era o orgulho e como todos os tiranos da história, teria que aprender a lição de sua humanidade, era homem e não um Deus.
Os gafanhotos se multiplicavam rapidamente, formando grandes nuvens ao ponto de escurecer o sol, como uma tormenta (Jl 2:2-10). Sendo voadores e leves são arrastados pelo vento, podendo percorrer grandes distâncias, causam danos tremendos. Antigamente, uma invasão assim se considerava como o mais terrível de todos os assolamentos que pudessem açoitar um país. Os gafanhotos destroem toda uma vasta vegetação, chegam em grandes quantidades, o ruído de seu vôo faz recordar o da chuva ou o crepitar do fogo no pasto seco, com sua multidão obscurecem o céu.
Teria sido mais fácil resistir a um exército do que aos gafanhotos, então, quem é capaz de fazer frente ao grande Deus? Um vento oriental trouxe os gafanhotos, um vento ocidental os levou. De onde quer que viessem, estes obedecem a palavra de Deus e giram por seus conselhos.
A oitava praga, os gafanhotos que destruiram todas as plantas, foi pelo pecado de obrigar os hebreus a plantar árvores, para os egípcios gozarem de seus frutos. Os gafanhotos são, na realidade, uma séria praga pois causam estragos enormes às plantações, sobretudo em certas regiões africanas. Ali, onde atacam em bando, todo o verde é devastado em poucas horas.
"Moisés estendeu então a vara sobre a terra, e soprou um vento oriental, que trouxe gafanhotos. Encheram o céu até que a terra se escurreceu, e devoraram toda a vegetação que restava. O povo do Egito estava ao ponto do desespero. Os açoites que já haviam caído sobre eles pareciam quase além do que se podia suportar, e estavam cheios de temor pelo futuro. Por toda parte homens estavam a indagar, com desalento: o que será depois disto?" EGW, Patriarcas e Profetas pág. 189.
9a - TREVAS
Agora viriam densas trevas sobre a terra do Egito por um espaço de três dias. Outra vez o faraó chamou a Moisés e ofereceu outro acordo, no qual foi recusado. Com raiva do grande líder, faraó diz que este deveria sair de sua presença sob promessa de matá-lo. Moisés responde indignado, dando o anúncio prévio da morte dos primogênitos dos egípcios. As trevas foram tão densas que diz o texto: Se podiam apalpar. (v. 21, 22). Não foi por coincidência que a penúltima praga fosse trevas, a teologia egípcia dava prioridade ao deus sol, considerava o mesmo faraó como uma encarnação deste.
Agora o deus egípcio (sol) estava sendo reduzido a nada.
Os palácios mais iluminados tornaram-se como masmorras, agora faraó tinha tempo para considerar se ele era o maior. Os filhos de Israel tinham ao mesmo tempo luz em suas vidas. Sem dúvida havia luz onde havia um israelita, onde há um filho da luz, as trevas são discipadas. Quando Deus fez tal diferença entre egípcios e israelitas, quem não desejou uma humilde cabana israelita do que o palácio dos egípcios?
A nona praga, que reinou no país a tal ponto, que os egípcios não viram cada um a seu irmão e não se levantaram de seus lugares durante 3 dias, foi o castigo por terem os egípcios posto alguns israelitas em calabouços escuros. Trevas espessas, "não viu nenhum homem a seu irmão" indica que o egoísmo no Egito era tão enorme, que cada um só via a si próprio.
"Subitamente repousou sobre a terra uma escuridão, tão densa e negra que parecia "trevas que se apalpem". Nâo somente estava o povo despojado de luz, mas a atmosfera era muito opressiva, de maneira que a respiração era difícil. O sol e a lua eram objetos de culto para os egípcios, nestas trevas misteriosas o povo e seus deuses foram de modo semelhante atingidos pelo poder que tomara a si a causa dos escravos". EGW, Patriarcas e Profetas pág. 189.
10a - PRIMOGÊNITOS
Por várias razões esta praga se distinguia das outras:
(1) Toda a atividade sería exclusivamente de Jeová. Não havia intervenção por parte de Moisés e Arão.
(2) Seria diferente. As primeiras quatro pragas haviam sido mais moléstias, causando danos econômicos, a nona produziu terror, mas a décima transtornaria toda população egípcia.
(3) O povo receberia um pagamento justo pelos anos de maus tratos para com os hebreus.
A décima praga foi uma luta de vida ou morte, o climax do tema principal: o conflito entre os deuses dos egípcios e o Deus Soberano. Antes do golpe decisivo, faltava um passo mais, era necessário preparar o povo para a grande noite que seria lembrada e comemorada pelos séculos seguintes. O anjo da morte passaria sobre as casas dos hebreus e atingiria os egípcios com golpe mortal.
A décima praga e última consistiu na morte dos primogênitos egípcios, sem distinção de categoria, e do primogênito dos animais, alguns dos quais eram considerados sagrados. Assim expiaram os egípcios o pecado de terem jogado os recém nacidos dos hebreus ao Nilo.
"Pais e mães [israelitas] cingiam nos braços seus amados primogênitos, ao pensarem no golpe terrível que deveria ser desferido aquela noite. Mas nenhuma habitação de Israel foi visitada pelo anjo destruidor da morte. O sinal e proteção de um Salvador - encontrava-se em suas portas, e o destruidor não entrou. À meia-noite "havia grande clamor no Egito, porque não havia casa em que não houvese um morto". Por todo o vasto reino do Egito, o orgulho de cada casa fora derribado." EGW, Patriarcas e Profetas pág. 191.
Cada praga teve sua origem nos maus tratos que os hebreus tiveram que suportar.

Análise do Êxodo - 1ª parte

[ Faraó, Moisés e as pragas ]
Uma nova dinastia assumiu o poder do Egito, iniciando uma política de opressão que foi seguida por Ramsés II.
Não é que o faraó não tinha conhecimento histórico daquele povo, senão que não sentia nenhuma obrigação com a família de José. Via o poder numérico e econômico de uma gente extrangeira em seu próprio pais. Também reconheceu que sua localização em Gosen, ao norte, uma rota usada tradicionalmente por invasores da Ásia Menor, podia ser um risco a segurança do Egito, em caso de um ataque.
Ademais, a prosperidade do povo comprometia parte da produção nacional, além da cultura Israelita não permitir ou não se identificar com a cultura egípcia. Assim, não querendo também perder uma fonte tão valiosa que eram os escravos, idealizou através do trabalho forçado, tratando-os com rigor, obrigou-os a construírem e edificarem grandes construções. Quanto mais oprimiam o povo Israelita, tanto mais se multiplicavam.
Uma nação é verdadeiramente poderosa quando seus cidadãos vivem de acordo com os princípios morais e espirituais. Roma que já chegou a ser o império mais poderoso que o mundo havia visto, entrou em decadência pois havia perdido a sua moral, ao perder a moral perde-se também o material. As circunstâncias do mundo põem os homens em pedestais mas depois os derrubam.
No Egito, o faraó era o dono de toda a terra (Gn 47:20,21), seu governo era autocrático, sua palavra era a lei absoluta. Os Israelitas tornaram-se escravos oficialmente, pela palavra do Faraó.
O respeito pela vida humana, é uma característica que distingue todo bom governo. Preservar a vida não é somente conservar sua existência, senão enriquecê-la, estabelecer condições para que cada indivíduo possa viver dignamente com o fruto de seu trabalho. O governo que não respeita a vida humana é um governo corrupto que, em seu desejo por levar seus planos avante, tende a extender a corrupção à seus cidadãos. A ordem de Faraó às parteiras, de matar a todos os recém nascidos, é um exemplo disto.
Observa-se a ordem da providência, justo no momento em que a crueldade de Faraó chega ao máximo, mandando matar os meninos hebreus, nasce o libertador. Quando os homens se juntam e se unem para levar a igreja a ruína, Deus está preparando a salvação. O cumprimento do nosso dever, é seguido dos feitos de Deus. A fé nEle sempre nos porá por cima do temor aos homens. O bebê Moisés estava aparentemente sozinho no rio Nilo, mas Deus está mais presente do nosso lado quando parecemos mais abandonados e desamparados.
Entra então em cena o grande libertador. Para tirar o povo da opressão, o Senhor chama a Moisés dizendo: [ Moisés, Moisés], com espanto, o grande homem entendeu que O Eterno sabia seu nome. Em Israel o nome representa a pessoa, em conhecer o nome de alguém significava ter um poder sobre ele. O Eterno não se identificou como um Deus novo, mas como o Deus do pacto, disse: Deus de seus pais.
Moisés desejava saber quem o estava enviando, razão pela qual perguntou o nome de Deus. Deus tem vários nomes e cada um deles representa a forma como Ele se manifesta aos seres humanos. Em respeito a sua enorme santidade o Tetragrama não é pronunciado nas orações ou rezas durante a leitura da Torá conforme está escrito, sendo substituído por Adonai ou Hashem. Portanto, a pergunta de Moisés a Deus pode ser perfeitamente compreendida de forma mais profunda: "Qual é o seu nome?" - Deus não disse: "Eu era o Deus de Abraão, Isaque e Jacó", mas Ele falou: Eu Sou.
É obvio que os judeus conheciam os diferentes nomes de Deus, o que eles queriam saber era como Ele pretendia se manifestar no curso da redenção do Egito: como o Eterno Deus misericordioso, como o Deus do juízo ou todo poderoso.
Agora haviam três problemas a serem superados:
1) Moisés tinha que ser convencido de que seria o libertador do povo;
2) Israel tinha que se convencer de que Moisés foi o escolhido para livrá-los;
3) Faraó tinha que ser convencido a deixar o povo ir.
A certeza da presença de Deus assegura o triunfo da tarefa encomendada por Ele. Apesar do sentimento de insuficiência, quem poderia estar melhor preparado? Moisés conhecia o idioma egípcio, a cultura, as crenças, podia mover-se dentro do palácio do faraó sem precisar de um guia, conhecia o deserto, os povos da região e tinha participado de orientações teológicas com um sacerdote de Deus, Jetro. Deus o havia preparado bem, sem que Moisés se desse conta.
Não apenas Moisés e Arão estavam livres da escravidão, mas sim toda a tribo de Levi - os sacerdotes dos filhos de Israel - o que explica a facilidade e a certa liberdade com que os dois se movimentavam na corte egípcia. Tal privilégio para os sacerdotes já era conhecido (Gn 47:22).
Com firme resistência a ordem divina, faraó, não deixando que o povo pudesse ir traria juízos que seriam lançados sobre toda a nação egípcia.
As pragas foram atos de Deus sobre todos os deuses do Egito (12:12b). Foram mais que um simples juízo sobre um rei obstinado. Os sinais e prodígios atacaram a teologia errônea dos egípcios acerca do faraó como um ser divino, as crenças a cerca do deus Nilo e a reverência (dedicação) de toda vida animal. As pragas foram demonstrações históricas da soberania de Jeová sobre a história, sobre a criação e sobre todos os homens.
Nem todas as dez pragas foram lançadas por Moisés. As 3 primeiras (sangue, rãs e piolhos) foram rogadas por Arão. O Midrash conta: "Disse Deus a Moisés: "As águas, que cuidaram de ti quando foste lançado ao Nilo, e a terra, que veio em teu auxílio quando mataste o egípcio não é justo que sejam amaldiçoadas por ti".
Essa era uma forma de aprimorar a própria personalidade humana. A virtude da gratidão, é um sentimento que pulsa no coração de qualquer pessoa que a cultive, mesmo por objetos inanimados passivos dos quais usufruímos. Se Moisés tivese lançado estas pragas, ele é que teria sido atingido, pois ficaria gravado em seu coração um ato de ingratidão e uma atitude grosseira.
Independente da maneira que se interprete como tenham sido as pragas, sabemos que:
(1) Ocorreram em um momento bastante oportuno;
(2) Produziram severas aflições aos egípcios;
(3) Afetaram lugares específicos;
(4) Tinham o propósito de livrar a Israel da escravidão egipcia.
continua...

Está disposto seu coração a buscar a Lei do Senhor?

Esdras tinha disposto o coração para buscar a Lei do Senhor, e para a cumprir, e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos. Esdras 7:10
Descendente dos filhos de Arão, Esdras havia recebido a educação sacerdotal; e em acréscimo a isto adquiriu familiaridade com os escritos dos magos, astrólogos e sábios do reino medo-persa.
Mas não se sentiu satisfeito com sua condição espiritual. Suspirava por estar em plena harmonia com Deus; ansiava sabedoria para fazer a vontade divina. E assim preparou “o seu coração para buscar a lei do Senhor e para a cumprir” (Ed 7:10).
Isto o levou a aplicar-se diligentemente ao estudo da história do povo de Deus, como se encontra relatado nos escritos dos profetas e reis do Antigo Testamento. Ele foi impressionado pelo Espírito de Deus a estudar os livros históricos e poéticos da Bíblia, a fim de compreender por que tinha o Senhor permitido que Jerusalém fosse destruída e Seu povo levado cativo a terras pagãs.
Esdras fez um estudo especial das experiências do povo escolhido de Deus, desde o tempo em que a promessa foi feita a Abraão, até a libertação da escravidão egípcia e do êxodo. Estudou as instruções dadas a eles ao pé do Monte Sinai, e através do longo período de vagueação pelo deserto.
Ao aprender mais e mais em relação ao procedimento de Deus para com Seus filhos, e perceber quão sagrada era a lei dada no Sinai, o coração de Esdras foi impressionado como nunca antes.
Ele experimentou uma nova e completa conversão, e se determinou dominar os registros da História do Antigo Testamento, para que pudesse usar esse conhecimento, não para propósitos egoístas, mas de modo a levar bênção e luz ao seu povo. Algumas das profecias estavam prestes a se cumprir; ele pesquisaria diligentemente em busca da luz que estivera obscurecida.
Esdras se esforçou em seus estudos. Ele se empenhou em obter um preparo do coração para a obra que acreditava ter-lhe sido confiada. Buscou a Deus fervorosamente, para que pudesse ser um servo por meio do qual seu Senhor não seria envergonhado.
Explorou as palavras que haviam sido escritas acerca dos deveres do povo escolhido de Deus; encontrou o solene voto feito pelos israelitas de que obedeceriam às palavras do Senhor, e o voto que Deus, em retorno, fizera, prometendo-lhes Suas bênçãos como recompensa pela obediência (RH, 30/1/1908).
Escrito por Ellen White

Como folhas de outono..."

Semana de Oração dirigida pelo Pastor Ranieri Sales, Ministerial Associado da DSA. Foi recentemente repetida no Unasp II - Engenheiro Coelho/SP e tem como tema "Um troféu nas mãos de Deus". Meditações importantes para o nosso tempo, mirando o exemplo de Jó.
1) O que eu ganho com isso? 2) Onde mora o perigo? 3) Por que eu, Senhor? 4) Quem se importa? 5) Quem sou eu Senhor? 6) Restrição ou proteção? 7) Um troféu nas mãos de Deus
"Disseminai-os como as folhas no outono. Esse trabalho deverá continuar sem estorvo de pessoa alguma. Almas perecem sem Cristo. Sejam elas advertidas de Seu breve aparecimento nas nuvens do céu." (Testemunhos Seletos V3 - Pág. 23)
DESCANSEM NO SENHOR NO SEU SANTO DIA!!!!!!!!
FELIZ SÁBADO!!!

História da adoração – A criação de Adão e Eva

Capítulo 03

“Disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” (Gên. 1:26, pp).
Por qual motivo DEUS criaria o Universo?
Por que Ele faria tantas estrelas, que não se pode contar, numa imensidão que ainda não se encontrou a dimensão de seu tamanho?
Qual a razão de DEUS ter criado a natureza com suas belezas e atrativos, as plantas, os animais e tudo o mais?
E por que as pequenas coisas, como o minúsculo átomo, mesmo assim, tão complexo e os minúsculos seres vivos com suas atraentes particularidades?
Para que tanta diversidade na criação?
DEUS deveria ter um propósito com a criação. Qual seria esse propósito?
Ele queria ver seres parecidos com Ele mesmo vivendo felizes. Era Seu objetivo colocar nessas belezas seres capazes de usufruí-las, para a sua realização de vida.
E DEUS queria alegrar-se com esses seres vendo-os alegres, queria estar com eles. Não queria ficar só no Universo. Ele queria fazer tudo para que seres à semelhança d’Ele vivessem eternamente, e que jamais conhecessem a infelicidade.
Foi por esse motivo que, um dia, depois de ter criado plantas e animais no planeta Terra, Ele criou o primeiro casal. Deveriam reproduzir-se e encher a Terra. E serem felizes.
Era Seu propósito que tivessem filhos, que estes constituíssem novas famílias, novos núcleos de felicidade. Ele queria expandir a felicidade a todo planeta.
O que significa ser feliz?
A felicidade vem de DEUS, O Criador. Não existe possibilidade de outra fonte, porque não há outro lugar no Universo, nem outro ser, que seja amor em sua essência, em seu caráter, em sua lei.
Não há outro ser no Universo que haja sempre por amor. Felicidade vem da intimidade com quem se ama, com quem nos sentimos bem, com quem nos quer bem.
Felicidade é resultante do relacionamento com outros seres que desejam nos fazer felizes, é o desejo profundo de fazermos esses seres felizes.
Como a felicidade se inicia? Pela adoração! E o que é a adoração? É o relacionamento profundo com O Criador, que por ser amor, nos ama a ponto de morrer por nós. Adoração é ligar-se intimamente com DEUS por alguns momentos a cada semana.
E esse momento especial foi escolhido por DEUS, é o sábado. Nesse dia DEUS decidiu que devêssemos parar todas as atividades que não contribuíssem para nossa ligação com o amor de DEUS.
Veja só. DEUS criou os seres humanos para serem sempre alegres. Para esse fim, Ele queria estar sempre junto com os seres humanos. E de tempos em tempos, Ele queria estar junto em grande intimidade. Deveriam ser momentos para Ele promover mais intensamente a felicidade dos seres que criara. Assim separou um dia em cada semana, o sétimo, para nele reservar-Se a nós.
Em contrapartida pediu que também nós fizéssemos o mesmo, que nesse dia O adorássemos com exclusividade. E adorar a DEUS é ligar-se a Ele com amor mais intenso.Esse foi o propósito de DEUS ter criado a imensidão do Universo, e nele ter posto seres à semelhança d’Ele mesmo: encher esse Universo com felicidade.

História da adoração – O DEUS eterno

Capítulo 02
“No princípio era o verbo...” (João 1:1). DEUS é o princípio. Ele vem da eternidade, existe de eternidade em eternidade (Hab. 1:12 e Sal. 90:2).
Antes de todas as coisas, antes que existisse a matéria, quando só havia o espaço, DEUS já existia.
Tão magnífico que não pode ser visto por qualquer ser que se tenha corrompido, mesmo que por um único pecado.
Tão poderoso que criou o Universo vasto que não se pode medir.
Tão inteligente que é capaz de criar seres vivos nas espécies que Ele desejar.
Tão correto que Sua Lei é de justiça tal que vem a corresponder a um reino de paz e justiça absoluta.
Tão bondoso que, havendo alguém desobedecido a Sua lei, Se doa por esse ser, mesmo que essa doação signifique a Sua morte.
Tão poderoso, outra vez, que é capaz de morrer pelo ser pecador, mas também é capaz de Se ressuscitar outra vez, vencendo até a morte, o possível fim de todas as coisas que tem fôlego.
DEUS, indescritível, cujo trono distante é circundado de glória tremenda, de luz tão imensa que ser humano algum seria capaz de contemplar, no entanto, eis que Ele, eterno DEUS, vem e habita entre os humanos, como um humano mortal.
De Sua glória veio até a escuridão desse mundo imundo e perigoso, dominado pelos demônios, para resgatar, se fosse, ao menos um ser humano. E foi vencedor.
Um que criou o imenso Universo, que também foi capaz de criar e minúscula célula e o minúsculo átomo, pelo poder de Sua palavra e pensamento, foi também capaz de se separar de tudo isto para buscar a raça perdida nesse Universo sem fim. Tudo por tão imenso amor que O impede de se desligar e de perder a afeição por nós.
Jamais Se desligará de nós. A única forma de separação d’Ele com Suas criaturas é caso nós nos desligarmos d’Ele.Esse é o DEUS eterno! Ele merece ser adorado, pois tanto nos criou quanto nos oferece o escape da morte eterna.
E Ele disse como quer ser adorado. E Ele merece dizer como O adorar. Será que o homem, pecador e degenerado pelos milênios de pecado nesta Terra saberia melhor que DEUS como O adorar? Jamais algo assim seria possível.
E Ele disse no Velho Testamento: “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou” (Êxo. 20:8 a 11). E no Novo testamento Ele, aqui entre nós, ratificou dizendo: “Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.
Porque na verdade vos digo: Até que o Céu e a Terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra” (Mat. 5:17 e 18). JESUS, o DEUS feito homem, disse mais:
“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que Me ama; e aquele que Me ama, será amado por Meu Pai, e Eu também o amarei e Me manifestarei a ele” (João 14:21).O DEUS eterno pode ser melhor explicado por uma única palavra que por muitas. Ele é amor! E amor é a Sua lei.
Para ser adorado, tudo o que temos a fazer é amar a DEUS sobre todas as coisas (Mateus 22:37), e isto significa obedecer os Seus mandamentos, os que estão na Sua Palavra.Isso é o mínimo que o eterno DEUS merece!
Fonte - Cristo Voltará

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