Deus nunca desiste de nós

 
Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. Romanos 8:38, 39
 
Quando eu era menina, não ia a igreja nenhuma, porém minha amiga me levou à sua igreja, à Escola Cristã de Férias, ao acampamento de verão e aos Desbravadores. Encontrei Jesus num acampamento de jovens em Michigan. Eu me envolvi bastante e participei de uma viagem missionária de adolescentes ao Haiti, com os Desbravadores. Recebi estudos bíblicos e disse aos meus pais que queria ser batizada. Infelizmente, meus pais não se emocionaram com isso e disseram que eu tinha que esperar até completar 18 anos.

Quando cheguei à idade de cursar o ensino médio, o mundo me atraía muito. Na escola, os professores ensinavam a evolução, que, na época, eu achava que fazia sentido. Deixei completamente de ir à igreja e aos Desbravadores com minha amiga. Estava confusa, andava com a turma errada, comecei a fumar, beber e usar drogas.

Com vinte e tantos anos passei pelo divórcio e, durante esse período, deixei de fumar. Sendo mãe sozinha, fiz o melhor para controlar minha vida e as situações ao meu redor, mas não percebia que Jesus ainda trabalhava comigo.

Na faixa dos 30 anos, fiquei sabendo que os Desbravadores fariam um encontro com aqueles que haviam participado da viagem missionária. Fui com meu filho de cinco anos. Era a primeira vez em 20 anos que eu voltava ao local do acampamento. Logo percebi que estar de volta ali, no acampamento de jovens, me fizera sentir falta de Jesus. Odiei ter estado tão longe dEle. Isso me atingiu como uma tonelada de tijolos. Eu não queria mais criar meu filho sozinha. Vi o quanto precisava de Jesus na vida, e que com Ele nunca mais estaria sozinha.

Um ano mais tarde, decidi voltar à igreja quando recebi um telefonema dizendo que a empresa na qual eu trabalhava estava em processo de falência e que eu não devia mais comparecer ao trabalho. Assisti a algumas reuniões evangelísticas e fui batizada. Aceitei verdadeiramente a Jesus Cristo como Salvador pessoal. Duas semanas depois, a sede da igreja no estado me ofereceu emprego. As bênçãos de Deus continuaram a fluir, já que ali encontrei o amor da minha vida, meu esposo, em quem meu filho vê Jesus todos os dias. Louvo a Deus porque Ele nunca desiste de nenhuma de nós!

Cynthia Stephan
 

Fonte e objetivo da verdadeira educação

 
O mundo tem tido seus grandes ensinadores, homens de poderoso intelecto e vasto poder investigativo, homens cujas palavras têm estimulado o pensamento e revelado extensos campos ao saber; tais homens têm sido honrados como guias e benfeitores do gênero humano; há, porém, Alguém que Se acha acima deles. Podemos delinear a série dos ensinadores do mundo, no passado, até ao ponto a que atingem os registros da História; a Luz, porém, existiu antes deles. Assim como a Lua e as estrelas do nosso sistema planetário resplandecem pela luz refletida do Sol, assim também os grandes pensadores do mundo, tanto quanto são verdadeiros os seus ensinos, refletem os raios do Sol da Justiça. Cada raio de pensamento, cada lampejo do intelecto, procede da Luz do mundo.
 
Muito se fala presentemente acerca da natureza e importância de uma “educação superior”. A verdadeira “educação superior” é transmitida por Aquele com quem estão a “sabedoria e a força” (Jó 12:13) e de cuja boca “vem o conhecimento e o entendimento”. Provérbios 2:6.
 
Todo o saber e desenvolvimento real têm sua fonte no conhecimento de Deus. Para onde quer que nos volvamos, seja para o mundo físico, intelectual ou espiritual; no que quer que contemplemos, afora a mancha do pecado, revela-se este conhecimento. Qualquer que seja o ramo de investigação a que procedamos com um sincero propósito de chegar à verdade, somos postos em contato com a Inteligência invisível e poderosa que opera em tudo e através de tudo. A mente humana é colocada em comunhão com a mente divina, o finito com o Infinito. O efeito de tal comunhão sobre o corpo, o espírito e a alma, está além de toda estimativa.
 
Encontra-se nesta comunhão a mais elevada educação. É o próprio método de Deus para o desenvolvimento. “Une-te, pois, a Ele” (Jó 22:21), é Sua mensagem à humanidade. O método esboçado nestas palavras foi o seguido na educação do pai de nossa raça. Era assim que Deus instruía a Adão quando se achava no santo Éden, na glória de sua varonilidade impecável.
 
A fim de compreendermos o que se acha envolvido na obra da educação, necessitamos considerar tanto a natureza do homem como o propósito de Deus ao criá-lo. Precisamos também considerar a mudança na condição do homem em virtude da entrada do conhecimento do mal, e o plano de Deus para ainda cumprir Seu glorioso propósito na educação da raça humana.
 
Quando Adão saiu das mãos do Criador, trazia ele em sua natureza física, intelectual e espiritual, a semelhança de seu Criador. “Deus criou o homem a Sua imagem” (Gênesis 1:27), e era Seu intento que quanto mais o homem vivesse tanto mais plenamente revelasse esta imagem, refletindo mais completamente a glória do Criador. Todas as suas faculdades eram passíveis de desenvolvimento; sua capacidade e vigor deveriam aumentar continuamente. Vasto era o alvo oferecido a seu exercício, e glorioso o campo aberto à sua pesquisa. Os mistérios do universo visível — “as maravilhas d'Aquele que é perfeito nos conhecimentos” (Jó 37:16) convidavam o homem ao estudo. Aquela comunhão com Seu criador, face a face e toda íntima, era o seu alto privilégio.
 
Houvesse ele permanecido fiel a Deus, e tudo isto teria sido seu para sempre. Através dos séculos infindáveis, teria ele continuado a obter novos tesouros de conhecimentos, a descobrir novas fontes de felicidade e a alcançar concepções cada vez mais claras da sabedoria, do poder e do amor de Deus. Mais e mais amplamente teria ele cumprido o objetivo de sua criação, mais e mais teria ele refletido a glória do Criador.
 
Pela desobediência, porém, isto se perdeu. Com o pecado a semelhança divina se deslustrou, obliterando-se quase. Enfraqueceu-se a capacidade física do homem e sua capacidade mental diminuiu; ofuscou-se lhe a visão espiritual. Tornou-se sujeito à morte. Todavia, a raça humana não foi deixada sem esperança. Por infinito amor e misericórdia foi concebido o plano da salvação, concedendo-se um tempo de graça. Restaurar no homem a imagem de seu Autor, levá-lo de novo  perfeição em que fora criado, promover o desenvolvimento do corpo, espírito e alma para que se pudesse realizar o propósito divino da sua criação — tal deveria ser a obra da redenção. Este é o objetivo da educação, o grande objetivo da vida.
 
O amor, base da criação e redenção, é o fundamento da educação verdadeira. Isto se evidencia na lei que Deus deu como guia da vida. O primeiro e grande mandamento é: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento.” Lucas 10:27. Amá-Lo a Ele — Ser infinito e onisciente — de toda a força, entendimento e coração, implica o mais alto desenvolvimento de todas as capacidades. Significa que, no ser todo — corpo, espírito e alma — deve a imagem de Deus ser restaurada.
 
Semelhantemente ao primeiro é o segundo mandamento: “Amarás a teu próximo como a ti mesmo.” Mateus 22:39. A lei do amor pede a consagração do corpo, espírito e alma ao serviço de Deus e de nossos semelhantes. E este serviço, ao mesmo tempo que faz de nós uma bênção aos outros, traz sobre nós mesmos as maiores bênçãos. A abnegação é a base de todo o verdadeiro desenvolvimento. Por intermédio do serviço abnegado recebemos a mais alta cultura de cada faculdade. Duma maneira cada vez mais plena nos tornamos participantes da natureza divina. Somos habilitados para o Céu, pois o recebemos em nosso coração.
 
Adão e Eva adquiriam o saber mediante a comunhão direta com Deus, e acerca d'Ele aprendiam por meio de Suas obras. Todas as coisas criadas, na sua perfeição original eram uma expressão do pensamento de Deus. Para Adão e Eva a Natureza estava repleta de sabedoria divina. Pela transgressão, porém, o homem ficou privado de aprender de Deus mediante a comunhão direta, e, em grande parte, mediante as Suas obras. A Terra, corrompida e maculada pelo pecado, não reflete senão palidamente a glória do Criador. É verdade que Suas lições objetivas não se obliteraram. Em cada página do grande livro de Suas obras criadas ainda se podem notar os traços de Sua escrita. A Natureza ainda fala de seu Criador. Todavia, estas revelações são parciais e imperfeitas. E em nosso decaído estado, com faculdades enfraquecidas e visão restrita, somos incapazes de as interpretar corretamente. Necessitamos da revelação mais ampla que de Si mesmo Deus nos outorgou em Sua Palavra escrita.
 
As Escrituras Sagradas são a perfeita norma da verdade, e como tal, a elas se deve dar o mais alto lugar na educação. Para se obter uma educação digna deste nome devemos receber um conhecimento de Deus, o Criador, e de Cristo, o Redentor, como se acham revelados na Palavra Sagrada.
 
Cada ser humano criado à imagem de Deus, é dotado de certa faculdade própria do Criador — a individualidadefaculdade esta de pensar e agir. Os homens nos quais se desenvolve esta faculdade, são os que arrostam responsabilidades, que são os dirigentes nos empreendimentos e que influenciam nos caracteres. É a obra da verdadeira educação desenvolver esta faculdade, adestrar os jovens para que sejam pensantes e não meros refletores do pensamento de outrem. Em vez de limitar o seu estudo ao que os homens têm dito ou escrito, sejam os estudantes encaminhados às fontes da verdade, aos vastos campos abertos a pesquisas na Natureza e na revelação. Que contemplem os grandes fatos do dever e do destino, e a mente expandir-se-á e fortalecer-se-á
 
Em vez de educados fracotes, as instituições de ensino poderão produzir homens fortes para pensar e agir, homens que sejam senhores e não escravos das circunstâncias, homens que possuam amplidão de espírito, clareza de pensamento, e coragem nas suas convicções.
 
Mais elevado do que o sumo pensamento humano pode atingir, é o ideal de Deus para com Seus filhos. A santidade, ou seja, a semelhança com Deus, é o alvo a ser atingido. À frente do estudante existe aberta a senda de um contínuo progresso. Ele tem um objetivo a realizar, uma norma a alcançar, os quais incluem tudo que é bom, puro e nobre. Ele progredirá tão depressa, e tanto, quanto for possível em cada ramo do verdadeiro conhecimento.
 
Fonte: A Ciência do Bom Viver, 13-19
 
 
 
 
 
 
 
 
 

A palavra de Deus é suprema

 
O povo de Deus deve reconhecer o governo humano como uma instituição divina, de modo que ensinará obediência às autoridades como sendo um sagrado dever, em sua legítima esfera. Entretanto, quando as suas pretensões entram em conflito com os reclamos de Deus, a Palavra de Deus precisa ser reconhecida como estando acima de toda e qualquer legislação humana. O “assim diz o Senhor” não pode ser posto de lado, ou trocado por um “assim diz a Igreja ou o Estado.” A coroa de Cristo deve ser erguida acima dos diademas de potestades terrestres.
 
O princípio que devemos defender neste tempo é o mesmo que foi mantido pelos adeptos do evangelho na grande Reforma. Quando os príncipes se reuniram na Dieta de Espira, em 1529, parecia que a esperança do mundo estava por extinguir-se. Nessa assembléia, foi apresentado o decreto do imperador, restringindo a liberdade religiosa e proibindo qualquer disseminação adicional das doutrinas reformadas. Aceitariam os príncipes alemães o decreto? Deveria a luz do evangelho ser escondida de multidões que ainda se encontravam em trevas? Assuntos vitais para o mundo achavam-se em debate. Aqueles que haviam aceitado a fé reformada, reuniram-se e unanimemente decidiram: “Rejeitemos o decreto. Em assuntos de consciência, o poder da maioria não deve imperar.”
 
A bandeira da verdade e da liberdade religiosa, erguida tão destacadamente por aqueles reformadores, nos foi confiada neste último conflito. A responsabilidade por esse grande presente repousa sobre aqueles a quem Deus abençoou com o conhecimento de Sua Palavra. Temos de recebê-la como a autoridade suprema.
 
Devemos aceitar suas verdades. Poderemos apreciar essas verdades tão-somente se as pesquisarmos por intermédio de estudo pessoal. Então, ao tornarmos a Palavra de Deus o guia de nossa vida, estará sendo respondida a oração de Cristo em nosso favor: “Santifica-os na verdade; a Tua palavra é a verdade.” João 17:17. O reconhecimento da verdade em palavras e ações é a nossa confissão de fé. Somente assim outros saberão que acreditamos na Bíblia.
 
Os reformadores, cujo protesto nos deixou como herança o nome “protestantes”, sentiam que Deus os chamara para apresentarem o evangelho ao mundo, e assim se dispuseram a sacrificar posses, a liberdade e até mesmo a vida. Somos nós, neste último conflito da grande controvérsia, tão fiéis a nosso legado quanto o foram os reformadores ao seu?
 
Mesmo enfrentando perseguição e morte, eles divulgaram a verdade para aquele tempo em todos os lugares. A Palavra de Deus foi levada ao povo; todas as classes, baixas e altas, ricas e pobres, ilustradas e ignorantes, estudaram-na com avidez, e os que receberam a luz também se tornaram seus mensageiros. Naqueles dias, a verdade foi levada aos lares, às pessoas, por meio da página impressa.
 
A pena de Lutero era uma força, e seus escritos, disseminados largamente, agitaram o mundo. Os mesmos instrumentos se acham à nossa disposição, com recursos cem vezes maiores. Bíblias e publicações em muitas línguas, apresentando a verdade para este tempo, acham-se ao nosso alcance, e podem ser rapidamente levadas a todo o mundo. Cumpre-nos dar a última advertência de Deus aos homens. Temos que ser diligentes no estudo da Bíblia e zelosos em difundir a luz!
 
Fonte: #EGW - T6 - 402 e 403
 


Salmos 20



Que o Senhor te responda no tempo da angústia;
Do santuário te envie auxílio e de Sião te dê apoio.
Lembre-se de todas as tuas ofertas e aceite os teus holocaustos.
Conceda-te o desejo do teu coração e leve a efeito todos os teus planos.
Saudaremos a tua vitória com gritos de alegria e ergueremos as nossas bandeiras em nome do nosso Deus.
Que o Senhor atenda todos os teus pedidos!
Agora sei que o Senhor dará vitória ao seu ungido; dos seus santos céus lhe responde com o poder salvador da sua mão direita.
Alguns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós confiamos no nome do Senhor, o nosso Deus.
Eles vacilam, e caem, mas nós ergueremos e estamos firmes.
Senhor, concede vitória ao rei! Responde-nos quando clamarmos.

Você se acha indigno, miserável e sem salvação? Então leia!

 
Não foi porque nós O amássemos primeiro que Cristo nos amou; mas, “sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:8), Ele morreu por nós. Não nos trata segundo os nossos merecimentos. Embora nossos pecados mereçam condenação, Ele não nos condena. Ano após ano, tem lidado com a nossa fraqueza e ignorância, com nossa ingratidão e extravios. Apesar desses desvios, nossa dureza de coração, nossa negligência de Sua santa Palavra, Sua mão ainda se acha estendida para nós.
 
A graça é um atributo de Deus, exercido para com as indignas criaturas humanas. Não a buscamos, porém ela foi enviada a procurar-nos. Deus Se regozija de conceder-nos Sua graça, não porque somos dignos, mas porque somos tão completamente indignos. Nosso único direito a Sua misericórdia é nossa grande necessidade.
 
O Senhor Deus, por intermédio de Jesus Cristo, estende o dia todo a mão num convite aos pecadores e caídos. A todos receberá. Dá as boas-vindas a todos. É Sua glória perdoar ao maior dos pecadores. Ele tomará a presa ao valente, libertará o cativo, tirará do fogo o tição. Baixará a áurea cadeia de Sua misericórdia às mais baixas profundezas da ruína humana, e erguerá a degradada alma, contaminada pelo pecado.
 
Toda criatura humana é objeto de amoroso interesse por parte d'Aquele que deu a vida a fim de reconduzir os homens a Deus. Almas culpadas e impotentes, sujeitas a ser destruídas pelos ardis e artes de Satanás, são cuidadas como a ovelha do rebanho o é pelo pastor.
 
O exemplo do Salvador deve ser a norma de nosso serviço pelo tentado e o errante. O mesmo interesse e ternura e longanimidade que Ele tem manifestado para conosco, nos cumpre mostrar para com os outros.
 
“Como Eu vos amei a vós”, diz Ele, “que também vós uns aos outros vos ameis”. João 13:34.
 
Se Cristo habita em nós, manifestaremos Seu abnegado amor para com todos com quem temos de tratar. Ao vermos homens e mulheres necessitados de simpatia e auxílio, não devemos indagar: “São eles dignos?”, mas: “Como os poderei beneficiar?”
 
Ricos e pobres, elevados e humildes, livres e servos, todos são herança de Deus. Aquele que deu a vida para redimir os homens vê em toda criatura humana um valor que excede ao cálculo finito.
 
Pelo mistério e glória da cruz, devemos discernir Sua estimativa do preço de uma alma. Quando assim fizermos, sentiremos que a criatura humana, embora degradada, custou demasiado para ser tratada com frieza e desdém. Compreenderemos a importância de trabalhar por nossos semelhantes, para que sejam exaltados ao trono de Deus.
 
A moeda perdida da parábola do Salvador, conquanto se achasse na sujeira e lixo, era ainda um pedaço de prata. Sua possuidora buscou-a porque era de valor. Assim toda pessoa, ainda que desvalorizada pelo pecado, é aos olhos de Deus considerada preciosa. Como a moeda trazia a imagem e inscrição do poder dominante, assim apresentava o homem na sua criação a imagem e inscrição de Deus. Embora estejam ao presente manchadas e obscurecidas pela influência do pecado, os traços dessa inscrição permanecem em cada pessoa. Deus deseja readquiri-la para reimprimir sobre ela Sua própria imagem em justiça e santidade.
 
Quão pouco nos ligamos com Cristo em simpatia naquilo que devia ser o mais forte laço de união entre nós e Ele — a compaixão para com os depravados, culpados, sofredores, mortos em ofensas e pecados! A desumanidade do homem para com o homem, eis nosso maior pecado. Muitos pensam que estão representando a justiça de Deus, ao passo que deixam inteiramente de Lhe representar a ternura e o grande amor. Muitas vezes aqueles a quem eles tratam com severidade e rispidez se acham sob o jugo da tentação. Satanás está lutando com essas pessoas, e palavras ásperas, destituídas de simpatia, desanimam-nas, fazendo-as cair presa do poder do tentador.
 
Delicada coisa é o trato com a mente dos homens. Unicamente Aquele que conhece o coração sabe a maneira de levar o homem ao arrependimento. Só a Sua sabedoria nos pode dar êxito em alcançar os perdidos. Podeis erguer-vos inflexivelmente, pensando: “Sou mais santo do que tu”, e não importa quão correto seja o vosso raciocínio ou quão verdadeiras as vossas palavras, elas jamais tocarão corações. O amor de Cristo, manifestado em palavras e atos, encontrará caminho à alma, quando a reiteração do preceito ou do argumento nada conseguiria.
 
Necessitamos mais da simpatia natural de Cristo; não somente simpatia pelos que se nos apresentam irrepreensíveis, mas pelas pobres almas sofredoras, em luta, que são muitas vezes achadas em falta, pecando e se arrependendo, sendo tentadas e vencidas de desânimo. Devemos dirigir-nos a nossos semelhantes tocados — como nosso misericordioso Sumo Sacerdote — pelo sentimento de suas enfermidades.
 
Os motivos cristãos exigem que trabalhemos com um firme desígnio, um infatigável interesse e crescente insistência, por essas almas a quem Satanás está procurando destruir. Coisa alguma nos deve esfriar a fervorosa, anelante energia pela salvação dos perdidos.
 
Notai como através de toda a Palavra de Deus se manifesta o espírito de insistência, de implorar a homens e mulheres que se cheguem a Cristo. Devemo-nos apoderar de toda oportunidade, tanto em particular como em público, apresentando todo argumento, insistindo com razões de peso infinito para atrair homens ao Salvador. Com todas as nossas forças nos cumpre insistir com eles para que olhem a Jesus, e aceitem Sua vida de abnegação e sacrifício. Devemos mostrar que esperamos que eles deem alegria ao coração de Cristo, usando todos os Seus dons para honra de seu nome.
 
 
 
 
 
 


QUAIS SÃO AS NOSSAS PRIORIDADES?

 
Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra. Colossenses 3:1-2
 
E, levantando-se de manhã, muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava. Marcos 1:35.

Todos estão com pressa: o tempo é curto e há tanto para fazer!

Nosso dia é tão cheio que os cristãos correm o risco de negligenciar a leitura da Bíblia e a oração. De manhã não podemos atrasar; de noite estamos tão cansados! Assim se passam semanas sem um contato regular com o Senhor.

Porém, se o começo do dia é dedicado a Ele, o restante das horas certamente também serão. Mas se permitimos que tais privilegiados momentos passem, o resto do dia também será perdido. Paremos de dar desculpas e coloquemos em ordem nossas prioridades. Somente então poderemos enfrentar os desafios do dia com tranquilidade e experimentar a vitória da fé.

Sentimos o prejuízo quando negligenciamos a leitura da Palavra de Deus.

Talvez tentemos diminuir essa perda com o que o mundo oferece, mas isso só piora a situação.

Confiemos em Deus, que tem sempre algo melhor preparado para nós: a alegria de estar perto do Senhor Jesus.

Invistamos tempo na oração e na leitura da Bíblia.

Busquemos o Senhor Jesus, pois Ele mesmo deseja ter comunhão conosco.

A oração é mais uma atitude que uma atividade: ela expressa nosso relacionamento – de amor e fé - com Deus.

Um momento gasto com Deus em oração supera infinitamente os prazeres e alegrias que este mundo oferece.

 
 
BOM DIA!!!!!!!

UMA AFIRMAÇÃO PENETRANTE

 
Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus… O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo (João 3:3, 6-7).
 
O evangelista J. T. Smith certa vez pregou sobre o texto acima para uma grande congregação. No final, ele declarou em alto e bom tom para cada ouvinte ali presente: “Querido amigo, nunca tente substituir o novo nascimento por qualquer outra coisa. Você pode ser membro de uma igreja, mas não significa que nasceu de novo”.
 
Então apontou para o sacerdote sentado à sua esquerda e continuou: “Você pode até ser um sacerdote, mas ainda não ter nascido de novo”. Depois virou para a direita e olhando para o membro mais velho do conselho da igreja, disse: “Você pode até ter um cargo importante como esse meu amigo, o presidente do conselho da igreja, e igualmente não ter nascido de novo”.
 
Algum tempo depois, J. T. Smith recebeu uma carta deste último homem. “Você me leu feito um livro. Eu tive vários cargos em igrejas por trinta anos sem jamais conhecer a alegria da qual os crentes falavam. Eu fazia o meu serviço conforme me era requerido, embora sempre tenha sido difícil. Eu não conhecia a mim mesmo. Mas no instante em que você me apontou o dedo, compreendi a raiz dos meus problemas: nunca havia nascido de novo.”
 
Eles se encontraram, leram a Bíblia, oraram. Por fim, a penetrante Palavra de Deus invadiu o coração duro de um homem que conhecia as coisas de Deus sem jamais ter conhecido o próprio Deus. Ele confessou sua culpa, se arrependeu de seus pecados e creu no Senhor Jesus. E nasceu de novo.
E você, leitor, é nascido de novo?
 

Os olhos vigilantes de Deus

 
Por isso não tema, pois estou com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; Eu o segurarei com a Minha mão direita vitoriosa. Isaías 41:10
 
Certa manhã, eu estava parada junto à pia da cozinha, olhando pela janela e mergulhando no cenário das obras de Deus, apreciando a natureza em todo o seu esplendor, quando aconteceu!

Meus olhos se fixaram num evento que se desenrolava dentro do quiosque localizado no terraço da minha casa. Ali estava um pássaro, voando em círculos, tentando freneticamente encontrar a saída. Enquanto eu observava, o pássaro voltou repetidamente para o canto por onde havia provavelmente entrado, depois reunia todas as suas forças, estendia as asas para voar e se elevava – apenas para ser impedido pela tela.

Percebendo o medo da ave e sua esperança de escapar diminuindo rapidamente, bem como sua crescente impotência, entrei em ação. Saí para o terraço e abri bem a porta do quiosque, sabendo que a ave sentiria a brisa entrando e seguiria a corrente para a liberdade. Mas isso não aconteceu. Até que, por fim, ela pareceu entender que o caminho por onde entrara não era o caminho da saída. Foi aí que se tornou real o caminho para a liberdade. O pássaro alterou sua direção, dispôs as asas para o voo e, com toda a sua força, voou pela porta aberta.

Como se parece conosco! Muitas vezes (na verdade, provavelmente todos os dias) fazemos nossos planos para o dia e nos empenhamos em executá-los, cumprindo os muitos compromissos marcados por nós mesmas ou por outros – quando então acontece. Vemo-nos numa situação difícil, mas, com um forte senso de confiança, tentamos resolver o problema, aliviar a aflição e seguir adiante. Continuamos fazendo a mesma coisa vez após vez, procurando encontrar uma solução. Mas, ao descobrir que nossos planos A, B ou C não dão certo, começamos a nos preocupar, a ficar ansiosas e a temer.

Esquecemo-nos de que nosso Pai celeste nos observou o tempo todo: Ele nos viu quando entramos naquela situação e já preparou uma via de escape. Esquecemo-nos de que “Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade” (Salmo 46:1); que Deus já preparou a via de escape e está esperando que clamemos a Ele por auxílio. Quão abençoadas somos porque Deus nos observa ternamente, pois nos ama, cuida de nós e não quer nada que não seja o melhor para nós.

Escrito por Cynthia Best-Goring
 

Fim da Amargura

 
Os meus dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão. Jó 7:6.
 
Se temos pouco tempo apenas, aproveitemos fervorosamente esse pouco. A Bíblia nos assegura que nos achamos no grande dia da expiação.
 
O dia típico de expiação era um dia em que todo o Israel afligia o coração perante Deus, confessava os pecados e apresentava-se ante o Senhor de alma contrita, com remorso pelos pecados, arrependimento genuíno, e viva fé no sacrifício expiatório.
 
Se houve dificuldades, ... se existiram inveja, maldade, amargura, vis suspeitas, confessem esses pecados, não de modo geral, mas ide aos irmãos e irmãs pessoalmente. Sejam definidos. Se cometeram um erro e eles vinte, confessem esse um como se vocês fossem o principal ofensor.
 
Tome-os pela mão, permiti que seu coração se abrandem sob a influência do Espírito de Deus, e digam: “Poderá perdoar-me? Não tenho tido sentimentos corretos para com o irmão. Quero endireitar todo o mal, para que nada se ache registrado contra mim nos livros do Céu. Preciso ter um registro limpo.”
 
Há muita frieza e indiferença — muito do espírito “não me importa” — entre os professos seguidores de Cristo. Todos devem sentir solicitude mútua, guardando cuidadosamente os interesses recíprocos.
 
“Vos ameis uns aos outros.” João 15:17. Então permaneceríamos como um forte muro contra os ardis de Satanás.
 
Em meio à oposição e perseguição não nos uniríamos aos vingativos, não nos associaríamos aos seguidores do grande rebelde, cuja obra especial é acusar os irmãos, difamar e lançar mancha sobre seu caráter.
 
Seja o restante deste ano aproveitado em destruir todas as fibras da raiz de amargura, enterrando-as na sepultura ... Se unam. “Unidos, permaneceremos; divididos, cairemos.” Tomemos uma atitude mais elevada, mais nobre do que antes.  EGW
 
 
 
 


A última páscoa

 
Os filhos de Israel celebraram a primeira Páscoa no dia em que foram libertos da escravidão no Egito.
Deus lhes prometera libertação. Disse-lhes que o primogênito de cada família egípcia seria morto.
 
Ordenara-lhes que marcassem as ombreiras da porta com o sangue de um cordeiro para que, quando o anjo exterminador estivesse fazendo seu trabalho, passasse por alto a habitação dos hebreus.
 
 
Deveriam assar aquele mesmo cordeiro e comê-lo à noite com pães asmos e ervas amargas que representavam a amargura da escravidão. Ao comer a carne do animal, deveriam estar prontos para a jornada, tendo os pés calçados e o cajado na mão.
 
Fizeram como o Senhor lhes instruíra e, naquela mesma noite, o rei do Egito ordenou-lhes que deixassem o país. Pela manhã, iniciaram a viagem rumo à terra prometida. Desde aquele dia, os israelitas costumavam celebrar a Páscoa todos os anos, em memória daquela noite em que foram libertados do jugo da servidão.
 
Agora o povo se congregava em Jerusalém para comemorar o evento. Cada família preparava um cordeiro que comiam acompanhado de ervas amargas, como seus antepassados no Egito, e contavam aos filhos como Deus fora misericordioso com eles, libertando-os da escravidão.
 
Chegara o tempo em que Jesus devia comemorar a festividade com Seus discípulos e pediu a Pedro e a João que encontrassem um lugar e preparassem a ceia da Páscoa.
 
Centenas de pessoas vinham a Jerusalém para a celebração e os habitantes da cidade se dispunham a ceder um cômodo da casa para os visitantes fazerem sua celebração.
 
O Salvador dissera a Pedro e a João que ao saírem pelas ruas encontrariam um homem com um cântaro de água. Deveriam então segui-lo até a casa em que entrasse e dizer ao dono da casa:
 
“O Mestre manda perguntar-te: Onde é o aposento no qual hei de comer a Páscoa com os Meus discípulos?” Lucas 22:11.
 
Esse homem deveria então mostrar-lhes uma sala espaçosa no andar superior da casa, provida com tudo de que precisavam e ali deveriam preparar a ceia pascal. Tudo aconteceu conforme Jesus havia dito.
 
Na hora da ceia, os discípulos estavam a sós com Jesus. O tempo que haviam passado em companhia do Mestre, nessas festas, havia sido sempre uma ocasião de grande alegria; agora, porém, Jesus estava com o espírito atribulado.
 
Finalmente, disse-lhes com a voz embargada pela tristeza:
“Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes do Meu sofrimento.” Lucas 22:15.
 
Tomando da mesa um cálice de vinho não fermentado, disse:
“Recebei e reparti entre vós; pois vos digo que, de agora em diante, não mais beberei do fruto da videira, até que venha o reino de Deus.” Lucas 22:17, 18.
 
 
 
 
Durante a celebração pascal, passavam-Lhe pela mente as cenas de Seu último e grande sacrifício. Encontrava-Se agora à sombra da cruz e a dor Lhe torturava o coração. Viu diante de Si toda a angústia que devia sofrer.
 
Conhecia a ingratidão e a crueldade que Lhe mostrariam aqueles a quem viera salvar; contudo, não Se preocupava com Seu próprio sofrimento e sim com os que O rejeitariam como Salvador, perdendo a vida eterna.
 
Seus discípulos, no entanto, eram a Sua maior preocupação, pois quando não mais estivesse com eles, seriam deixados a lutar sozinhos no mundo.
 
Em uma festa, o servo devia lavar os pés dos convidados e, naquela ocasião, fizeram os preparativos para isso. Ali estavam o vaso de água, a bacia e a toalha prontos para o lava-pés, mas nenhum servo apareceu. Os discípulos, portanto, deviam fazer a parte do servo.
 
Em seu coração, os discípulos não queriam fazer o papel de servo de seus irmãos. Não estavam dispostos a lavar-lhes os pés. Desse modo, tomaram seus lugares à mesa em silêncio.
 
Jesus esperou para ver o que eles fariam. Então, Ele mesmo Se levantou, cingiu-Se com a toalha, despejou água na bacia e começou a lavar os pés dos discípulos. Embora magoado por causa da discórdia entre eles, não os repreendeu com palavras duras. Demonstrou Seu amor, agindo como servo de Seus próprios discípulos. Quando terminou, disse-lhes:
 
“Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque Eu o sou. Ora, se Eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque Eu vos dei o exemplo, para que, como Eu vos fiz, façais vós também.” João 13:12-15.
 
 
 
 
Dessa maneira, Jesus ensinou aos Seus discípulos que deviam servir uns aos outros. Em vez de buscar a posição mais elevada para si mesmos, deveriam se dispor a servir os irmãos.
 
O Salvador veio ao mundo para trabalhar pelos outros, vivendo para ajudar e salvar os necessitados e pecadores, e Ele deseja que façamos o mesmo.
 
Os discípulos se sentiram envergonhados de seu ciúme e egoísmo. Seu coração se moveu de amor para com o Mestre e para com os irmãos. Só agora é que estavam prontos para ouvir os ensinos de Cristo.
 
Estando todos em silêncio, à mesa, Jesus tomou o pão e tendo dado graças, partiu-o e entregou-o aos discípulos, dizendo: “Isto é o Meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de Mim.” Lucas 22:19.
 
 
 
Tomou também o cálice, dizendo: “Este é o cálice da nova aliança no Meu sangue derramado em favor de vós.” Lucas 22:20.
 
 
Diz a Bíblia: “Todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha.” 1 Coríntios 11:26.
 
O pão e o vinho representam o corpo e o sangue de Jesus. Assim como o pão foi partido e o vinho tomado, o corpo de Jesus foi partido e Seu sangue derramado por nós.
 
 
Comendo o pão e bebendo o vinho, demonstramos que cremos neste fato. Mostramos que nos arrependemos de nossos pecados e que aceitamos a Cristo como nosso Salvador.
 
Cristo então conversou com eles durante algum tempo. Disse que ia para a casa de Seu Pai e que prepararia um lugar para eles e retornaria para levá-los consigo.
 
Prometeu enviar o Espírito Santo para que fosse o Mestre e Consolador deles. Disse-lhes que orassem em Seu nome e, certamente suas orações seriam atendidas.
 
Jesus então orou por eles, pedindo a Deus que os livrasse do mal e que amassem um ao outro assim como Ele os amava.
 
Jesus orou por nós do mesmo modo que orou pelos discípulos, dizendo:
 
“Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em Mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és Tu, ó Pai, em Mim e Eu em Ti, também sejam eles em Nós; para que o mundo creia que Tu Me enviaste; Eu neles, e Tu em Mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que Tu Me enviaste e os amaste, como também amaste a Mim.” João 17:20, 21, 23.
 
Era a última vez que Jesus celebrava a Páscoa com Seus discípulos. Era também a última Páscoa que devia ser celebrada na Terra, porque o sacrifício do cordeiro deveria ensinar às pessoas que um dia Cristo, o Cordeiro de Deus, viria para morrer pelos pecados do mundo. Assim, com Sua morte, não haveria mais necessidade de imolar o cordeiro quando Seu sacrifício estivesse consumado.
Quando os judeus selaram sua rejeição de Cristo condenando-O à morte, rejeitaram tudo o que dava importância e significado àquela festa. Daí em diante a solenidade seria uma cerimônia sem valor.
 
Nós, Adventistas, não cremos no que os católicos romanos chamam de "transubstanciação", na qual o pão e o vinho da eucaristia se transformam literalmente no corpo e no sangue de Cristo, respectivamente.
 
Cremos, na "consubstanciação", que ensina que o pão (sem fermento) e o vinho (suco puro da uva, não fermentado) se transformam em SÍMBOLOS do corpo e do sangue de Jesus Cristo. Esta crença está harmonizada com o que as Escrituras ensinam sobre o assunto.
A Páscoa nos fala de uma troca de lugar, onde Jesus tomou o nosso lugar para morrer por nós. Que nesta páscoa possamos refletir sobre o Amor de Deus na cruz do calvário.
 
FELIZ SÁBADO!!!!!!!!!!
 

Como examinaremos as escrituras?

 
" Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de Mim". João 5:39
 
Como examinaremos as Escrituras, para compreender o que elas ensinam? Devemos investigar a Palavra de Deus com coração contrito, um espírito suscetível de ser ensinado e pleno de oração. Não devemos pensar, como os judeus, que nossas próprias ideias e opiniões são infalíveis, nem como os católicos, que certos indivíduos são os únicos guardiões da verdade e do conhecimento, que os homens não têm o direito de examinar as Escrituras por si mesmos, mas devem aceitar as explanações dadas pelos Pais da igreja. Não devemos estudar a Bíblia com o propósito de manter nossas opiniões preconcebidas, mas com o único objetivo de aprender o que Deus disse.
 
Temem alguns que se reconhecerem estar em erro, ainda que seja num simples ponto, outros serão levados a duvidar de toda a teoria da verdade. Têm, portanto, achado que não se deve permitir a investigação; que ela tenderia para a dissensão e a desunião. Mas se tal é o resultado da investigação, quanto mais depressa vier, melhor. Se há aqueles cuja fé na Palavra de Deus não suportará a prova de uma investigação das Escrituras, quanto mais depressa forem revelados melhor; pois então estará aberto o caminho para lhes mostrar seu erro. Não podemos manter a opinião de que uma posição uma vez assumida, uma vez advogada a ideia, não deve, sob qualquer circunstância ser abandonada. Há apenas Um que é infalível: Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida.
 
Os que permitem que o preconceito ponha na mente uma barreira contra a recepção da verdade, não podem receber a iluminação divina. No entanto, ao ser apresentado um ponto de vista das Escrituras, muitos não perguntam: Isto é verdade — está em harmonia com a Palavra de Deus? mas: Por quem é defendido? e a menos que venha pelo instrumento que lhes agrada, não o aceitam. Tão plenamente satisfeitos estão com suas próprias ideias que não examinarão a evidência escriturística com o desejo de aprender, antes recusam ser interessados, meramente devido aos seus preconceitos.
 
Freqüentemente o Senhor trabalha onde menos O esperamos; surpreende-nos pela revelação de Seu poder em instrumento de Sua própria escolha, ao mesmo tempo que passa por alto os homens a quem temos olhado como sendo aqueles por cujo intermédio deve vir a luz. Deus deseja que recebamos a verdade em seus próprios méritos — porque é a verdade.
 
Não deve a Bíblia ser interpretada para agradar às ideias dos homens, por mais longo que seja o tempo em que têm considerado verdadeiras essas ideias. Não devemos aceitar a opinião de comentaristas como sendo a voz de Deus; eles eram mortais, sujeitos ao erro como nós mesmos. Deus nos tem dado a faculdade do raciocínio tanto como a eles. Devemos tornar a Bíblia o seu próprio expositor.
 
Devem todos ser cuidadosos quanto à apresentação de novos pontos de vista sobre as Escrituras, antes de terem dado a esses pontos completo estudo, e estarem plenamente preparados para sustentá-los com a Bíblia. Não introduzam coisa alguma que cause dissensão, sem a clara evidência de que nisto Deus está dando uma mensagem especial para este tempo.
 
Mas acautelemos de rejeitar o que é verdade. O grande perigo de nosso povo tem sido o de confiar nos homens e tornar a carne o seu braço. Os que não têm o hábito de examinar a Bíblia por si mesmos ou de pesar as evidências, confiam nos dirigentes, e aceitam as decisões que estes fazem, e assim rejeitarão muitos as próprias mensagens que Deus envia a Seu povo, se esses irmãos dirigentes não as aceitarem.
 
Ninguém deve pretender ter toda a luz que há para os filhos de Deus. O Senhor não tolerará isso. Ele disse: “Eis que diante de ti pus uma porta aberta e ninguém a pode fechar.” Mesmo que todos os nossos dirigentes recusem a luz e a verdade, essa porta ainda continuará aberta. O Senhor suscitará homens que darão ao povo a mensagem para este tempo.
 
A verdade é eterna e o conflito com o erro somente tornará manifesto o seu poder. Nunca devemos recusar examinar as Escrituras com os que temos razões para crer, desejam saber o que é a verdade. Suponhamos que um irmão conserve um ponto de vista que difere do nosso, e venha a nós propondo que nos assentemos com ele e façamos uma investigação desse ponto das Escrituras; levantar-nos-emos, cheios de preconceito e condenaríamos suas ideias, ao mesmo tempo que recusemos dar-lhe sincera atenção? A única atitude certa seria assentar-nos como cristãos e investigar a posição apresentada, à luz da Palavra de Deus, que revelará a verdade e desmascarará o erro. Ridicularizar-lhe as ideias não lhe enfraqueceria no mínimo a posição, se esta fosse falsa, nem nos fortaleceria a posição, se esta fosse verdadeira. Se as colunas de nossa fé não suportarem a prova da investigação, já é tempo de o sabermos. Entre nós não deve ser alimentado o espírito de farisaísmo.
 
Devemos estudar a Bíblia com reverência, sentindo que estamos na presença de Deus. Toda leviandade e frivolidade, devem ser postas de lado. Embora algumas porções  da Palavra sejam facilmente compreendidas, a verdadeira significação de outras partes não é discernida com tanta prontidão. Deve haver estudo e meditação pacientes, e oração fervorosa. Ao abrir as Escrituras deve cada estudante pedir a iluminação do Espírito Santo; e certa é a promessa de que esta será dada.
 
O espírito com que venhamos à investigação das Escrituras, determinará o caráter do assistente ao nosso lado. Anjos do mundo da luz, estarão com aqueles que com humildade de coração buscam a direção divina. Mas se a Bíblia for aberta com irreverência, com sentimento de presunção, se o coração está cheio de preconceitos, Satanás se acha ao nosso lado, e apresentará as declarações simples da Palavra de Deus numa luz pervertida.
 
Alguns há que condescendem com a leviandade, o sarcasmo, e até mesmo a mofa para com os que deles divergem. Outros apresentam um mundo de objeções a qualquer novo ponto de vista; e quando essas objeções são claramente respondidas pelas palavras das Escrituras, não reconhecem as evidências apresentadas, nem permitem serem convencidos. Sua inquirição não tem o propósito de chegar à verdade, mas tenciona meramente confundir a mente dos outros.
 
Alguns julgam ser evidência de agudeza e superioridade intelectual, confundir as mentes quanto ao que é verdade. Recorrem à subtileza dos argumentos, a jogos de palavras; tiram vantagem injusta em fazer perguntas. Quando suas perguntas têm sido razoavelmente respondidas, mudam de assunto trazendo novo ponto, para evitar o reconhecimento da verdade. Devemos acautelar-nos para não condescendermos com o espírito que dominava os judeus. Não queriam aprender de Cristo, porque Sua explicação das Escrituras não estava de acordo com as ideias deles; portanto tornaram-se espias nas Suas pegadas, “armando-Lhe ciladas, a fim de apanharem da Sua boca alguma coisa para O acusarem”. Não tragamos sobre nós mesmos a temível denúncia das palavras do Salvador: “Ai de vós, doutores da lei, que tirastes a chave da ciência; vós mesmos não entrastes e impedistes aos que entravam”.
 
Não requer muita sabedoria ou habilidade fazer perguntas difíceis de responder. Pode uma criança fazer perguntas sobre as quais o homem mais sábio fique embaraçado. Não nos empenhemos em disputas dessa espécie. Existe em nossos dias a mesma descrença que prevalecia no tempo de Cristo. Agora, como então, o desejo de promoção e de louvor dos homens desvia o povo da simplicidade da verdadeira piedade. Não há orgulho tão perigoso como o orgulho espiritual.
 
Devem os jovens examinar as Escrituras por si mesmos. Não devem julgar ser suficiente os mais velhos na experiência descobrirem a verdade; que os mais novos podem aceitá-la deles como sendo autoridade. Os judeus pereceram, como uma nação, porque foram afastados da verdade bíblica pelos seus governantes, sacerdotes e anciãos. Tivessem dado ouvidos às lições de Jesus, e examinado as Escrituras por si mesmos, e não teriam perecido.
 
Jovens das nossas fileiras estão observando para ver em que espírito os ministros investigam as Escrituras; se têm um espírito suscetível de ser ensinado e são suficientemente humildes para aceitar a evidência e receber a luz dos mensageiros que a Deus apraz enviar.
 
Devemos estudar a verdade nós mesmos. Não se deve esperar que qualquer homem pense por nós. Não importa quem seja, ou em que posição esteja colocado, não devemos esperar que qualquer homem seja critério para nós. Devemos aconselhar-nos e estar sujeitos um ao outro, mas ao mesmo tempo devemos exercer a habilidade que Deus nos deu para aprender o que é verdade. Cada um de nós deve buscar a Deus para obter a iluminação divina. Devemos desenvolver, individualmente, um caráter que suporte a prova no dia de Deus. Não devemos ficar apegados às nossas ideias, e pensar que ninguém deve interferir em nossas opiniões.
 
Ao ser chamada a nossa atenção para algum ponto de doutrina que não compreendemos vamos a Deus, de joelhos, para poderdes compreender o que é verdade e não serdes encontrados, como os judeus, lutando contra Deus. Ao advertir os homens de que se acautelem de aceitar qualquer coisa, a menos que esta seja a verdade, devemos também adverti-los a não porem em perigo a sua alma, rejeitando mensagens de luz, mas que se apressem em sair das trevas pelo estudo fervoroso da Palavra de Deus.
 
Quando Natanael foi a Jesus, o Salvador exclamou: “Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo!” Disse-Lhe Natanael: “Donde me conheces Tu?” Jesus respondeu: “... te vi Eu, estando tu debaixo da figueira”. E Jesus também nos verá nos lugares secretos de oração, se a Ele formos em busca de luz, para podermos saber o que é a verdade.
 
Se um irmão ensina um erro, os que estão em posições de responsabilidade devem sabê-lo; e se ele está ensinando a verdade, devem eles tomar posição ao seu lado. Todos nós devemos saber o que está sendo ensinado entre nós; pois, se isto for a verdade, devemos sabê-lo; o professor da Escola Sabatina deve sabê-lo; e cada aluno da Escola Sabatina deve compreendê-lo. Todos nós estamos na obrigação, para com Deus, de compreender o que Ele nos envia. Deu Ele direções pelas quais possamos provar cada doutrina: “À Lei e ao Testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva.” Mas se ela satisfizer a prova, não estejamos tão cheios de preconceito que não possamos reconhecer um ponto simplesmente porque ele não concorda com nossas ideias.
 
É impossível que mente alguma compreenda toda a riqueza e grandeza de uma única promessa divina que seja. Um apreende a glória de um ponto de vista, outro a beleza e graça de outro ponto, e a alma enche-se da luz celestial. Se víssemos toda a glória, o espírito desfaleceria. Mas podemos suportar, das abundantes promessas divinas, revelações muitíssimo maiores do que agora desfrutamos. Meu coração fica triste ao pensar como perdemos de vista a plenitude da bênção reservada para nós. Contentamo-nos com lampejos momentâneos de fulgor espiritual, quando poderíamos andar dia a dia à luz de Sua presença.
 
Queridos! Oremos como nunca dantes para que os raios do Sol da Justiça brilhem sobre a Palavra, a fim de que possamos compreender-Lhe a verdadeira significação. Jesus rogou para que Seus discípulos fossem santificados pela verdade — a Palavra de Deus. Então com que fervor devemos nós orar para que aquele que “penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus”, Aquele cujo ofício é trazer todas as coisas à lembrança do povo de Deus, e guiá-lo em toda a verdade, possa estar conosco na investigação de Sua Santa Palavra!
 
Deus deseja que confiemos nEle e não no homem. Quer que tenhamos um novo coração; Ele deseja dar-nos revelações de luz do trono de Deus.
 
"Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para repreensão, para a correção, para a educação na justiça", 2 Timotéo 3:16
 
FELIZ SÁBADO!!!!!!!!!!!
 
Texto Extraído do livro Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos - EGW
 

A Biblia - Livro Sagrado....Voce que tem dúvida leia com carinho essa mensagem!!!


As vidas relatadas na Bíblia são histórias autênticas de pessoas reais. Desde Adão, passando pelas sucessivas gerações, até ao tempo dos apóstolos, temos uma narração clara, ao natural, do que realmente ocorreu, e a genuína experiência de personagens verídicos. É caso de admiração para muitos que a história inspirada relatasse fatos na vida de homens bons que lhes maculam o caráter moral. Os infiéis utilizam-se desses pecados com grande prazer, e expõem ao ridículo os que os cometeram. Os escritores inspirados não testificam de falsidades, para impedir que as páginas da história sagrada sejam obscurecidas pelo registro das fragilidades e faltas humanas. Os escribas de Deus escreveram segundo lhes foi ditado pelo Espírito Santo, não tendo eles próprios controle sobre o trabalho. Registraram a verdade literal, e fatos severos, repugnantes, são revelados por motivos que nossa mente finita não pode compreender plenamente.
 
É uma das melhores provas da autenticidade das Escrituras o não ser a verdade apresentada com paliativos, nem os pecados de seus principais personagens suprimidos. Muitos alegarão ser fácil relatar o que ocorre em uma existência comum. É, porém, fato provado ser uma impossibilidade humana o narrar imparcialmente a história de um contemporâneo; e o é quase igualmente narrar sem desvios da exata verdade a vida de qualquer pessoa ou povo com cuja vida nos achamos relacionados.
 
O espírito humano é tão sujeito ao preconceito, que lhe é quase impossível tratar o assunto imparcialmente. Ou os defeitos da pessoa em questão são excessivamente realçados, ou suas virtudes demasiado enaltecidas, dependendo do ponto de vista preconcebido do autor. Por mais imparcial que o historiador se proponha a ser, todos os críticos concordarão que esta é uma tarefa muito difícil.
 
A unção divina, porém, erguida acima das fraquezas humanas, conta a verdade simples, nua. Quantas biografias se têm escrito de corretos cristãos, que, em sua vida comum no lar, em suas relações com a igreja brilharam como exemplos de imaculada piedade! Defeito algum manchou a beleza da santidade deles, falta alguma é registrada de modo a lembrar-nos de que eram argila comum, e sujeitos às naturais tentações da humanidade. Todavia, houvesse-lhes a pena da Inspiração escrito a história, e quão diversos pareceriam eles! Ter-se-iam revelado fraquezas humanas, lutas com o egoísmo, hipocrisia e orgulho, talvez pecados ocultos, e a luta contínua entre o espírito e a carne.
 
Os próprios diários íntimos não revelam em suas páginas os pecaminosos atos do autor. Por vezes registram-se os conflitos com o mal, mas normalmente apenas quando o bem triunfou. Mas podem conter fiel registro de atos dignos de louvor e de nobres esforços; isto, também, quando o escritor pretende sinceramente manter um diário fiel de sua vida. É quase uma impossibilidade humana expor nossas faltas à possível inspeção de nossos amigos.
 
Houvesse nossa boa Bíblia sido escrita por pessoas não inspiradas, e apresentaria bem diverso aspecto, e seria um estudo desalentador para os errantes mortais, os quais estão a contender com as fragilidades naturais e as tentações de um inimigo astuto. Tal como é, no entanto, temos relatório fiel das experiências religiosas de notáveis personagens da história bíblica. Os homens favorecidos por Deus, e a quem confiou grandes responsabilidades, foram por vezes vencidos pela tentação e cometeram pecados, mesmo como nós da época presente lutamos, vacilamos e caímos freqüentemente em erro. É, porém, animador para nosso coração desfalecido saber que, mediante a graça de Deus, eles puderam obter novo vigor para se erguer outra vez acima de sua má natureza; e, lembrando-nos disso estamos, por nossa vez, prontos a recomeçar o conflito.
 
As murmurações do antigo Israel, e seu rebelde descontentamento, bem como os poderosos milagres realizados em seu favor, e os castigos de sua idolatria e ingratidão, acham-se escritos para nosso benefício. O exemplo do antigo Israel é apresentado como advertência ao povo de Deus, a fim de evitarem a incredulidade e escaparem a Sua ira. Houvessem as iniqüidades dos hebreus sido omitidas do Registro Sagrado, sendo contadas apenas suas virtudes, sua história deixaria de ensinar-nos a lição que ensina.
 
Os infiéis e amantes do pecado desculpam seus crimes citando a maldade de homens a quem Deus deu autoridade, nos tempos antigos. Alegam que, se esses santos homens cederam à tentação e cometeram pecados, não é de admirar que eles também sejam culpados de proceder mal; e dão a entender que não são tão maus afinal de contas, uma vez que têm tão ilustres exemplos de iniqüidade diante deles.
 
Os princípios de justiça exigiam uma fiel narração dos fatos para benefício de todos quantos houvessem de ler os Sagrados Registros. Aí divisamos as provas da sabedoria divina. É-nos exigido obedecer à lei de Deus, e não somente somos instruídos quanto à pena da desobediência, como nos é contada, para benefício nosso e advertência, a história de Adão e Eva no Paraíso, e os tristes resultados de sua desobediência aos mandamentos de Deus. O relatório é pleno e explícito. A lei dada ao homem no Éden está registrada, juntamente com o castigo resultante no caso de sua desobediência. Segue-se a história da tentação e queda, e o castigo infligido a nossos pais em seu erro.
 
Seu exemplo nos é dado como advertência contra o desobedecer, de modo a estarmos certos de que “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23), que a justiça retributiva de Deus não falha, e que Ele exige de Suas criaturas estrita consideração para com Seus mandamentos. Quando a lei foi proclamada no Sinai, como foi definida a penalidade anexa, e quão certo o castigo que seguiria à transgressão da lei, e quão positivos são os casos registrados em testemunho disso!
 
A pena da Inspiração, fiel a sua tarefa, conta-nos os pecados em que caíram Noé, Ló, Moisés, Abraão, Davi e Salomão, e que mesmo o forte espírito de Elias sucumbiu ante a tentação durante sua terrível prova. A desobediência de Jonas e a idolatria de Israel são fielmente relatadas. A negação de Cristo por parte de Pedro, a viva contenda entre Paulo e Barnabé, as falhas e fraquezas dos profetas e dos apóstolos, todas são expostas pelo Espírito Santo, que descerra o véu do coração humano. Ali se acha diante de nós a vida dos crentes, com todas as suas faltas e loucuras, que servem como uma lição a todas as gerações que os seguissem.
 
Houvessem eles sido isentos de fraquezas, teriam sido mais que humanos, e nossa natureza pecaminosa desesperaria de nunca atingir a tal grau de excelência. Vendo, porém, onde eles lutaram e caíram, onde se animaram outra vez e venceram mediante a graça de Deus, somos animados e induzidos a avançar e passar por cima dos obstáculos que a natureza degenerada nos coloca no caminho.
 
Deus tem sido sempre fiel em castigar o crime. Envia Seus profetas para advertir os culpados, denuncia-lhes os pecados, e declara o juízo a vir sobre eles. Os que perguntam por que a Palavra de Deus revela os pecados de Seu povo de maneira tão clara para os zombadores escarnecerem e os santos deplorarem, devem considerar que tudo isso foi escrito para ensino deles, para que evitem os males assim registrados, e imitem apenas a justiça dos que serviram ao Senhor.
 
Precisamos exatamente dessas lições que a Bíblia nos dá, pois com a revelação do pecado, está registrada a retribuição que se lhe segue. A dor e o arrependimento do culpado, as lamentações da alma enferma de pecado, chegam até nós, vindas dos tempos idos, mostrando-nos que então, como agora, o homem necessitava da perdoadora misericórdia de Deus. Isto nos ensina que, ao passo que Ele é o punidor do crime, compadece-Se e perdoa o pecador arrependido.
 
Em Sua providência, tem o Senhor achado por bem ensinar e advertir Seu povo de várias maneiras. Por ordens diretas, pelos sagrados escritos e pelo Espírito de Profecia, tem-lhes Ele dado a conhecer Sua vontade... O fato de os pecados de certos indivíduos terem sido trazidos à luz, não quer dizer que eles sejam piores aos olhos de Deus do que muitos cujas faltas não são relatadas.
 
"... Os erros e maus procedimentos existentes na vida de professos cristãos são registrados para instrução dos que estão sujeitos a cair nas mesmas tentações. A experiência de um serve como farol para advertir outros a se desviarem dos perigosos recifes". Assim se revelam os laços e ardis de Satanás, a importância de aperfeiçoar um caráter cristão, e os meios por que se pode obter esse resultado. Dessa maneira Deus indica o que é necessário fazer para conseguir-Lhe a bênção.
 
Há, por parte de muitos, a tendência de deixar que se levantem sentimentos rebeldes, caso lhes sejam reprovados os erros. O espírito desta geração, é: “Dizei-nos coisas aprazíveis.” Isaías 30:10.
Mas o Espírito de Profecia só diz a verdade. Espalha-se a iniqüidade, e esfria o amor de muitos que professam seguir a Cristo. Estão cegos à iniqüidade do próprio coração, e não sentem a condição fraca e desamparada em que se encontram. Em misericórdia, Deus ergue o véu, e mostra-lhes que, por trás do cenário, há um olho que lhes distingue a invisível culpa e os motivos de suas ações.
 
Os pecados das igrejas populares acham-se caiados. Muitos dos membros andam em grosseiros vícios, e acham-se embebidos em iniqüidades. Caída é Babilônia e tornou-se habitação de toda ave imunda e aborrecível! Os mais revoltantes pecados da época se abrigam sob a capa do cristianismo.
 
Muitos proclamam a abolição da lei de Deus, e certamente sua vida se acha em harmonia com essa fé. Se não há lei, então não há transgressão, e portanto não há pecado; pois o pecado é a transgressão da lei.
 
"... É surpreendente ver sobre que frágeis fundamentos muitos constroem suas esperanças do Céu! Injuriam a lei do Infinito, como se O quisessem desafiar, e anular-Lhe a palavra. O próprio Satanás, com o conhecimento que tem da lei divina, não ousaria fazer os discursos que alguns pastores aborrecedores da lei fazem do púlpito; todavia, exulta com a blasfêmia deles.
 
"... o homem está sem conhecimento da vontade de Deus. Crimes e iniqüidades enchem-lhe a medida da existência. Quando, porém, o Espírito de Deus lhe revela todo o significado da lei, que mudança se lhe ocorre no coração!... Os trovões da Palavra de Deus o despertam da letargia e clama por misericórdia em nome de Jesus. E Deus sempre atende a essa humilde petição com ouvidos cheios de boa vontade. Jamais manda embora sem conforto um penitente... Assim tem o Espírito de Deus pronunciado advertências e juízos, sem recusar, contudo, a doce promessa da misericórdia.
 
Deus é tão poderoso hoje para salvar do pecado, como o era nos tempos patriarcais, de Davi e dos profetas e apóstolos. A multidão de casos registrados na história sagrada em que o Senhor livrou Seu povo das iniqüidades deles, deve tornar os cristãos de hoje ansiosos de receberem as instruções divinas, e zelosos de aperfeiçoarem um caráter que suporte a íntima inspeção do juízo.
 
A história bíblica sustém o coração desfalecido com a esperança da misericórdia de Deus. Não precisamos desesperar quando vemos que outros têm lutado através de desânimos semelhantes aos nossos, e caíram em tentações da mesma maneira que nós, e não obstante reconquistaram o terreno e foram abençoados por Deus. As palavras da Inspiração confortam e animam a alma errante. Se bem que os patriarcas e os apóstolos fossem sujeitos às fragilidades humanas, obtiveram, pela fé, boa reputação, combateram seus combates na força do Senhor, e venceram gloriosamente. Assim, podemos confiar na virtude do sacrifício expiatório, e ser vencedores no nome de Jesus.
 
A humanidade é a humanidade em todo o mundo, desde os tempos de Adão, até à geração atual; e o amor de Deus é, através de todos os séculos, um amor incomparável.
 

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