Quando você atravessar águas profundas, Eu estarei ao seu lado, e você não se afogará. Isaías 43:3, NTLH.
"Que dia lindo!" disse eu para mim mesma enquanto dirigia para a igreja num ensolarado sábado de manhã. Dei uma olhada no relógio e vi que tinha justamente tempo suficiente para chegar lá e concluir os últimos pormenores do meu programa. Eu cantarolava a melodia familiar que vinha do meu aparelho de CD quando, pelo canto do olho, vi uma van branca invadindo minha pista. Pisei no freio e virei o volante, tentando escapar de uma colisão, mas meu pneu dianteiro esquerdo passou em cima de uma mureta com um som de estouro.
Tremendo, tentei voltar para a pista, mas algo estava definitivamente errado com aquele pneu. Saltei do carro para verificar os danos. O pneu tinha estourado. Ótimo! Ali estava eu, bem vestida, arrastando o estepe fora do porta-malas e obstruindo o tráfego numa rua movimentada. Minha mente retrocedeu para aquele tempo, muitos anos antes, quando papai havia tentado me interessar na arte de trocar pneus.
A essa altura, motoristas zangados formavam fila atrás de mim, buzinando freneticamente. Mantendo a cabeça erguida, ignorei-os. Finalmente entenderam que precisariam fazer um desvio para a outra pista. Joguei o pneu estepe no chão e me curvei para decidir meu próximo movimento. De repente, uma pequena caminhonete branca com letras verdes pintadas na lateral encostou atrás do meu carro, e quatro homens saltaram. Um pegou o pneu, outro o macaco e um terceiro começou a tirar a calota. O quarto homem ficou em pé ao meu lado, silenciosamente. Eu queria contar-lhe o que tinha acontecido, mas estava lutando para segurar as lágrimas. Ele sorriu como se já soubesse, e minha raiva se foi.
Lembrando-me das boas maneiras, agradeci-lhe por ter parado. Ele continuou sorrindo. Em menos de cinco minutos, haviam terminado tudo. Como eu não tinha dinheiro para oferecer, disse "Dios los bendiga". Eles sorriram, acenaram e saltaram de novo para dentro de sua pequena caminhonete branca. Tão repentinamente como tinham chegado, desapareceram.
Quando entrei no meu carro, a realidade ficou clara. Aqueles homens não eram motoristas comuns – eram anjos! Cheguei à igreja em tempo e contei minha história.
Escrito por Dinorah Blackman