O HOMEM QUE SE CHAMA SÁBIO, MAS É LOUCO - Parte 3

II – A LOUCURA DOS JUDEUS
Até aqui, Paulo falava dos gentios. Mas como estariam os JUDEUS? Os judeus também eram indesculpáveis: Rom. 2:1: "Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que condenas." Os judeus, leitores da carta de Paulo, apreciaram as suas palavras contra os gentios, mas, penetrando no capítulo 2, eles se aperceberam que também eram culpados, merecedores da ira de Deus, como os gentios.
No verso 17, Paulo se dirige diretamente aos judeus: "Se, porém, tu, que tens por sobrenome judeu, e repousas na lei, e te glorias em Deus... Dizes que não se deve cometer adultério e o cometes? Abominas os ídolos e lhes roubas os templos? Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei? Pois, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por vossa causa." (2:17,23-24). Quem é mais culpado: o pecador que conhece a Lei ou aquele que a desconhece? Os judeus se tornaram mais culpados do que os próprios gentios, mesmo com tantos privilégios espirituais!
Mas qual é a finalidade de tudo o que disse o apóstolo? Finalmente, no capítulo 3:9, o apóstolo Paulo chega à grande conclusão: "Que se conclui? Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado." Os gentios se diziam sábios por suas filosofias, mas se tornaram loucos por desprezarem a Deus, e se envolverem na idolatria e conseqüente imoralidade. Os judeus se diziam sábios por seu conhecimento de Deus e de Suas Leis, mas se tornaram loucos por desonrarem ao mesmo Deus a quem pregavam, e desobedecerem às mesmas Leis que ensinavam.
Portanto, julgando-se sábios, todos eles se tornaram loucos, insensatos, e culpados de pecado, merecendo a ira de Deus, que "se revela contra toda impiedade e injustiça". Portanto, "todo o mundo", tanto gentios como judeus, "é culpável diante Deus" (v. 19). Portanto, todos nós somos culpados e condenados à morte, merecendo o castigo do fogo do inferno.
Nesse ponto, alguém poderia perguntar: "Mas não há nenhuma esperança? E se nós fizéssemos a caridade, praticássemos o bem, não estaríamos a salvo da ira de Deus contra o pecado?" Paulo responde desse modo: 3:20: "Visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado."
Por que não podemos apresentar as nossas justiças para nos livrar? Dar esmolas, guardar o Sábado, assistir à Igreja, devolver o Dízimo? Por que a Lei não tem a função de salvar, mas condenar. "Pela lei vem o pleno conhecimento do pecado", não a salvação. Pela Lei, sabemos que somos culpados, não salvos. Não há possibilidade de salvação, se nós confiarmos em nossas boas obras. Não podemos ser justos diante de Deus por nossas obediências e realizações. Este é o quadro negro, triste e desesperador de nossa situação diante de um Deus santo e justo.

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