A Música e o Fim do Tempo da Graça

22 de outubro de 1844. Já faz tempo que se iniciou a última etapa do ministério de JESUS no santuário celestial, a qual precede a Sua volta em glória e majestade. Lamentavelmente, a realidade visível é que está se cumprindo na vida dos cristãos modernos a profecia do apóstolo Pedro, contida em sua segunda epístola, no capítulo 3, verso 4, onde ele prevê que nos últimos dias muitas pessoas diriam: "Onde está a promessa da sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação" (II Pedro 3:4).
De fato, esta profecia tem se cumprido, em certo sentido, até mesmo dentro da igreja, pois, temos vivido como se CRISTO fosse voltar daqui a muito tempo, sem sequer nos preocuparmos de que a morte poderia ceifar-nos hoje mesmo. Os que foram vítimas dessa tragédia pensavam que não precisariam se preocupar tanto, achando que isso não aconteceria com eles.
Apenas para avaliarmos a nossa própria condição e disposição espirituais, respondam uma pergunta para si mesmos: Na sua opinião, segundo a sua expectativa, quanto tempo falta, ou daqui a quanto tempo JESUS vai voltar? Essa pergunta não visa tentar calcular um prazo; visa apenas avaliar a nossa própria condição e a nossa expectativa, que poderia nos motivar a um preparo mais sério ou a um descaso inconsciente. Como está o nosso preparo? Estamos nos preparando como se Ele viesse em pouco tempo, ou vivemos como se Ele fosse demorar muito?
Ninguém pode calcular um prazo para a volta de JESUS. De fato, a pena inspirada nunca apoiou qualquer tentativa de fixar uma data para isso. Está escrito: "DEUS pôs sob o Seu domínio os tempos e as estações. E por que nos não concedeu DEUS esse conhecimento? Porque se no-lo concedesse, não faríamos dele uso correto. Desse conhecimento resultaria um estado de coisas tal entre nosso povo que retardaria grandemente a obra de Deus na preparação de um povo que subsista no grande dia que está para vir.
Não nos devemos absorver com especulações relativas aos tempos e estações que Deus não revelou. Jesus mandou que os discípulos "vigiassem", mas não por um tempo determinado. Seus seguidores devem estar na situação de quem espera as ordens do seu comandante; devem vigiar, esperar, orar e trabalhar à medida que se aproxima o tempo da vinda do SENHOR; mas ninguém poderá predizer justamente quando chegará esse tempo, porque "daquele dia e hora ninguém sabe". Mateus 24:36.
Não podereis dizer que Ele virá daqui a um ano, ou dois, ou cinco anos, nem deveis postergar a Sua vinda com declarar que não se dará antes de dez ou vinte anos. ... Não nos é dado saber o tempo definido, nem do derramamento do ESPÍRITO SANTO, nem da vinda de CRISTO. Review and Herald, 22 de março de 1892." - Evangelismo, pág. 221.
É desejo de nosso SALVADOR, contudo, que estejamos atentos aos sinais que indicam a aproximação de Sua volta. Prova disso é a tremenda quantidade de textos encontrados em toda a Bíblia, falando a respeito de Sua volta e dos sinais que a precedem.
O SENHOR JESUS afirmou: "Ao cair da tarde, dizeis: Haverá bom tempo, porque o céu está rubro. E pela manhã: Hoje haverá tempestade, porque o céu está de um vermelho sombrio. Ora, sabeis discernir o aspecto do céu, e não podeis discernir os sinais dos tempos?" Mateus 16:2 e 3.
Há um sinal extremamente perigoso para nós e que tem recebido atenção, em certo sentido, de forma tremendamente errada: "E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim." Mateus 24:14. Por que seria um sinal perigoso? Por que lhe daríamos atenção de maneira errada?
Este sinal se torna um perigo para a igreja quando, em vez de nos preocuparmos em pregar o evangelho para que JESUS volte logo, começamos a achar que falta muito ainda a ser feito para que o evangelho seja, realmente, pregado em todo o mundo. Somos assim, levados a dizer, inconscientemente, não em palavras mas em nossa maneira de viver: "meu SENHOR tarde virá". Mateus 24:48. Seria esse o motivo de a igreja estar vivendo tão indiferentemente no que diz respeito ao preparo para a volta de JESUS?
Quando o evangelho for pregado a todo o mundo, não haverá mais tempo de preparo; o fim terá chegado e a porta da graça estará se fechando. De fato, o destino dos membros da igreja será decido bem antes disso, antes de o evangelho acabar ser pregado a todo o mundo.
A pregação do evangelho chegará ao fim somente depois do derramamento da Chuva Serôdia, a qual será derramada sobre a igreja durante a sacudidura. Essa sacudidura se divide em duas partes. A primeira parte se dará dentro da igreja, quando estiver ocorrendo um despertamento.
Ellen White escreveu: "Perguntei a significação da sacudidura que eu vira, e foi-me mostrado que era determinada pelo testemunho direto contido no conselho da Testemunha verdadeira à igreja de Laodicéia. Isto produzirá efeito no coração daquele que o receber, e o levará a empunhar o estandarte e propagar a verdade direta. Alguns não suportarão esse testemunho direto. Levantar-se-ão contra ele, e isto é o que determinará a sacudidura entre o povo de DEUS." - Primeiros Escritos pág. 270.
O reavivamento será tão grande e significativo que "DEUS reconhecerá esse fato mediante um derramamento, sem medida, de Seu ESPÍRITO" Serviço Cristão, pág. 253. Por outro lado, esse reavivamento despertará toda a fúria do inimigo, que partirá para o ataque direto contra a igreja, o que dará início à perseguição.
"A religião que em nosso tempo prevalece não é do caráter puro e santo que assinalou a fé cristã nos dias de CRISTO e Seus apóstolos. É unicamente por causa do espírito de transigência com o pecado, por serem as grandes verdades da Palavra de DEUS tão indiferentemente consideradas, por haver tão pouca piedade vital na igreja, que o cristianismo, é aparentemente tão popular no mundo. Haja um reavivamento da fé e poder da igreja primitiva, e o espírito de opressão reviverá, reacendendo-se as fogueiras da perseguição." O Grande Conflito pág. 48.
O inimigo não é tolo; não pensem que ele vai levantar qualquer perseguição contra a igreja enquanto ela estiver adormecida. A perseguição faria com que a igreja se despertasse, buscasse a ajuda divina, e isso ele não quer. Sabem qual é a coisa que o inimigo mais teme? "Não há coisa alguma que Satanás tema tanto como que o povo de DEUS desimpeça o caminho mediante a remoção de todo impedimento, de modo que o SENHOR possa derramar Seu ESPÍRITO sobre uma enfraquecida igreja." Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 124.
Quando o inimigo perceber que está perdendo a batalha contra um reavivamento genuíno entre o povo de DEUS, sua fúria não conhecerá limites e ele se lançará com tudo o que puder contra a igreja. Será quando começará a segunda parte da sacudidura, quando começará a perseguição. Será então que a pregação do evangelho alcançará os confins da Terra.
"Quando a tormenta da perseguição realmente irromper sobre nós, ... a mensagem do terceiro anjo se avolumará num alto clamor, e toda a Terra se iluminará com a glória do SENHOR." Testimonies, vol. 6, pág. 401.
"Durante o alto clamor, a igreja, ajudada pelas providenciais interposições de seu exaltado SENHOR, difundirá o conhecimento da salvação tão abundantemente, que a luz será comunicada a toda cidade e vila." Evangelismo, pág. 694.
Alguns, agora, ficarão surpresos: Não é quando a porta da graça se fecha que o destino dos Adventistas do Sétimo Dia serão decididos; é na sacudidura. Mas, o que causará maior surpresa ainda será a afirmação de que não é na segunda fase da sacudidura, na perseguição propriamente, que os casos estarão sendo decididos para a vida ou para a morte entre o povo de DEUS, será na primeira. A segunda fase da sacudidura apenas limpará a igreja daqueles que não receberam a Chuva Serôdia e ainda não saíram dela.
"Só os que estiverem vivendo de acordo com a luz que têm recebido poderão receber maior luz. A não ser que nos estejamos desenvolvendo diariamente na exemplificação das ativas virtudes cristãs, não reconheceremos as manifestações do ESPÍRITO SANTO na chuva serôdia. Pode ser que ela esteja sendo derramada nos corações ao nosso redor, mas nós não a discerniremos nem a receberemos." Testemunhos Para Ministros, pág. 507.
Mas, a Chuva Serôdia não será derramada enquanto não houver um reavivamento sério, verdadeiro, não um reavivamento de "faz de conta". Ele será tão sério que "alguns não suportarão esse testemunho direto. Levantar-se-ão contra ele, e isto é o que determinará a sacudidura entre o povo de DEUS." - Primeiros Escritos Pág. 270. Muitos não gostarão das mudanças espirituais que haverá na igreja e sairão dela. Interessante observar que, quando o ESPÍRITO SANTO for derramado, na Chuva Serôdia, a maior parte da igreja será formada por pessoas que saibam o que é ser cristão de verdade. Isso é impressionante.
"Antes de os juízos finais de DEUS caírem sobre a Terra, haverá, entre o povo do SENHOR, tal avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos. O ESPÍRITO e o poder de DEUS serão derramados sobre Seus filhos." O Grande Conflito, pág. 464.
"O grande derramamento do ESPÍRITO DE DEUS, o qual ilumina a Terra toda com Sua glória, não há de ter lugar enquanto não tivermos um povo esclarecido, que conheça por experiência o que seja ser cooperador de DEUS. Quando tivermos uma consagração completa, de todo o coração, ao serviço de CRISTO, DEUS reconhecerá esse fato mediante um derramamento, sem medida, de Seu Espírito; mas isso não acontecerá enquanto a maior parte dos membros da igreja não forem cooperadores de DEUS." - Serviço Cristão, pág. 253.
A preocupação da Igreja Adventista do Sétimo Dia, não deveria ser apenas a pregação do evangelho, mas a busca pessoal, por parte de cada membro, da presença de DEUS em suas vidas. Isso não quer dizer que devamos deixar de pregar o evangelho, de maneira nenhuma. Quer dizer que quanto mais perto de DEUS estivermos, mais poder receberemos do Céu. É o poder de DEUS, a direção do ESPÍRITO SANTO, que fará com que o evangelho seja, realmente, pregado a todo o mundo.
Esforços humanos resultam apenas no que tem acontecido muitas vezes: Um grande número de pessoas sendo batizadas enquanto outras tantas deixam a igreja, seguindo pelo caminho da apostasia. Está escrito que "O mundo ficará convencido, não pelo que o púlpito ensina, mas pelo que a igreja vive. O ministério anuncia do púlpito a teoria do evangelho; a piedade prática da igreja demonstra seu poder." Serviço Cristão Pág. 67.
Falta na igreja o que foi mencionado na profecia: "tal avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos. O ESPÍRITO e o poder de DEUS serão derramados sobre Seus filhos." O Grande Conflito, pág. 464.
Esse "avivamento da primitiva piedade" depende do ressurgimento de duas coisas que desapareceram quase que completamente da igreja: Compaixão e Comprometimento. Essas duas palavras resumem muito mais do que podem aparentar. Querem ver como isso é verdade?
Quais são os seus melhores amigos não adventistas? Cite os nomes de alguns. Imagine, apenas imagine que você, de alguma maneira, ficasse sabendo do que vai acontecer com um daqueles seus amigos, que ele iria morrer, talvez em um atropelamento, um assalto, ou qualquer outra coisa, e você tivesse a possibilidade de evitar isso, o que você faria? Até que ponto você se esforçaria para salvar o seu amigo?
Se uma pessoa sabe de que a vida de alguém corre perigo, não faz nada para evitar e a pessoa morre, pela legislação de nosso país ela é seria condenada a uma pena de 1 a 3 anos de detenção por homicídio culposo. Isso está estabelecido nos artigos 18 e 121 do Código Penal.
Você sabia que a grande maioria dos seus amigos, muitos parentes, e a esmagadora maioria das pessoas com as quais você entra em contato todos os dias vai morrer? Para quantas dessas pessoas você já disse que "o salário do pecado é a morte", que JESUS vai voltar em breve e que elas podem se salvar? Quantas pessoas que você conheceu morreram nos últimos 5 ou 10 anos?
Quanta chance tiveram essas pessoas de mudar de vida? O que você está fazendo por seus amigos que vão morrer? Está escrito: "Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; se não o avisares, nem falares para avisar o ímpio acerca do seu mau caminho, a fim de salvares a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua iniqüidade; mas o seu sangue, da tua mão o requererei." Ezequiel 3:18.
Só que as coisas não acabam aí! Fazemos um tremendo esforço para conquistarmos a confiança de um amigo, darmos o primeiro folheto ou revista e depois convidarmos para ir à igreja. Quase fazemos uma festa quando o tal amigo aceita estudar a Bíblia; contamos para os irmãos da igreja, pedimos orações em favor dessa pessoa e fazemos "das tripas coração" para que se decida pelo batismo.
Quando vemos a pessoa descendo às águas batismais nos emocionamos, choramos, ficamos felizes, alguns ficam tão eufóricos que só faltaria soltarem fogos de artifício! "Missão cumprida; tenho mais uma estrelinha na minha coroa".
A igreja, no começo, trata a pessoa como se fosse feita de vidro: com todo o cuidado porque é nova na fé! Com o passar do tempo, porém, quando a pessoa já faz "parte da turma", não recebe o mesmo cuidado e atenção que antes.
Encaremos a realidade: Todas as pessoas que são cortadas da igreja, por quebra dos mandamentos de DEUS ou por apostasia, um dia passaram pelas águas batismais e foram recebidas da mesma maneira e com a mesma alegria.
Quantas pessoas estiveram preocupadas com o que estava acontecendo na vida espiritual daquele irmão? Quantas pessoas tiveram por ele o zelo e o cuidado que um mãe teria para com o filho que mais ama? Quantos amigos procurariam salvar a vida espiritual dessa pessoa como o fariam pela namorada ou pelo namorado? Para muitos, na igreja, aquela pessoa não passa de mais um caso perdido, mas continua sendo aquela mesma pessoa que trouxe tanta alegria para a igreja quando se batizou e continua sendo alguém por quem CRISTO morreu. Contudo, não falta indiferença no coração da maioria quando levantam as mãos naquelas reuniões tristes, para confirmar o voto da comissão da igreja, para excluir aquele pobre miserável.
O que essas pessoas significam para nós? Elas são almas ou troféus? Como cuidamos do seu crescimento espiritual? Quantas pessoas são batizadas sem terem recebido o devido preparo e entram muito fracas na igreja, deixando de ser atendidas pelos irmãos que deveriam torná-las fortes? Não é sem razão que muitos brincam, dizendo que costumamos abrir a porta da frente da igreja e esquecemos de fechar a porta dos fundos. Sim, para muitas pessoas, a passagem pela igreja tem sido tão rápida, que poderíamos ironizar que mal tiveram tempo de se sentar; passaram direto!
Isso não quer dizer que o pecado deva ser tolerado, de maneira nenhuma. O pecado TEM que ser chamado pelo nome correto. Mas não podemos nos esquecer de amar ao pecador. Muito sofrimento poderia ser evitado se nossa profissão de fé fosse viva o bastante para sabermos amar as almas por quem CRISTO morreu, e cuidar para que não se percam, seja por não terem sido advertidas, seja por não terem sido cuidadas. É essa a igreja que espera o derramamento do ESPÍRITO SANTO, que aguarda a Chuva Serôdia? Uma igreja que não tem comprometimento? É, é essa mesmo!
Mas não é só falta de comprometimento; é também falta de compaixão! Quantas pessoas sofredoras se decepcionam e dizem que não há amor na igreja! Quando uma pessoa diz isso, sempre se levanta alguém para dizer que as coisas não são bem assim, que isso não é verdade, que, na maioria das vezes, não passaria de um mal-entendido.
A grande verdade, porém, é que só fala isso quem nunca passou por dificuldades, precisou de ajuda e encontrou uma porta fechada! Muitas pessoas descobriram que a melhor forma de fazer os amigos desapareçam foi dizer para eles que estava passando por dificuldades. Nessas horas muitos amigos descobrem têm algum "compromisso importante" marcado. Quando aquele irmãozinho com problemas consegue falar sobre isso com alguém, a resposta é sempre a mesma: "Coitado! Eu vou orar por você. Você vai ver, DEUS vai te abençoar e vai dar tudo certo. Pode deixar, eu vou orar por você!"
Não bastando a culpa pela falta de compaixão, a maioria desses "especialistas" em oração acrescenta a culpa de se tornarem mentirosos, porque nem orar oram. Quando oram, muitas vezes, o fazem apenas para cumprir com a palavra, mas aquela oração não leva o sentimento sincero de seu coração. Se o irmão não foi "abençoado", "que pena! Paciência; pelo mesmo minha obrigação eu fiz: orei por ele."
Somos, muitas vezes, tremendamente hipócritas, pois vivemos citando textos bíblicos dos quais nem conhecemos o significados. Querem um exemplo? Tiago 2:17: "Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma." Para que usamos esse texto quando estamos dando um estudos bíblicos? Não é apara ensinarmos aos estudantes que devemos guardar os mandamentos, pois "a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma"?
Quantas vezes já paramos para ler o verdadeiro contexto desse versículo? Vocês já se deram conta de que não é simplesmente da guarda dos mandamentos que o apóstolo está falando? Leiamos o texto todo, sem pular nada: "Que proveito há, meus irmãos se alguém disser que tem fé e não tiver obras? Porventura essa fé pode salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito há nisso? Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me a tua fé sem as obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Crês tu que DEUS é um só? Fazes bem; os demônios também o crêem, e estremecem." Tiago 2:14-19.
Muitas vezes, quando lemos esse texto para ensinar a guarda dos mandamento a outras pessoas, o próprio DEUS pode estar dizendo a nosso respeito: "...repousas na lei, e te glorias em DEUS; e conheces a Sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído na lei... que tens na lei a forma da ciência e da verdade; tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo?" (Romanos 2:17-21) "devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas" (Mateus 23:23). "Pelas tuas palavras serás condenado." (Mateus 12:37).
Quando lemos há, poucos minutos atrás, sobre um "avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos" (O Grande Conflito, pág. 464), alguns devem ter ficado curiosos, querendo saber como foi isso. Está escrito: "Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um". Atos 2:44 e 45. "Da multidão dos que criam, era um só o coração e uma só a alma, e ninguém dizia que coisa alguma das que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.
Pois não havia entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que vendiam e o depositavam aos pés dos apóstolos. E se repartia a qualquer um que tivesse necessidade". Atos 4:32-35. A coisa era tão séria que, quando Ananias e Safira fingiram ter a mesma piedade, morreram pelo juízo divino. Atos 5:1-16.
Gandi disse, certa vez: "não sou cristão por causa dos cristãos". Somos, aqui, obrigados a nos lembrar novamente das palavras da pena inspirada: "O mundo ficará convencido, não pelo que o púlpito ensina, mas pelo que a igreja vive. O ministério anuncia do púlpito a teoria do evangelho; a piedade prática da igreja demonstra seu poder." Serviço Cristão Pág. 67.
Talvez alguns achem que esta mensagem é pesada demais. Deixem-me citar-lhes a resposta a isso vinda da pena inspirada: "... "És tu o perturbador de Israel?" ... Há muitos professos cristãos que, se expressassem seus reais sentimentos, diriam: Que necessidade há de falar tão claramente? Seria o mesmo que perguntar: Que necessidade havia de João Batista dizer aos fariseus: "Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir?" Lucas 3:7. Que necessidade tinha ele de provocar a ira de Herodias dizendo a Herodes que não lhe era lícito possuir a mulher de seu irmão? O precursor de CRISTO perdeu a vida por falar claramente. Por que não podia ele ter prosseguido sem incorrer no desprazer dos que estavam vivendo em pecado?
Assim homens que deviam permanecer como fiéis guardiões da lei de DEUS têm argumentado, a ponto de a astúcia tomar o lugar da fidelidade, e o pecado ser deixado sem reprovação. Quando será a voz da fiel reprovação ouvida uma vez mais na igreja?" - Profetas e Reis págs. 139-141.
"Há necessidade hoje da voz de severa repreensão, pois graves pecados têm separado de DEUS o povo. A infidelidade está depressa tornando-se moda." Idem.
Falando ainda sobre o testemunho direto que determinaria "a sacudidura entre o povo de DEUS," Ellen White escreveu ainda: "Vi que o testemunho da Testemunha verdadeira não teve a metade da atenção que deveria ter. O solene testemunho de que depende o destino da igreja tem sido apreciado de modo leviano, se não desatendido de todo. Tal testemunho deve operar profundo arrependimento; todos os que o recebem de verdade, obedecer-lhe-ão e serão purificados." - Primeiros Escritos, pág. 270.
Está mais do que claro que é preciso que haja um reavivamento espiritual sério na igreja. Todos nós já entendemos isso perfeitamente. Paira, no entanto, na mente de muitos, a pergunta: Quando é que isso vai começar a acontecer? Quando a mais desejada de todas as mudanças irá ter seu início, para que o ESPÍRITO SANTO possa ser derramado sobre a igreja?
DEUS, é tão bom, tão misericordioso, tão cuidadoso com seus filhos, que deixou uma mensagem através da pena inspirada, dizendo quando estaríamos chegando perto, muito perto mesmo do fim do tempo da graça. Muitos podem estar espantados por ouvirem a afirmação de que há um sinal, contido nos escritos do Espírito de Profecia, que indica a proximidade do fechamento da porta da graça. Mas, isso não é nada! Vão ficar muito mais espantados ainda quando souberem que a profecia que anunciou a proximidade da terminação da graça, deixou como sinal a música que seria usada na igreja quando o fim estivesse às portas.
Dá para acreditar que a pena inspirada anunciou que, pouco antes do fim do tempo da graça, na igreja, haveria música barulhenta, chegando a ter gritos, que haveria tambores na música, e deu a entender ainda que a mesma teria ritmo de dança? Dá para acreditar que a mesma profecia anunciou que essas músicas deixariam as pessoas tão confusas, ao ponto de não saberem o que é certo ou errado, enquanto muitos diriam que as mesmas seriam obra do ESPÍRITO SANTO?
Alguns podem estar dizendo: "Não é possível! Não pode ser verdade que existe algo assim escrito!" Pois é verdade! Ellen White escreveu, por instrução divina que essas coisa "haviam de ocorrer imediatamente antes da terminação da graça. Demonstrar-se-á tudo quanto é estranho. Haverá gritos com tambores, música e dança. Os sentidos dos seres racionais ficarão tão confundidos que não se pode confiar neles quanto a decisões retas. E isto será chamado operação do ESPÍRITO SANTO." Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 36.
Alguns devem estar de boca aberta, talvez imaginando se não haveria algum engano. Será que esse texto não se refere à musica do mundo ou de outras igrejas? A resposta é não! A pena inspirada advertiu que essa espécie de música "seria introduzida em nossas reuniões..." Mensagens Escolhidas Vol. 2, pág. 36.
Eu pergunto: isso não parece familiar? Vocês nunca viram nada parecido? Músicas barulhentas, com tambores e em ritmo de dança dentro da igreja enquanto muitos dizem que isso é obra do ESPÍRITO SANTO?!
Alguém perguntaria: "Como pode ser isso se essas músicas são usadas até em semanas de oração e em reuniões de reavivamento espiritual?" A pena inspirada esclarece: "Os que participam do suposto reavivamento recebem impressões que os levam ao sabor do vento... Nenhuma animação deve ser dada a tal espécie de culto." Mensagens Escolhidas Vol. 2, pág. 37.
Ela disse ainda que isso não é obra do ESPÍRITO SANTO; é de outro espírito. Vejam suas palavras: "O ESPÍRITO SANTO nunca Se revela por tais métodos, em tal balbúrdia de ruído. Isso é uma invenção de Satanás para encobrir seus engenhosos métodos para anular o efeito da pura, sincera, elevadora, enobrecedora e santificante verdade para este tempo." Mensagens Escolhidas Volume 2, pág. 36.
Vocês já conheciam esse texto? "As convocações da igreja, como nas reuniões campais, as assembléias da igreja local, e todas as ocasiões em que há trabalho pessoal em favor das almas, são oportunidades determinadas por DEUS para dar tanto a chuva temporã como a serôdia." Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, pág. 508.
Comparem o contraste do mesmo com este outro, falando sobre a música de nossos dias e digam se a mesma favorece para que a predição anterior se cumpra: "O SENHOR mostrou-me que seriam introduzidos em nossas reuniões campais teorias e métodos errôneos, e que a história do passado se repetiria. Senti-me grandemente aflita.
Fui instruída a dizer que, nessas demonstrações, acham-se presentes demônios em forma de homens, trabalhando com todo o engenho que Satanás pode empregar para tornar a verdade desagradável às pessoas sensatas; que o inimigo estava procurando arranjar as coisas de maneira que as reuniões campais, que têm sido o meio de levar a verdade da terceira mensagem angélica perante as multidões, venha a perder sua força e influência. ... Assim busca Satanás pôr seu selo sobre a obra que DEUS quer que se destaque em pureza...
"O ESPÍRITO SANTO nada tem que ver com tal confusão de ruído e multidão de sons... Satanás opera entre a algazarra e a confusão de tal música, a qual, devidamente dirigida, seria um louvor e glória para DEUS. Ele torna seu efeito qual venenoso aguilhão da serpente." Mensagens Escolhidas Vol. 2, pág. 37.
Eu quero fazer a vocês uma pergunta: O que vocês achariam de fazemos uma coleta e comprarmos uma bateria para colocar aqui na sua igreja? Uma bem bonita, toda vermelha com bordas douradas?! Seria interessante? Quantos acham que seria uma boa idéia?
Respondam-me uma pergunta: Se não podemos colocar uma bateria dentro da igreja e tocá-la pra valer, com que direito a colocamos nas caixas acústicas da igreja, através de CDs e play-backs? Será que nosso DEUS é surdo? Ou será que "o que os olhos não vêem o coração não sente"?
Será que está certa, ainda, a nossa postura quando convidamos amigos para que venham à igreja para aqui aprenderem e se prepararem para o céu, mas lhes oferecemos um ambiente que irá acostumá-las a uma espécie de música que não existe lá? Não é o céu que deve se adaptar a nós, nós é que devemos nos adaptar ao ele, se é que queremos estar lá. Não podemos, ainda que bem intencionados, enganar às pessoas oferecendo-lhes um céu imaginário, com músicas parecidas com as que eles já têm no mundo. Para que elas precisariam vir para a igreja? Para serem diferentes? Diferentes de que, se pretendermos ser iguais ao mundo?
Vejamos o que nos diz a pena inspirada sobre isso: "Essas coisas que aconteceram no passado hão de ocorrer no futuro. Satanás fará da música um laço... " Mensagens Escolhidas Vol. 2, pág. 38.
Ainda na pág. pág. 36, do livro Mensagens Escolhidas vol. 2 Ellen White diz que "as forças das instrumentalidades satânicas misturam-se com o alarido e barulho, para ter um carnaval, e isto é chamado de operação do ESPÍRITO SANTO."
A igreja está, hoje, totalmente desinformada. Algumas pessoas têm usado textos bíblicos, erroneamente, sem ter real conhecimento da verdade. Citam casos como o do transporte da arca para Jerusalém, nos dias do rei Davi, a cântico de Míriam, junto ao Mar Vermelho ou alguns versos no livro de salmos, sem saberem o que estão falando. Consideremos, rápida e resumidamente, apenas um dos casos: Ao citar o uso de tamboris e pandeiros, no caso do transporte da arca, essas pessoas não prestaram atenção no fato de que foi nessa ocasião que Uzá morreu pelo juízo divino, e nem no fato de que os tamboris e pandeiros foram tirados, não foram mais usados, no restante do trajeto, quando a arca foi, finalmente, levada até Jerusalém. Dessa forma, a desinformação e a vontade de satisfazer ao próprio gosto pervertido tem levado muitas pessoas a usarem outros textos ainda, para imporem suas próprias idéias, sem saberem que estão fazendo a obra do inimigo.
Essas pessoas não sabem que muitos escritores modernos, que não têm qualquer vínculo com a Igreja Adventista do Sétimo Dia, homens de ciência, após cuidadosas pesquisas, têm afirmado que os tambores são elementos essenciais dos cultos pagãos, dizendo ainda que são a principal ferramenta para estabelecer "contato com o mundo dos espíritos". Os defensores dos tambores nem ao menos sabem que Ellen White escreveu a esse respeito: "Esses ... foram arrastados por um engano espírita." - Evangelismo, p. 595. Teria sido sem razão que ela escreveu: "Fui instruída a dizer que, nessas demonstrações, acham-se presentes demônios em forma de homens..."? Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 37.
Está escrito: "Não podeis beber do cálice do SENHOR e do cálice de demônios; não podeis participar da mesa do SENHOR e da mesa de demônios. Ou provocaremos a zelos o SENHOR? Somos, porventura, mais fortes do que Ele?" I Cor. 10:21-22.
"Coisa alguma há, mais ofensiva aos olhos de DEUS, do que uma exibição de música instrumental, quando os que nela tomam parte não são consagrados, não estão fazendo em seu coração melodia para o SENHOR... Não temos tempo agora para gastar em buscar as coisas que agradam unicamente aos sentidos." Review and Herald, 14 de novembro de 1899. - Evangelismo, pág. 510.
A música chegaria (e chegou) às raias da idolatria. Ellen White escreveu: "A música é o ídolo adorado por muitos professos cristãos observadores do sábado. Satanás não faz objeções à música, uma vez que a possa tornar um caminho de acesso à mente dos jovens." - Testimonies, vol. 1, p. 506.
Já observaram o que acontece quando são anunciados programas especiais de música? Se é um "Sé da Silva" vindo de sei lá onde, muitos preferem tirar a tarde de sábado para dormir ou passear. Mas, se é um grande "astro" ou "estrela" da "MPA", a "Música Popular Adventista", chegam até a organizar caravanas para que ninguém perca o "espetáculo". Muitas vezes o irmão Sé da Silva, ou o conjunto "Sem Nome" da "Vila Sei Lá Onde", cantam boas músicas, colocando todo o coração no que estão fazendo. Mas, como "não são ninguém", talvez somente os anjos se importem realmente de estarem presentes e cantarem juntos.
Já no caso dos nossos grandes artistas, porque são famosos, têm vários CDs gravados, podem fazer qualquer "barbaridade" na frente que está tudo bem; eles são os tais! Em muitos casos, quando termina o exibicionismo, poucas palavras do barulho a que se chamou música podem ser lembradas. Não faltam, no entanto, aqueles que elogiam e pedem autógrafos, enquanto os demônios cantam vitória por mais um ponto que marcaram. Estamos procurando boas músicas e verdadeiro louvor a DEUS ou estamos correndo atrás de celebridades?
Alguém poderia dizer: Mas as pessoas precisam de novidades, de coisas novas, modernas, especialmente para "segurar" os jovens na igreja. Coitados dos nossos jovens! Parece que estão tentando coagi-los a irem para um céu que não agrada a alguns deles! E a liberdade de escolha, o livre arbítrio? Estaremos tirando deles um direito que o próprio DEUS não pretende tirar?
Na Revista Adventista de setembro de 1985 lemos: "Hoje parece que muitos, mesmo pastores, se acostumaram a conviver com a música popular religiosa no lar, na escola e na igreja. Não querem se indispor com algum compositor ou intérprete; temem tornar-se antipáticos aos jovens, ou algum administrador, evangelista ou líder J.A. Às vezes não sabem, não conhecem, e acabam também desenvolvendo o gosto e se esquecem da responsabilidade."
"É, porém, dever de quem lidera saber que música é aceitável e qual não; jamais diminuir a importância do assunto; entender que o gosto nem sempre é guia seguro; e, sobretudo, saber que 'pais cristãos e líderes da Igreja prestam um grande desserviço aos jovens quando obscurecem a distinção entre a música aceitável e a não aceitável, e toleram uma baixa qualidade de música e apresentação dentro do contexto da igreja, a fim de manter os jovens na igreja!"
"A igreja nunca presta um serviço ao pecador comprometendo-se com o mundo. É melhor que os não regenerados permaneçam fora da igreja até que se submetam aos princípios da igreja, do que ela se tornar semelhante ao mundo, alistando como membros aqueles que desejam trazer suas normas, seus costumes e gostos" - Pastor Kenneth Wood - Citado pelo Pr. e Prof. Dario P. Araújo. (clique aqui para acessar o artigo original)
Falando ainda a respeito da música, ainda na pág. 38 do livro Mensagens Escolhidas, vol. 2, Ellen White disse que "a comichão do desejo de dar origem a algo de novo dá em resultado doutrinas estranhas, e destrói largamente a influência dos que seriam uma força para o bem, caso mantivessem firme o princípio de sua confiança na verdade que o SENHOR lhes dera." Ela disse ainda que "é melhor NUNCA ter o culto do SENHOR misturado com música do que usar instrumentos músicos para fazer a obra que, foi-me apresentado em janeiro último, seria introduzida em nossas reuniões..." Mensagens Escolhidas Vol. 2, pág. 36. - grifo nosso.
A desinformação é gigantesca. Quantos dos leitores sabiam, por exemplo, que a Conferência Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia tem um documento oficial falando sobre a música, votado e aprovado, denominado Filosofia Adventista de Música? Sabem há quanto tempo esse documento existe? Há "apenas" 32ANOS! Desde o Concílio Outonal de 1972.
E não adianta, simplesmente, querermos lançar a culpa sobre a liderança da igreja. Todos estamos no mesmo barco, todos temos o mesmo problema para enfrentar. Imaginem o que aconteceria se viesse uma ordem de alguma associação, para que fosse feita uma mudança radical na música da igreja, o que aconteceria? O pastor transmitiria o recado e seria, imediatamente, considerado radical, extremista, "linha dura", etc.
O que tem que ser feito é exatamente o que está sendo feito com este trabalho: A igreja tem que ser orientada, conscientizada, informada sobre a verdade, com todos os detalhes. Então sim, igreja e ministério, poderão trabalhar juntos, de mãos dadas, para que a música possa, realmente, melhorar. O primeiro passo é a informação e o conhecimento.
Considerem estas palavras, do livro Música, Adventismo e Eternidade, do Pastor e Professor Dario Araújo: "A Testemunha Fiel e Verdadeira observa e nota com pesar que nem um em vinte está preparado para a trasladação. ... Apesar de saberem que o caráter e os gostos não serão transformados pela ressurreição ou trasladação, não estão preocupados em já se acostumarem aqui com as coisas celestes. De tanto permitirem que sua mente e sensibilidade sejam queimadas com a música mundana de hoje, "as vozes dos anjos e a música de suas harpas não lhes agradariam. Para sua mente, a ciência do Céu seria um enigma" (Parábolas de JESUS pág. 364).
Baterias, guitarras, saxofones, contrabaixos, sintetizadores em ritmos loucos fizeram com que seus conceitos de beleza descessem tanto que são agora incapazes de apreciar a beleza dos coros celestes.... Aqueles que se apegaram ao gosto pela música híbrida e desvirtuada, não achariam a música do céu "legal", e por isso lá não estarão." Música, Adventismo e Eternidade - págs. 81 e 82.
"A crise aproxima-se rapidamente. Quase é vindo o tempo da visitação de DEUS.... A ordem é: "Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal as testas dos homens que suspiram e que gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela." Ezequiel 9:4. Esses que suspiram e gemem haviam estado a pregar as palavras da vida; haviam reprovado, aconselhado e suplicado. Alguns dos que estavam desonrando a DEUS, arrependeram-se e humilharam o coração diante dele. Mas a glória do SENHOR apartara-se de Israel; se bem que muitos ainda continuassem as formas da religião, faltava Seu poder e Sua presença. ...
"Ao passo que outros procuram lançar uma capa sobre o mal existente, e desculpam a grande impiedade reinante em toda parte, os que têm zelo pela honra de DEUS e amor pelas almas, não se calarão a fim de granjear o favor de ninguém.... Lamentam-se e afligem sua alma porque se encontram na igreja orgulho, avareza, egoísmo e engano quase de toda espécie. O Espírito de DEUS, que impulsiona a aceitar a reprovação, é espezinhado, ao passo que os servos de Satanás triunfam. DEUS é desonrado, a verdade tornada de nenhum efeito.
"A classe que não se entristece por seu próprio declínio espiritual, nem chora sobre os pecados dos outros, será deixada sem o selo de DEUS. O SENHOR comissiona Seus mensageiros, os homens que têm armas destruidoras nas mãos: "Passai pela cidade após ele, e feri; não poupe o vosso olho, nem vos compadeçais. Matai velhos, jovens, e virgens, e meninos, e mulheres, até exterminá-los; mas a todo homem que tiver o sinal não vos chegueis; e começai pelo Meu santuário. E começaram pelos homens mais velhos que estavam diante da casa." Ezequiel 9:5 e 6.
"Vemos aí que a igreja - o santuário do SENHOR - foi a primeira a sentir o golpe da ira de DEUS. Os anciãos, aqueles a quem DEUS dera grande luz, e que haviam ocupado o lugar de depositários dos interesses espirituais do povo, haviam traído o seu depósito.... Os tempos mudaram. Estas palavras fortaleceram-lhes a incredulidade, e dizem: O SENHOR não fará bem nem mal. É demasiado misericordioso para visitar Seu povo em juízos.
Assim, paz e segurança é o grito de homens que nunca mais erguerão a voz como trombeta para mostrar ao povo de DEUS suas transgressões, e à casa de Jacó os seus pecados. Esses cães mudos, que não querem ladrar, são aqueles que sentirão a justa vingança de um DEUS ofendido. Homens, virgens e crianças, todos perecerão juntos...
"Nem todos os que professam guardar o sábado serão selados. Muitos há, mesmo entre os que ensinam a verdade a outros, que não receberão na testa o selo de DEUS. Tinham a luz da verdade, souberam a vontade de seu Mestre, compreenderam todos os pontos de nossa fé, mas não tiveram as obras correspondentes." - Testemunhos Seletos Vol. 2 - Págs.: 64 - 69.
Que decisão tomaremos? Ficaremos esperando mudanças que não buscamos, pelas quais não lutamos? Continuaremos pregando "CRISTO vem, prepara-te", enquanto vivemos como se não tivéssemos pressa de que Ele realmente venha? Quantos, aqui, desejam começar hoje uma séria mudança em suas próprias vidas, um trabalho de preparo realmente sério? Quantos aqui desejam saber mais, para poderem se preparar melhor para o derramamento da Chuva Serôdia e para os eventos finais? Que DEUS nos ajude a vivermos à altura da fé que professamos.
Ministério Luzes da Alvorada

A Adoração de Isaías: um Exemplo para Nós

Um dos maiores exemplos de adoração que encontramos na Palavra de Deus está em Isaías 6, 1-7. Este texto nos revela atitudes que devemos ter quando estamos diante de Deus: Ter temor de Deus, reconhecer o pecado, ser sincero com Deus e dar atenção somente a Deus.
Temor de Deus:
Algo que nos chama a atenção nesta visão de Isaías é a maneira como os anjos se comportavam diante do Senhor. "Os serafins estavam acima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés e com duas voavam." (vers. 2) Por que os serafins cobriam seus rostos e pés, se eles são seres santos, que ministram louvor a Deus sem cessar?! Por que eles cobriam os rostos: Os serafins cobriam os rostos porque não estão acostumados com a glória de Deus e não se acham dignos de olhar para o Senhor. Por que eles cobriam os pés: Os serafins tapavam os pés como um sinal de reverência e respeito diante de Deus. Esta passagem nos ensina o quanto devemos ter reverência na presença de Deus, pois os próprios serafins, que são seres santos e puros, temem a Deus a ponto de se acharem indignos de estarem em Sua presença. Claro que temos liberdade para adorar a Deus, mas muitas vezes deixamos de nos admirar com a presença de Deus. Tratamos a Deus como um ser comum e depois não entendemos porquê não conseguimos mais sentir a presença do Senhor. Um exemplo disso é a falta de reverência que apresentamos inúmeras vezes quando chegamos na igreja antes de um culto ou celebração. Quantas vezes entramos na casa de Deus e corremos para conversar com os irmãos ou afinar os instrumentos e só vamos falar com Deus quando o culto já "começou"?! A primeira coisa que devemos fazer ao chegar na casa de Deus é orar pedindo misericórdia ao Senhor!
Reconhecer o pecado:
No instante em que Isaías percebe que está diante de Deus, ele, imediatamente, reconhece e confessa o seu pecado. Às vezes achamos que confessar pecados e adorar a Deus não estão relacionados, mas isso não é verdade. Muito pelo contrário, o arrependimento está intimamente ligado à adoração. Se nosso coração não estiver quebrantado, estaremos apenas louvando a Deus da boca para fora. Não adianta nada chegarmos na igreja e começarmos a louvar, erguer as mãos e glorificar a Deus, se estamos cheios de pecados não confessados.
Sinceridade na presença de Deus:
Ser sincero com alguém é falar a verdade, não esconder nada e se mostrar como você é. Quase sempre temos vergonha de falar para Deus quem nós somos de verdade. Queremos aparecer limpos e puros diante do Senhor, mas esquecemos que é Ele quem nos limpa e purifica. Precisamos chegar a Deus sujos e mostrar a Ele nossa sujeira, para que Ele possa nos lavar e, aí sim, estaremos limpos. Foi exatamente o que Isaías fez! Ele mostrou a Deus quem ele era: "... sou um homem de lábios impuros..." Deus conhece o nosso coração, por isso não devemos esconder nossas falhas diante Dele. Pode parecer difícil, mas temos que chegar para Deus e falar: "Senhor, eu sou um invejoso", ou "Meu Deus, eu sou uma fofoqueira." Seja qual for o nosso erro, devemos declará-lo para Deus, pois só depois que Isaías assumiu a sua falha é que ele foi transformado.
Ser sincero com Deus também é ser simples. Isaías podia ter dito muitas palavras bonitas ao Senhor, mas ele foi simples e expressou o que realmente estava em seu coração: "Ai de mim, estou perdido!" (vers. 5) Diante da grandeza de Deus, não adianta querermos falar bonito e tentar impressionar a Deus. Deus quer simplicidade e sinceridade e não palavras bonitas! Também temos que dizer a Deus aquilo que queremos realmente. Ser sinceros quando pedimos algo a Ele. Não minta para Deus! Por exemplo, se você quer aprender a tocar piano muito bem, peça para Deus te ensinar a tocar muito bem! Não fique dando uma de modesto para Deus pois Ele, mais do que ninguém conhece o seu coração.
Dar atenção somente a Deus:
Quando Isaías recebeu aquela visão de Deus, ele viu muitas coisas: viu os serafins, viu as colunas do templo tremerem, viu a fumaça que encheu o lugar... Mas quando ele avistou o Senhor, sentado sobre seu trono, ele não deu atenção a mais nada, apenas ao Senhor! Tanto que ele afirmou: "Ai de mim, estou perdido! Porque sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios: e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!" (vers. 5) O profeta poderia ter relatado todas as outras coisas que tinha visto, mas o que tomou toda a atenção dele foi a visão do Deus Todo-Poderoso! Foi depois de ver a Deus é que Isaías se reconheceu como pecador. Temos que dar mais atenção à Deus do que às bênçãos Dele! Direcione toda a sua atenção ao Senhor, assim como fez Isaías.
Ramon Tessmann
Fonte:http://www.musicaeadoracao.com.br/artigos/adoracao/adoracao_isaias.htm

O HOMEM QUE SE CHAMA SÁBIO, MAS É LOUCO - Parte 4

III – A SOLUÇÃO PARA A LOUCURA
Mas então, ONDE ESTÁ A SOLUÇÃO, onde podemos colocar a nossa esperança de salvação? Agora, Paulo começa a responder a esta grande questão. Se todos estão no pecado, condenados à ira de Deus, esperando apenas a morte como conseqüência de sua vida de pecado, como podemos ainda ter esperança?
Lemos a sua resposta nos versos 21-22: "Mas agora ... se manifestou a justiça de Deus ... mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os que crêem." A grande solução de Deus é a justiça de Jesus Cristo que nos é dada, a fim de nos livrar de nossos pecados. "Mas agora" – observem estas duas palavras, palavras fantásticas.
O Evangelho sempre é apresentado pelo apóstolo Paulo desta maneira: "Mas agora". Antes estávamos desesperados; "mas agora" temos esperança. Antes, estávamos perdidos, "mas agora" estamos salvos. Antes éramos condenados; "mas agora", somos justificados. Antes éramos "filhos da ira" (Efé. 2:3), "mas agora" somos filhos do Altíssimo, por causa da justiça de Deus.
O que significa esta justiça de Deus? Esta justiça não é uma justiça adicional. Há uma teoria entre alguns cristãos que diz o seguinte: "O que devo fazer para me salvar?" "Bem, você deve se esforçar muito para praticar o que é reto, para alcançar a perfeição, que está no topo de uma escada altíssima em que você vai subindo, vai subindo ainda mais alto, vai procurando alcançar a santidade cada vez mais, e quando você não pecar mais e alcançar a perfeição, você está completamente salvo e pronto para entrar no Céu."
E você pergunta: "Mas e se eu morrer no meio do caminho?" "Bom" – nós somos consolados – "aí então Deus completa o que lhe faltou." Está certo isto? Lembra do hino: "Deus completa o incompleto que existe em mim"? É muito agradável de ouvir e cantar, mas é uma teologia falsa. A justiça de Deus já é completa. Disse Ellen G. White: "Devemos olhar ao homem Cristo Jesus, que é completo na perfeição da justiça e santidade." (EGW, Nos Lugares Celestiais, p. 166). Portanto, nada pode ser completado da parte de Deus. Sua justiça já é perfeita, em Cristo.
A justiça de Deus, portanto, é a obediência perfeita e completa de Jesus Cristo, é a Sua vida de perfeição, que nos é creditada pela fé para nos salvar da ira no Juízo final. A justiça que salva é a própria perfeição de Cristo. Justiça aqui significa muito mais do que perdão de pecados passados. Significa não só o pleno perdão dos pecados passados, presentes e futuros, mas muito mais do que isso; significa uma justiça positiva que Jesus Cristo conseguiu ao viver uma vida de perfeição aqui nesta Terra; quando temos fé em Jesus, esta perfeição é creditada nos livros do Céu em nosso favor. E isso não é apenas um ato judicial, mas um poder transformador que pela atuação do Espírito Santo penetra em nossa mente e muda o caráter.
Alguém aqui está colocando a sua esperança em seus próprios méritos? Está olhando para as suas realizações? Nossa única esperança de salvação da ira de Deus está em Jesus Cristo e na Sua justiça. Portanto, vamos colocar a nossa fé nAquele que trouxe a Sua justiça, a fim de cobrir os nossos trapos imperfeitos e imundos, a fim de que o nosso pecado seja perdoado e sejamos justificados pela fé. Vamos procurar a justificação e o perdão a cada dia e aprofundar o nosso arrependimento. Vamos olhar a Jesus pela fé e descansar inteiramente na Sua gloriosa obra realizada por nós em Sua justiça salvadora.
Certa vez se encontraram dois amigos numa das ruas principais de sua cidade natal. E um deles perguntou: "Virgílio, quais são as perspectivas?" Ele disse: "Olhando ao nosso redor vemos trevas, sombras e escuridão, mas olhando para o alto vemos luz, muita luz, somente luz."
De fato, olhando para dentro de nós, vemos pecado, iniqüidade e transgressão. Mas olhando para Jesus, vemos justiça, muita justiça, somente justiça. Esta é a nossa única segurança. Vamos pedir de Deus essa justiça redentora, e então, seremos salvos e poderemos cantar os alegres triunfos do Evangelho, que "é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê". Não somos mais loucos nem insensatos; agora, você é "sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus" (2Tim. 3:14).

O HOMEM QUE SE CHAMA SÁBIO, MAS É LOUCO - Parte 3

II – A LOUCURA DOS JUDEUS
Até aqui, Paulo falava dos gentios. Mas como estariam os JUDEUS? Os judeus também eram indesculpáveis: Rom. 2:1: "Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que condenas." Os judeus, leitores da carta de Paulo, apreciaram as suas palavras contra os gentios, mas, penetrando no capítulo 2, eles se aperceberam que também eram culpados, merecedores da ira de Deus, como os gentios.
No verso 17, Paulo se dirige diretamente aos judeus: "Se, porém, tu, que tens por sobrenome judeu, e repousas na lei, e te glorias em Deus... Dizes que não se deve cometer adultério e o cometes? Abominas os ídolos e lhes roubas os templos? Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei? Pois, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por vossa causa." (2:17,23-24). Quem é mais culpado: o pecador que conhece a Lei ou aquele que a desconhece? Os judeus se tornaram mais culpados do que os próprios gentios, mesmo com tantos privilégios espirituais!
Mas qual é a finalidade de tudo o que disse o apóstolo? Finalmente, no capítulo 3:9, o apóstolo Paulo chega à grande conclusão: "Que se conclui? Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado." Os gentios se diziam sábios por suas filosofias, mas se tornaram loucos por desprezarem a Deus, e se envolverem na idolatria e conseqüente imoralidade. Os judeus se diziam sábios por seu conhecimento de Deus e de Suas Leis, mas se tornaram loucos por desonrarem ao mesmo Deus a quem pregavam, e desobedecerem às mesmas Leis que ensinavam.
Portanto, julgando-se sábios, todos eles se tornaram loucos, insensatos, e culpados de pecado, merecendo a ira de Deus, que "se revela contra toda impiedade e injustiça". Portanto, "todo o mundo", tanto gentios como judeus, "é culpável diante Deus" (v. 19). Portanto, todos nós somos culpados e condenados à morte, merecendo o castigo do fogo do inferno.
Nesse ponto, alguém poderia perguntar: "Mas não há nenhuma esperança? E se nós fizéssemos a caridade, praticássemos o bem, não estaríamos a salvo da ira de Deus contra o pecado?" Paulo responde desse modo: 3:20: "Visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado."
Por que não podemos apresentar as nossas justiças para nos livrar? Dar esmolas, guardar o Sábado, assistir à Igreja, devolver o Dízimo? Por que a Lei não tem a função de salvar, mas condenar. "Pela lei vem o pleno conhecimento do pecado", não a salvação. Pela Lei, sabemos que somos culpados, não salvos. Não há possibilidade de salvação, se nós confiarmos em nossas boas obras. Não podemos ser justos diante de Deus por nossas obediências e realizações. Este é o quadro negro, triste e desesperador de nossa situação diante de um Deus santo e justo.

O HOMEM QUE SE CHAMA SÁBIO, MAS É LOUCO - Parte 2

I – A LOUCURA DOS GENTIOS
Mas, SALVAÇÃO POR QUÊ? Por que há necessidade de uma salvação? Por que é que nós precisamos ser salvos pela justiça de Deus? A razão por que muitos ainda não se converteram a este Evangelho é porque não entenderam por que deveriam ser salvos. Então Paulo responde a isto no versículo 18, apresentando o primeiro tema, depois de sua grande proposição. O seu tema é este: "A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão (injustiça) dos homens." A palavra "perversão" (Edição Atualizada) é uma interpretação, mas a tradução exata do original grego é "injustiça".
Por que é que há necessidade de salvação? Porque há um grande problema. O problema é A IRA DE DEUS. O que é que ele quer dizer com isso? Há uma necessidade de salvação por causa da ira de Deus. E Paulo é bastante claro sobre isso. Mas eu sei que este assunto não é aceito por muitas pessoas, às vezes dentro da própria igreja. Porque os homens não estão querendo ouvir falar de um Deus que tem ira, que se manifesta em ira e em retribuição. Eles estão muito conscientes e muito satisfeitos em falar apenas sobre um Deus de amor.
Se você pergunta para qualquer pessoa: "Você crê em Deus?" "Sim, eu creio em Deus." "Você crê no amor de Deus?" "Ah, sim, o amor de Deus é maravilhoso; se não fosse isso, o que seria de nós?" "Você crê que Deus é um Deus de ira e de justiça?" "Ah, aí não! Eu não aceito isso. Eu só aceito que Deus é um Deus de amor." Em outras palavras, os ímpios estão construindo um deus de acordo com sua própria filosofia, de acordo com os seus próprios sentimentos, e não de acordo com as Escrituras. O homem moderno não quer saber de qualquer ensino que trate da ira de Deus.
Mas como é que você pode transmitir o evangelho se não começar por Deus, e pela maneira como Deus reage diante do pecado do homem? Como você pode ganhar genuinamente uma pessoa para a verdade e para a salvação se você não disser por que realmente nós precisamos ser salvos e do que é que precisamos ser redimidos? Nós precisamos ser salvos da ira de Deus. E este é o argumento do apóstolo Paulo: se nós queremos ser salvos, teremos de nos defrontar com o maior obstáculo à nossa salvação, que é a ira de Deus.
Mas o que significa a ira de Deus? Naturalmente, este é um aspecto do caráter de Deus que até os anjos desconheciam! Esta ira não se confunde com a paixão descontrolada do homem que resulta em vingança. Não é uma cólera arbitrária, uma emoção sem controle. Esta ira de Deus significa o Seu ódio, a Sua indignação e a Sua justa retribuição ao pecado.
De fato, Deus ama o pecador, mas Ele odeia o pecado. Isto significa a ira de Deus. É a justa manifestação divina contra o pecado, a iniqüidade e a transgressão. Mas esta verdade está sendo esquecida e, como resultado, vemos muitas igrejas repletas de pessoas conformadas com a sua vida de pecado, sem nenhum temor de Deus diante dos seus olhos, embalando-se em uma falsa segurança! Mas note que o mesmo Jesus que disse: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito" (João 3:16), exaltando o amor de Deus, também disse: "O que se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus" (João 3:36).
Mas por que a ira de Deus foi despertada? Por causa de duas coisas – diz o apóstolo Paulo: a IMPIEDADE e a INJUSTIÇA. O que significa IMPIEDADE? Significa falta de piedade, e piedade significa devoção, relacionamento com Deus. Impiedade significa falta de Deus na vida. O idioma inglês conserva o significado do grego: impiedade é "ungodliness", cuja raiz é "god" (deus); ungodliness significa sem Deus ou contra Deus, ou falta de reconhecimento ou reverência. Impiedade é praticada por aquele que não tem ligação com Deus, é falta de relacionamento com seu Criador.
Este é justamente o significado do termo grego. É falta de temor reverente para com Deus, de reconhecê-lO como Deus. Este é o motivo, a causa da ira de Deus. E o que significa a palavra INJUSTIÇA? É tudo que é contrário à justiça, ao que é reto e direito. Todos os pecados que cometemos são injustiça. O egoísmo, o orgulho, a cobiça e suas manifestações são sintetizados na palavra injustiça. Impiedade é a transgressão dos 4 primeiros mandamentos; Injustiça é a transgressão dos outros 6 mandamentos da Lei de Deus. Paulo, em uma grande síntese, resume nestas duas palavras a transgressão de todos os Dez Mandamentos.
Mas eu gostaria de considerar a ordem destas duas palavras: "impiedade e injustiça". Por que não injustiça e depois impiedade? Hoje os homens estão invertendo esta ordem. Eles estão dizendo lá fora que o problema do mundo é a injustiça. Simplesmente se nós resolvermos o problema da injustiça, o mundo estará salvo. Portanto, nós precisamos criar boas condições entre os homens. Então muitos estão dizendo: "Nós precisamos de mais educação" – isso diz o ministro da Educação. Um senador disse o seguinte: "Nós precisamos de mais leis, uma nova Constituição." Outros dizem: "Nossa maior necessidade é de polícia com mais autoridade e eficiência para garantir a segurança."
Mas realmente qual é a nossa maior necessidade? É ajustar os problemas com os homens? É um problema em nossa Sociedade? Alguns têm resumido isso dizendo que a maior necessidade do homem é achar "um vizinho gracioso". Não! A nossa maior necessidade é ajustar o problema com Deus. O maior problema, aquilo que atrai a ira de Deus, é o homem viver sem Deus no coração, é o homem estar completamente indiferente em relação ao seu Criador.
Isso é impiedade; primeiro vem a impiedade. Injustiça é simplesmente o resultado. Pecados da injustiça entre os homens são apenas a conseqüência de não termos um estreito relacionamento com Deus; é simplesmente o seu desconhecimento de Deus. Então ele peca, ele pratica toda a sorte de injustiça. Por quê? Porque lhe falta um sincero relacionamento com Deus.
Você não pode amar o seu próximo enquanto você não ama a Deus. Certa vez o reitor da Universidade de Glasgow, na Escócia foi convidado para um grande congresso evangélico. E ele estava lá diante de muitos teólogos. E aquele homem começou a falar, e disse o seguinte: "Vocês são homens de Teologia, vocês são homens conhecedores desta profundidade teológica. Eu não, eu sou um homem simples, eu não entendo nada de teologia, e nem estou interessado nela. Eu simplesmente quero entender de vocês como é que eu posso amar o meu semelhante. Se vocês me disserem isso, então eu ficarei muito satisfeito." Este homem negava a teologia, e achava que o problema realmente estava entre os homens. Mas o nosso problema está com Deus, porque a ira de Deus é despertada e "se revela contra toda impiedade e injustiça dos homens".
A ira de Deus foi revelada lá no jardim do Éden, quando nossos pais foram expulsos logo que transgrediram a Sua lei. Foi revelada em Sodoma e Gomorra. Foi revelada no Dilúvio. Foi revelada nas 10 pragas contra o Egito através do poder de Deus manifesto contra Faraó. Esta ira de Deus foi revelada lá no deserto entre o povo de Israel. Foi revelada nos cativeiros do povo escolhido. Foi revelada na Igreja Cristã primitiva com Ananias e Safira. Esta ira será revelada nas 7 últimas pragas do Apocalipse. "A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e injustiça dos homens".
A ira de Deus foi despertada por causa da impiedade. Este é o primeiro grande tema de Paulo. Agora, ele passa a ampliar essa verdade. Por que há impiedade entre os homens? Versos 19-20: "Porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis."
Isto é impiedade. Paulo está descrevendo e amplificando isso. É assim que ele sempre faz: ele tem um teorema, ele apresenta a sua tese e então passa a prová-la.
E Paulo continua apresentando a impiedade no mundo gentílico: Qual é o grau da sua impiedade? Versículo 21-22: "Porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos."
Eles se dizem sábios, mas são loucos, porque o seu coração não reconhece a Deus. Eles se tornaram nulos no seu intelecto, porque o seu coração estava longe de Deus. E a religião verdadeira é a religião do coração. E a maior loucura que podemos praticar é abandonar a Deus em nosso coração.
Por que os homens são indesculpáveis? Porque eles têm o conhecimento de Deus. Porque esse conhecimento já foi expresso na Natureza. As Suas virtudes, os Seus atributos, a Sua própria Divindade – tudo está claro, basta olhar para o alto, como disse o profeta Isaías. Os grandes filósofos do passado tinham essa luz. Não há necessidade de muitas coisas para sabermos que há um Deus no Céu.
Voltaire foi um homem que dedicou a vida inteira para pregar contra a Bíblia e dizer que esta religião da Bíblia seria completamente descartada em 50 anos. Voltaire, no entanto, estava numa noite estrelada olhando para os céus, e ele escreveu estas palavras: "Eu estava contemplando este maravilhoso espetáculo, eu estava embevecido;" e ele continua: "é preciso ser cego para não ver esta majestade, é preciso ser estúpido para não reconhecer o seu Autor, é preciso ser louco para não adorá-lO." Voltaire era um ateu que estava confirmando estas palavras em si mesmo: "Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos." "É preciso ser louco para não adorá-lO!"
Aqui está o homem que gosta de ser chamado sábio, que gosta de ser chamado filósofo. E os gregos tinham esta arrogância, e eles originaram isto, e estas coisas hoje se vêem em nosso mundo, esta arrogância: "Nós temos o conhecimento da Ciência!" E os homens gostam de usar a palavra filosofia: "Eu sou um filósofo"! "Nós somos filósofos, amigos da sabedoria."
Os grandes títulos que muitos cobiçam são estes: a "Filosofia da Educação", "Filosofia da História", "Filosofia da Medicina" e "Filosofia da Psicologia", etc. E eles se enchem dessas expressões cheios de orgulho, e confiam nas suas descobertas científicas e excluem a Deus do seu conhecimento. Mas isto realmente é um engano, é uma ilusão, porque o apóstolo Paulo prova que ao invés de sábios, eles são loucos.
A maior loucura deste mundo é ter o conhecimento de Deus e desprezá-lo. Em maio de 1984, um jornalista noticiou o falecimento de Pedro Lava. Ele era um léxico e escritor de muitos livros. Certa vez lhe perguntou um repórter: "Pedro Lava, o que é que o senhor acha que é a coisa mais nobre da vida?" E ele respondeu: "A coisa mais nobre nesta vida é o amor físico." E este homem, aos 80 anos, que não soube reconhecer a Deus, experimentou o resultado de sua impiedade: Ele tomou uma arma e acionou contra a sua cabeça, abandonando a vida, completamente desencantado com a própria miséria.
Paulo falou até aqui sobre o tema da impiedade.
Mas qual é a conseqüência da impiedade? O apóstolo passa a demonstrar que o resultado da impiedade é injustiça: Verso 24: "Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si." Por que há tanta imoralidade entre os homens? Por que há tanta prostituição, pedofilia, homossexualismo e adultério? Por causa da impiedade. É por que os homens e mulheres abandonaram a Deus, desprezaram o Seu conhecimento, e Deus os entregou às suas próprias vontades pervertidas, e ficaram culpados, como diz o apóstolo nos Versos 29-31: "cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia.". Tudo isso é resultado, tudo isso é conseqüência da impiedade. E no verso 32, lemos que tais pecadores são passíveis de morte.
Uma professora da Alemanha Oriental, num tempo de muita intolerância religiosa, lecionava na sua classe para as crianças. De repente, esta professora disse: "Levantem-se todos, ponham-se em pé e digam: "Não há Deus!" "Então todas as crianças repetiram isso, menos uma; uma menina de 8 anos se negou a dizer que não há Deus.
Então, a professora ficou muito brava com ela, e disse: "Você vai para casa e escreva 50 vezes: "Não há Deus". Ela voltou para casa e escreveu 50 vezes: "Sim há Deus". E ela trouxe para a escola no outro dia, entregou para a professora, e a professora leu: "Sim há Deus, Sim há Deus" 50 vezes.
E ela, enfurecida, disse: "Você volta para casa e vai escrever 500 vezes "Não há Deus", porque senão algo vai lhe acontecer!" e esse algo era a morte. No outro dia a menina voltou com o seu pai para falarem com o diretor a fim de que ele soubesse o que é que estava acontecendo.
E, então, o diretor disse: "Vocês não precisam mais se preocupar. Ontem à noite a professora foi vitimada por um acidente de motocicleta. Ela já morreu e tudo está acabado. Volte para a sua sala de aula." É a ira de Deus que se revela contra toda impiedade e injustiça.

O HOMEM QUE SE CHAMA SÁBIO, MAS É LOUCO - Parte 1

Colaborador: Roberto Biagini
Dados biográficos
O Pr. Roberto Biagini nasceu em Porto Alegre, RS, em 1947. É casado com Silvane Luckow Biagini, e tem dois filhos, Ângela e Roberto.

Realizou seus estudos de 3º grau na Faculdade Adventista de Teologia, concluindo-os em 1970. Terminou o Curso de Mestrado em Teologia no Seminário Adventista Latino Americano de Teologia em S. Paulo, em 1984, quando apresentou sua tese sobre a Plenitude do Espírito Santo.

Realizou os cursos de Escatologia Bíblica e Dispensacionalista, Interpretação Bíblica, Revelação e Inspiração, Justificação pela Fé, A Teologia e Estudo da Bíblia, O Espírito Santo, Daniel e Apocalipse – cursos de Extensão Teológica da Andrews University e do Centro de Educação Contínua da DSA.

Trabalhou como pastor por 30 anos, no Norte, no Centro e Sul do país, em vários distritos, inclusive na igreja central de Brasília. Seu maior interesse é participar da grande obra da pregação do Evangelho, alcançando muitas pessoas pelo conhecimento da Palavra, ajudando a preparar outros filhos de Deus para a breve volta de Jesus Cristo à Terra.

(Exposição de Rom. 1-3)

"Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos" Rom. 1:22.

O livro de ROMANOS, escrito pelo apóstolo Paulo é a epístola mais teológica, mais profunda, a teologia mais importante da Bíblia, o livro mais destacado entre os escritos sagrados no que concerne à salvação; é a teologia mais profunda, e no entanto, mais evidente e mais esclarecedora.

Vamos começar hoje em Rom. 1:1: "Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus." Nesta introdução ele dá algumas sugestões do que realmente ele quer dizer em toda a epístola. Ele vai falar neste livro sobre o "Evangelho de Deus".

Paulo diz que deseja visitar a grande cidade de Roma, a fim de pregar esse Evangelho; e faz uma PROPOSIÇÃO GERAL, nos versículos 16-17: "Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé."

Paulo começou a falar do Evangelho na introdução, e, como ele está ansioso para apresentar este emocionante tema, ele apresenta logo a sua proposição. Tudo quanto ele dirá no livro de Romanos está sintetizado nestas poucas palavras que lemos. Ele escreve sobre Justificação pela Fé até o capítulo 8 [1-8]. Do capítulo 9 em diante [9-11], ele apresenta a questão do Judeu em relação à Justificação pela Fé. E do capítulo 12 até o final [12-16] ele culmina com os Frutos, os resultados excelentes, a maneira prática de viver a Justificação pela Fé. De modo que o livro é inteiramente Justificação pela Fé, que nos traz a Segurança da Salvação.

E Paulo começa a dizer: Eu "não me envergonho do evangelho". Ele usa uma expressão chamada litotes, que é uma figura de linguagem segundo a qual nós, quando queremos enfatizar uma verdade positiva, usamos o negativo no início da frase. Então ele está realmente querendo dizer o seguinte: "Eu me glorio, eu me entusiasmo, eu me encho de emoção quando eu penso neste evangelho. E eu estou tão emocionado com ele que eu gostaria de pregá-lo desde o imperador na grande metrópole de Roma, até os seus mais desprezados escravos."

Por que é que ele se entusiasma tanto por este evangelho? Por que é que ele é capaz de dizer que não se envergonha do evangelho? "Porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê".

E então ele esclarece logo no início que ele não é o autor dessa doutrina: porque "a justiça de Deus se revela no evangelho, ...como está escrito". Na realidade, esta doutrina não é do apóstolo Paulo, embora muitos tenham dito: "Eu rejeito essa epístola, porque esta doutrina é do Paulo legalista que só via Lei, Justiça e Juízo; isto é uma invenção do apóstolo Paulo que era fariseu."

Alguns estão dizendo: "Fale-nos do Evangelho de Jesus Cristo, não do Evangelho de Paulo!" No entanto, isto é uma doutrina de toda a Bíblia. E ele já disse isso nestas simples palavras: "Está escrito". E no verso 2, ele já prevenia este argumento contrário, dizendo que essa doutrina pertence às "Sagradas Escrituras".

Desde o Gênesis até ao Apocalipse, esta doutrina da Justificação está esparsa em todos os lugares: no Santuário, nos Salmos, nos Profetas, no livro de Isaías – o profeta evangélico; e é claramente um ensino de Jesus Cristo que apresentou muitas parábolas sobre a Justificação pela Fé.

Mas qual é a base de Paulo? Onde ele achou o seu fundamento? Diz ele: "Está escrito: O justo viverá por fé." Quando ele usa estas palavras, ele se baseia em Hab. 2:4: "O justo viverá pela fé." E, nestas poucas palavras, ele fundamenta toda esta teologia filosófica, a epístola mais teológica, mais sistemática da Bíblia, com a qual todos os verdadeiros cristãos se encantam, se abeberam nesta fonte cristalina de verdades santificadoras.

Mas observe o método do apóstolo Paulo. Eu sempre me entusiasmo com a sua técnica. Paulo está fazendo uma proposição. Quando ele escreve as suas epístolas, e especialmente esta aos Romanos, parece que estamos ouvindo uma sinfonia, uma grande composição musical, em que há uma introdução, há os vários temas que são lançados de início em sugestão; depois o compositor toma um tema e analisa, toma outro tema e executa, e depois no final, ele reúne todos os temas e os apresenta em um grande clímax. É assim que o apóstolo Paulo faz em suas epístolas. E ele apresentou esta proposição da salvação pela fé.

A Mensagem dos 144 Mil - Parte 4

7º Característica dos 144 Mil: Eles são PERFEITOS
Este é o grande impacto. Leia comigo estas palavras maravilhosas, que contém um tremendo desafio para todos nós, mas não se desanime com elas. Apoc. 14:5: “e não se achou mentira na sua boca; não têm mácula.”
Em um mundo cheio de mácula, em um mundo manchado pelo pecado, pela devassidão, pelo crime, pela violência, pela queda moral e espiritual, erguem-se os 144.000 sem “mácula”, porque são perfeitos. “Não se achou mentira neles”. Porque mentira seria dizer que são cristãos e viverem como mundanos. Mentira seria dizer que seguem o Cordeiro e adorarem à besta.
Mentira seria dizer que guardam os mandamentos de Deus e seguirem obedecendo às leis humanas. Seria viver hipocritamente; mas eles são sinceros, fiéis à Palavra de Deus e verdadeiros crentes em Jesus Cristo, iluminados pelo Espírito Santo.
Não, eles não são mentirosos, não são hipócritas, eles não traem os seus amigos e nem os seus irmãos. Eles não têm “mentira”, a sua vida é “sem mácula” – eles têm o caráter perfeito. Eles preferem morrer a negar o seu Salvador; eles preferem a morte ao pecado.
Prezados irmãos, esta é a mensagem de Deus para nós hoje: Os 144.000 estão se preparando, estão se santificando para ser perfeitos. Você está se aperfeiçoando? Você está se preparando para ser parte dos 144.000? Pois o Espírito Santo está santificando um povo para estar preparado para aquele dia, no tempo das 7 Últimas Pragas, no Tempo de Angústia quando não houver mais Intercessor, quando não tivermos mais a Cristo intercedendo por nós no Santuário Celestial, porque terá passado o Tempo de Graça. Eles serão perfeitos.
Mas isto é mais do que perfeição. Porque perfeição comum é você ser criado perfeito e não ter nenhum pecado, como os anjos lá dos Céus – é uma perfeição comum. Mas perfeição incomum sabe o que é? É nós termos ainda a natureza pecaminosa e não praticarmos o pecado.
Esta será a experiência dos 144.000: naquele tempo eles não cometerão pecado, porque se eles praticassem o pecado, eles já não poderiam ser classificados como homens e mulheres sem mácula. A sua sorte já está definida quando Jesus Cristo trocar Suas vestes sacerdotais. Quando Ele encerrar o Tempo de Graça, quando a Porta da Graça se fechar, então não haverá mais desenvolvimento do caráter. Todos já estarão selados ou para a salvação ou para a perdição (Apo. 22:11). Eles já estarão selados, eles já estarão confirmados, eles já estarão perfeitos; embora tendo ainda a natureza pecaminosa.
Mas eles não conseguiram isto por si mesmos, não. Eles conseguiram isto por Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus. Eles receberam a justiça de Jesus Cristo. Por isso, eles não têm mácula – o 7º característico. O nº 7 é o número da perfeição. E isto indica a perfeição dos 144.000, razão pela qual são selados, protegidos das Pragas e levados para os Céus.
8º Característica: Eles são VITORIOSOS
Este é um característico muito especial. Podemos encontrá-lo em Apo. 15:2: “Vi como que um mar de vidro, mesclado de fogo, e os vencedores da besta, da sua imagem e do número do seu nome, que se achavam em pé no mar de vidro, tendo harpas de Deus”. João está falando dos 144.000. Qual é o seu grande característico? Ah, eles são VENCEDORES.
O nº 7 indica a perfeição, mas o nº 8 é o número da vitória. Então, os 144.000, são os VENCEDORES. A quem eles vencerão? À Besta, à Imagem da Besta e a todos os inimigos de Deus. Isso acontecerá na última grande batalha do Armagedom (Apo. 17:14), com a liderança do Cordeiro, o Rei dos reis e Senhor dos Senhores. A este Cordeiro eles cantam a sua vitória através do cântico de Moisés (Apo. 15:3).
Meus prezados, nem Satanás podia conceber. Eles estarão vivendo no maior Tempo de Angústia, estarão contemplando as 7 Pragas sendo derramadas, estarão recebendo as ameaças dos ímpios e sofrendo a possibilidade da morte pelo Decreto de Morte, mas eles são vitoriosos.
Nem mesmo Satanás, dizia eu, nem mesmo Satanás podia conceber que a última geração – a geração mais fraca de todas as gerações do passado, a geração que sofre pela ira mais intensa e desesperada de Satanás, sem nenhum Intercessor – seja a geração que vence o pecado e triunfa sobre os inimigos de Deus. Nem mesmo Satanás podia conceber que a mais fraca e a mais tentada de todas as gerações fosse a geração dos justos invencíveis.
Como pode a geração mais fraca ser a mais vitoriosa? Por causa do Cordeiro de Deus, que os redimiu e lhes concedeu a vitória. Eles estarão enfrentando o frio, passando fome e sede, sendo ameaçados de morte pelos inimigos, mas eles não cedem à pressão do mundo, da carne e do diabo. No dizer do apóstolo Paulo, eles são “mais do que vencedores por meio dAquele que nos amou” (Rom. 8:37). Esta será uma vitória esmagadora, uma gloriosa vitória.
APELO
Resta-nos perguntar: Você gostaria de fazer parte dos 144.000? Você está realmente se preparando? Você está em comunhão com Jesus Cristo, você está buscando este Jesus Cristo que é o Cordeiro de Deus? Se você fizer isto, você fará parte dos 144.000, esteja vivo, ou morto e ressuscitado na undécima hora.
Você gostaria de fazer parte dos 144.000? Você gostaria de ler mais a sua Bíblia, de ter mais comunhão com Jesus? Você gostaria de exercitar uma fé sincera no Salvador Jesus Cristo?
Você gostaria de ter todos os privilégios dos 144.000 por todos os séculos infindáveis da eternidade? Você está se preparando mesmo? Você está vencendo? Você está sendo vitorioso?
Você está abandonando o pecado, confessando o pecado e deixando isso de lado? Você está conseguindo vitórias?
Nós vamos ouvir uma mensagem cantada. E nesse momento em que o conjunto estiver cantando, eu quero chamar aos jovens, em 1º lugar os jovens; e gostaria de chamar os líderes da igreja, e gostaria de chamar a todos os irmãos e a todos que querem se batizar um dia para que numa entrega completa, numa nova aliança com Jesus Cristo, firmassem um propósito comigo, para estarmos preparados para aquele glorioso dia.
Eu quero firmar um propósito com você: Eu quero ser um dos 144.000, eu quero abraçá-lo naquele dia da volta de Jesus Cristo.
Pr. Roberto Biagini
Mestrado em Teologia
15/07/2009.

A Mensagem dos 144 Mil - Parte 3

5º Característica: Eles são REDIMIDOS
Redimidos dentre os Homens (Apoc. 14:4, 3a parte), porque haverá nesse tempo, 2 classes de homens: os redimidos e os pecadores.
Nós já lemos (v. 3) que eles são “comprados”, comprados a preço de sangue: “comprados da Terra”. Agora nós lemos que eles são redimidos (v.4). Isto é o que significa a Redenção que há em Jesus Cristo: nós fomos comprados; redenção significa o pagamento do preço de um resgate, e aqui nós temos o pagamento do resgate, pelo precioso sangue do Cordeiro.
Quando uma pessoa é seqüestrada, o criminoso exige um pagamento como resgate que coloca o seqüestrado em liberdade. Assim também no Plano da Salvação. O sangue de Cristo, o sangue do Filho de Deus foi o pagamento do nosso resgate. Ao ser pago o preço, imediatamente ficamos livres diante do Universo, livres da escravidão do pecado.
Portanto, estas pessoas, este grupo tão especial dos 144.000, eles são redimidos, e salvos, porém não por seus próprios esforços. Não são salvos por seus próprios méritos. Não são salvos porque eles guardaram o sábado – se bem que eles guardaram o sábado, e foram selados; não são salvos porque eles entregaram o dízimo – mas eles entregam o dízimo; eles fizeram boas obras – mas eles não são salvos pelas suas boas obras. Eles são salvos porque Jesus Cristo morreu na Cruz do Calvário, e eles foram comprados pelo sangue de Cristo. Eles são salvos pela fé em Jesus Cristo e no Seu sangue.
6º Característica: Eles são PRIMÍCIAS
Eles são “primícias para Deus e para o Cordeiro” (Apo. 14:4). Novamente, a palavra Cordeiro. Você aprecia ouvir esta palavra “Cordeiro de Deus”, o Seu sangue derramado? O sangue de Cristo está esparso em toda a Bíblia. E em todo o Apocalipse novamente você se defronta com esta palavra, em nada menos do que 30 vezes, porque este é o ponto central de toda a salvação: o sangue do Cordeiro. Pois eles também são primícias para o Cordeiro.
Mas qual é o característico? Eles são o quê? “Primícias”. Primícias significam os “primeiros frutos”. Os 144.000 são os primeiros frutos da Salvação. Quando Jesus Cristo voltar, Ele encontrará duas classes de justos: os justos mortos e os justos vivos. Qual destas 2 classes você pensa que são os primeiros frutos da Salvação? Qual deles? Os justos vivos ou os justos mortos?
A quem Jesus Cristo encontrará como primeiros frutos? Os justos vivos, evidentemente, porque os justos vivos são aqueles que estão ali “em pé”, contemplando já a Salvação e a glória de Jesus Cristo, nas nuvens. E eles, portanto, são os primeiros frutos – as primícias de Deus.
Conseqüentemente, quando Cristo voltar encontrará os 144.000 que são todos os salvos vivos.
Eles são os últimos dos últimos dias, eles pertencem à última geração dos justos, mas eles são primeiros porque os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos.
Ora, isso nos ajuda a compreender melhor o assunto. “Primícias” é a palavra simbólica mais esclarecedora para você compreender por que é que 144.000 é um número simbólico de um número muito maior, porque quando Jesus Cristo voltar encontrará muito mais que 144.000 justos vivos, cristãos que estarão vivos, espalhados por todo o mundo.
Bem, você já ouviu, de algum pregador, que você deve se esforçar para ser pertencente aos 144.000? [Ellen White: "Esforcemo-nos com todo o poder que Deus nos tem dado para estar entre os 144 mil."; "Procuremos, com todo o poder que Deus nos tem dado estar entre os 144 mil." 7BC, 970; MM 95, O Cuidado de Deus, 337].
Muito bem, não esqueça: os 144.000 são justos vivos. Esteja vivo, portanto, quando Jesus Cristo voltar. É isso que você está pensando? Bem, mas e se eu morrer antes de Jesus Cristo voltar? Então, o pregador está dizendo: “Esforce-se para pertencer aos 144.000. Eles são os salvos vivos.” Se isto é assim, eu tenho que me esforçar para me manter vivo.
Mas isto seria muito engraçado e até muito triste e desanimador para muitos de nós. Porque por mais que nós estamos nos esforçando em cuidar do nosso corpo – não fumando, não bebendo, não usando drogas e não comendo carnes imundas e praticando exercícios físicos e sendo até vegetarianos (muitos, alguns dias) – por mais que nos esforcemos, as forças vitais estão se esgotando e a morte se aproxima. E se eu morrer antes, eu não serei parte dos 144.000?
Tenho uma boa resposta para os irmãos. Em Apo. 14:13, nós encontramos o segredo: “Então, ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham.” Temos aqui uma bem-aventurança: “Bem-aventurados os mortos que morrem no Senhor”. Ah, eles são bem-aventurados, por quê? Porque eles morrem “no Senhor” – estão morrendo como cristãos.
Mas não é só isso. Há um ponto muito interessante que define o tempo: “Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor.” “Desde agora” é o tempo que abarca as três mensagens angélicas. “Desde agora” é o tempo desde 1844 para cá. Portanto, após se encerrar a pregação destas mensagens, vindo o fechamento da Porta da graça, e as 7 Últimas Pragas, “Todos os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo saem do túmulo glorificados” (GC, 637:2) na Ressurreição especial (Dan. 12:2), estarão vivos e farão parte dos 144 MIL. Estarão em pé para contemplar a Vinda de Jesus Cristo.
É por isso que nós lemos aqui em Apo. 14:14, que Jesus Cristo vem ceifar a Terra, e colher os Seus primeiros frutos, as Primícias da Sua Salvação: todos os salvos vivos, os 144.000, inclusive quem morreu de 1844 para cá. Juntamente com eles veremos Ellen White e todos os pioneiros. Portanto, você também pode fazer parte dos 144.000 mesmo que você experimente a morte; se você for fiel, você há de participar deste grupo. Portanto, tenha bom ânimo.

A Mensagem dos 144 Mil - Parte 2

3º Característica dos 144 Mil: FIDELIDADE
Apocalipse 14, versículo 4: “São estes os que não se macularam com mulheres, porque são castos.” O 3º característico é que eles tem FIDELIDADE. Mas em que sentido? Eles “não se macularam com mulheres, porque são castos” – o que significa isto?
Naturalmente, você está lembrado de que no Apocalipse, mulheres são símbolos de igrejas. Em Apocalipse 12 vemos uma virgem pura que representa a Igreja verdadeira; e no capítulo 17, uma meretriz que representa a igreja apostatada, mãe de todas as igrejas falsas. E aqui (Apoc. 14:4) nós temos “as mulheres” representando todas as igrejas apostatadas. Os 144.000 tem fidelidade, fidelidade à verdade: eles não se macularam com as doutrinas falsas das igrejas que seguem a apostasia da Babilônia.
Mas alguém, então, vai dizer: “Bem, eu já passei por várias igrejas. Eu passei pela Igreja Tal e Tal, e por outra igreja, e finalmente, depois de quatro, cinco religiões eu estou agora na Igreja Adventista do 7º Dia. Certamente eu não posso fazer parte dos 144.000, porque eles não se contaminaram com as falsas doutrinas.”
No entanto, meus irmãos, temos boas novas aqui também, porque Deus não conta “os tempos da ignorância” (Atos 17:30), quando nós não conhecíamos a verdade; Ele conta a partir do momento em que você recebe a verdade.
Os 144.000 são aqueles que são fiéis à verdade de Deus, revelada à Igreja Verdadeira e que não se contaminaram com o vinho das falsidades de Babilônia, que não abandonaram o conhecimento de Deus, não trocaram essa a Verdade pelas mentiras da Apostasia. São, portanto, aqueles que realmente crêem na Verdade, e que andam na Verdade, e que proclamam a Verdade, e testificam da Verdade – só a Verdade e nada menos que a Verdade.
Os 144.000 são aqueles que são tão fiéis à Verdade como a bússola o é ao pólo. Eles estão dispostos até a morrer por essa verdade. Única-mente, os que pensam assim é que serão considerados verdadeiramente fiéis e dignos pelo Céu como pertencentes a esse grupo especial.
4º Característica: Eles são CRISTÃOS
Já ouviu falar disso? Pois aqui diz que eles são “seguidores do Cordeiro”. “São eles os seguidores do Cordeiro por onde quer que vá.” (Apoc. 14:4). O que é que significa ser seguidor do Cordeiro? Seguidores de Cristo são cristãos. Os 144.000 aprenderam a seguir a Jesus Cristo aqui na Terra, eles O amavam tanto que estavam dispostos a seguir aonde Ele fosse no caminho da Verdade. E os 144.000 no Céu também são seguidores do Cordeiro por onde quer que Ele vá.
Eles terão o privilégio de visitar os mundos desconhecidos, os mundos das maravilhas, esplendorosos, cheios de beleza, paraísos encantadores. Liderados pelo Cordeiro, eles poderão vislumbrar a todos os milhões de mundos e paraísos que Deus criou neste Universo infinito, e eles hão de seguir o Cordeiro por onde quer que Ele for.
Mas por que é que diz que eles seguirão o Cordeiro? E por que é que não diz que eles estão seguindo a Jesus Cristo? Por que é que não diz que estão seguindo o Filho de Deus? João diz que estão seguindo o Cordeiro. Porque este será o cântico entoado por toda a eternidade, será esta a razão de cantar eternamente, que Jesus é o Cordeiro. E eles testificarão por todo o Universo, por todos os mundos que hão de conhecer que eles estão nos Céus porque Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus que tirou o pecado do mundo através do Seu sangue – é por isso que, com efeito, estão nos Céus e participando dos privilégios e das maravilhas e dos encantos que Deus reservou para eles.
Muitos se intitulam pelo nome de cristãos, mas não seguem o Cordeiro por onde quer que Ele vai no caminho da Verdade e da Justiça e do Amor. Ser cristão significa muito mais do que vir à igreja, muito mais do que estudar a Bíblia. Significa seguir o Cordeiro na sua vida particular.
E você encontra o Cordeiro nas páginas luminosas do Apocalipse para que você não se esqueça de que Jesus Cristo morreu na Cruz do Calvário, e isto é a base para você se tornar um dos 144.000, o fundamento para você ser um verdadeiro cristão porque eles são cristãos.

A Mensagem dos 144 Mil - Parte 1

Este sermão foi escrito pelo Pastor Roberto Biagini em seu Mestrado em Teologia no dia 15/07/2009
Desejo neste estudo responder a uma questão, a uma pergunta que tem sido a preocupação de muitos cristãos que lêem a Bíblia. Você está envolvido quer queira, quer não.
A pergunta é: QUAL É A MENSAGEM DOS 144 MIL? Quem são os 144 mil? Quais são os seus privilégios e por que eles têm esses privilégios?
Há algumas TEORIAS ACERCA DOS 144 MIL:
1) Alguns dizem: Os 144.000 se referem àqueles JUDEUS DA PELESTINA, que vão aceitar a Jesus como o Messias, vão pregar o evangelho, e converter o mundo inteiro, através dos próprios judeus em nº de 144.000.
2) Outros dizem que os 144.000 são AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ, que forem escolhidos para ir morar no Céu, enquanto todos os outros salvos ficarão reinando na Terra.
3) Outros dizem que 144.000 é um NÚMERO SIMBÓLICO, e que esse número representa uma classe de cristãos numa multidão muito maior do que o número representa.
4) E outros ainda dizem que 144.000 é um NÚMERO LITERAL, um número especial, um grupo de cristãos que vão se destacar entre todos os que forem salvos para o Céu.
O que a Bíblia diz sobre esse tema, um dos mais preciosos assuntos do livro do Apocalipse? A melhor maneira de entender esse assunto, é verificar alguns aspectos:
As Características dos 144 Mil
1a Característica: Eles são SELADOS
Lemos em Apo. 14:1: “Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, tendo na fronte escrito o seu nome e o nome de seu Pai.”
Aqui nós temos uma visão. O apóstolo João olhou, e viu o Cordeiro. Esta palavra aparece 30 vezes no Apocalipse, e naturalmente se refere a Cristo. Em 1º lugar, portanto, se revela a Figura incomparável de Jesus Cristo, chamado de Cordeiro porque morreu pelos nossos pecados.
Em 2º lugar, encontramos o monte Sião que está na Palestina, o monte sobre o qual foi construída a cidade de Jerusalém e o templo; e portanto, o monte Sião se torna o sinônimo da Nova Jerusalém, do Templo e do próprio trono de Deus que está no Santuário Celestial.
E logo a seguir, nós temos os 144.000. E o 1º característico nós vemos aqui:
Eles têm nas suas testas, nas suas frontes gravado o nome de Deus e o nome de Jesus Cristo. E o Seu nome é YAHWEH ou Javé. Eles são SELADOS. Eles foram escolhidos para receberem o selo de Deus. Nem todos serão selados; somente os 144 MIL.
Mas isto nos leva ao capítulo 7, onde nós temos uma Obra de Assinalamento dos Justos dos últimos dias, antes da Obra de Destruição pelas 7 Últimas Pragas. Apo. 7:1-4, vamos ler estas palavras tão cheias de significado:
“1 Depois disto, vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, conservando seguros os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma. 2 Vi outro anjo que subia do nascente do sol, tendo o selo do Deus vivo, e clamou em grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer dano à terra e ao mar, 3 dizendo: Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus. 4 Então, ouvi o número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel:” De cada tribo, foram selados 12.000.
O capítulo 7 é um capítulo parentético, é o capítulo que está entre parênteses, entre o 6º e o 7º Selos. O capítulo 7 foi escrito para responder a uma pergunta feita pelos perdidos, e que se encontra no último verso do capítulo 6. Em Apo. 6:16 e 17, nós lemos a pergunta desesperadora dos ímpios: “16 e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro, 17 porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?”
Esta é a exclamação duvidosa dos ímpios. Para eles não pode haver ninguém que seja salvo naquele momento dramático, quando as 7 Últimas Pragas estarão sendo derramadas sobre eles. Quando eles sentirem a ira de Deus sobre si, eles não poderão conceber que alguém possa estar vivo diante da ira do Cordeiro. Mas eles não conhecem o Cordeiro. “Quem poderá subsistir?” perguntam eles. A resposta está aqui no capítulo 7. Quem ficará em pé naquele dia? Os 144.000. Somente eles hão de subsistir nas 7 Últimas Pragas.
Mas como poderão eles ficar seguros e não ser destruídos? Qual é o seu segredo? Resposta: Eles foram selados por Deus, e todos os que forem encontrados com o Selo de Deus, serão protegidos da destruição das 7 Pragas. Portanto, o propósito da Obra do Selamento é a proteção. Os 144.000 estarão plenamente protegidos por Deus.
Como no tempo das 10 pragas do Egito, o povo de Israel foi protegido pelo sangue do cordeiro, assim no tempo do fim, os 144 MIL, israelitas espirituais, serão protegidos porque crêem no “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, e tem o Seu sangue nos umbrais das portas do seu coração.
Você tem o sinal do sangue no seu coração? O sangue do Cordeiro é a maior proteção, é a base, o fundamento de toda a proteção. Você tem o sangue no coração, o sangue de Jesus Cristo? Você tem o sinal do sangue nas ombreiras da porta do seu coração? Você tem que ter o sangue.
Mas o que significa este sinal, o Selo de Deus? Porque eles são assinalados com o SELO DO DEUS VIVO. A Bíblia diz que o Sábado é o Sinal (Eze. 20:20) ou Selo (GC, 640:2), que contém o nome de Deus, que será gravado nas frontes, nas testas de todos os que guardam e santificam o Sábado, formando um grupo especial de 144.000 pessoas que hão de estar em pé durante a destruição deste mundo pelas 7 Últimas Pragas por ocasião do Decreto Dominical.
E todos os que guardam o Sábado serão desse modo selados e protegidos contra as catástrofes que acontecerão em breve neste mundo. Mas somente os 144.00 serão selados, com o nome de Deus. Os outros serão assinalados pelo Sinal da Besta, e recebem o seu nome, enquanto estarão guardando o domingo de acordo com as leis da Apostasia mundial.
Mas QUAL É O SIGNIFICADO DO NÚMERO 144 MIL?, que alguns dizem que se refere a um número literal; outros dizem que é um número simbólico. Como nós podemos saber com exatidão?
De fato, nós temos aqui um contexto completamente simbólico. Nós lemos sobre os 4 anjos, os 4 cantos da terra, os 4 ventos, o outro anjo; nós temos o selo do Deus vivo; nós temos o povo de Israel – e todas estas palavras são simbólicas. E o número 144.000 também terá de ser simbólico se nós quisermos compreender este maravilhoso assunto, em toda a sua extensão.
O número 4 é símbolo de totalidade e universalidade: 4 anjos são todos os anjos que estão trabalhando na Terra; 4 ventos são todas as lutas do mundo; 4 cantos são todos os pontos cardeais que são 4: Norte, Sul, Leste, e Oeste.
Mas e os 144.000? Qual é o seu simbolismo? Qual é o número-chave para nós compreendermos os 144.000? O próprio texto já indicou o nº 12. Nós aqui temos 12 tribos. 12 é o número perfeito porque é formado de números perfeitos: 12 é a mesma coisa do que 3 x 4; 3 é o nº da Trindade, 4 significa universalidade, e portanto, 12 significa o NÚMERO DO GOVERNO DE DEUS.
Por exemplo: 12 patriarcas; 12 tribos; 12 profetas menores, 12 apóstolos, 12 portas de Jerusalém, 12 fundamentos com o nome dos 12 apóstolos. Doze é o número do governo. O Sol e a Lua governam o dia e a noite, e estão relacionados com 12 meses. Doze, portanto, é o número do governo de Deus.
Mas se multiplicarmos 12 x 12, teremos 144. Aqui temos, portanto, a chave: 12 x 12 = 144. Mas nós temos também o número 1.000, que é formado de 10 x 10 x 10. O número 10 é um número completo mas ainda indefinido. Quando chegamos a 1.000, encontramos o número das multidões: é um número indefinido como “milhares de milhares” – não sabemos o seu número exato. Por exemplo: Na multiplicação dos pães havia 5.000 homens, além de mulheres e crianças. Portanto, mil é um número perfeito, completo, mas ainda indefinido.
Doze multiplicado por doze, e multiplicado por mil, dá 144.000 (12×12x1.000 = 144.000), significando um número abarcante, um número completo; mas, embora completo e perfeito, é um número indefinido porque abarca todos os homens e todas as pessoas que devem ser incluídas nesse número.
Portanto, 144 MIL é um número simbólico que representa uma multidão cujo número não foi revelado; portanto, só Deus conhece o número de pessoas que compõem literalmente esse número que se demonstra simbolicamente.
Uma das maiores confirmações desse fato é a declaração de Ellen White que disse que viu lá nos Céus os 144.000 em quadrado perfeito.
Primeiros Escritos, pág. 16 – “Ali, sobre o mar de vidro, os 144.000 ficaram em quadrado perfeito.”
Então, se você toma a sua calculadora e tira a raiz quadrada de 144.000, verá que esse número não tem quadrado perfeito. E isto indica, conseqüentemente, que este é um número muito mais abarcante do que 144.000. Há um número exato na raiz quadrada de 144 que é 12; mas quando nós o multiplicamos por 1.000 (144×1.000), nós temos o número das multidões, portanto, é um número perfeito, mas ainda indefinido. Conseqüentemente, nós temos os 144.000 como símbolo de um número mais abarcante do que o próprio número.
Quem são eles? Os 144.000 são os escolhidos que serão selados, representados por um número simbólico indefinido, maior do que ele mesmo, que só Deus conhece.
2º Característica: Eles são Músicos
Lemos em Apo. 14: 2 e 3: “Ouvi uma voz do céu como voz de muitas águas, como voz de grande trovão; também a voz que ouvi era como de harpistas quando tangem a sua harpa. 3 Entoavam novo cântico diante do trono, diante dos quatro seres viventes e dos anciãos. E ninguém pôde aprender o cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.”
Aqui nós temos o 2º característico: estes 144.000 eles são musicistas, eles são MÚSICOS – eles tocam harpa e eles cantam maravilhosamente, com melodia e cantam com beleza, emoção e harmonia. Realmente, a música é um dos mais preciosos dons de Deus e não devia ser esquecida.
Mas alguém poderia dizer: “Bem, eu não sou parte dos 144.000 porque eu não sei música e não sei cantar.” É difícil encontrarmos pessoas que tocam instrumentos musicais e que cantam harmoniosamente. E há muito poucos que tocam harpa. Há alguém aqui que toca harpa? Mas, há boas novas, irmãos. Ninguém deve ficar preocupado, sabe por quê?
Certa vez um pastor visitava a igreja adventista central de P. Alegre, e pregou num grande auditório sobre esse fato, de que os santos hão de tocar harpas, e ele disse: “Acontecerá um milagre, Deus vai lhe dar uma harpa, um anjo de Deus virá trazendo uma harpa – e eu nunca aprendi harpa, mas de repente, eu começo a tocar a harpa e cantar melodiosamente”. Este será um emocionante milagre.
Mas o que significa O NOVO CÂNTICO – Eles têm um cântico novo, muito especial; ninguém pode aprendê-lo. Mas qual é o seu cântico? Apo. 15: 3: “e entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações!”
Qual é o seu cântico? O que significa o cântico de Moisés e o cântico do Cordeiro? Para sabermos o seu significado, precisamos lembrar a história do povo de Deus no passado quando estavam saindo do Egito.
O povo de Israel se encontrava encurralado: À sua direita estavam as montanhas, à sua esquerda havia outras montanhas, à sua frente estava o mar, o Mar Vermelho; e eles viram que atrás, na sua retaguarda vinham os exércitos dos egípcios armados e preparados para matá-los.
E eles então ficaram muito temerosos, eles ficaram tremendo de medo, sem saída, sem solução, e nesse ponto eles clamaram para Moisés: “Moisés, teria sido muito melhor se nós tivéssemos ficado no Egito, trabalhando, do que agora sermos mortos com os nossos filhos, nesse deserto. O que faremos agora, Moisés? Como escaparemos dos nossos inimigos.”
E então Moisés respondeu: “Aquietai-vos e vede o livramento do SENHOR” (Êxo. 14:13). Mas Moisés foi até Deus: “Senhor, e agora, o que é que vamos fazer? Então disse Deus: “Por que clamas a Mim?”, Moisés. “Dize ao povo que marche.” (v. 15). E deu instruções para Moisés usar a sua vara nas águas (v. 16). E as águas do mar se abriram (v. 21) e o povo de Israel passou em seco (v. 22), atravessando o mar por uma intervenção miraculosa de Deus. Então, Moisés cantou um hino de louvor a Deus (em Êxo. 15).
Os 144.000 passarão pela mais terrível tribulação de todos os séculos; no entanto, no momento mais difícil eles serão libertados. No momento de maior aperto com os exércitos inimigos apontando as suas armas, quando estiverem encurralados eles serão libertos. Então, hão de cantar o cântico da sua própria experiência, que ninguém pôde aprender, porque só eles passaram por essa tribulação, e só eles podem entoar o cântico do livramento – o cântico do Cordeiro.

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