Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos. Salmo 73:2
Peter Marshall, famoso pastor presbiteriano escocês, falecido em 1949, conta que, quando jovem, passou um verão trabalhando em Bamburgh, uma cidadezinha da Inglaterra. Numa noite escura e sem estrelas, ao voltar de uma aldeia vizinha, ele se perdeu em meio aos pântanos, ao procurar um atalho. “Sabia haver uma jazida de calcáreo funda e abandonada perto de Glororum Road, mas achava que podia evitar o lugar perigoso.
“Repentinamente ouviu alguém chamar: ‘Peter!’ Havia urgência na voz. Parou para responder: ‘Sim, quem é? O que quer?’
“Durante um segundo esperou a resposta, mas só o som do vento lhe respondia. O pântano parecia deserto. Julgando que se tivesse enganado, andou mais alguns passos. Então ouviu com mais urgência ainda: ‘Peter!’
“Parou imediatamente, imóvel, tentando vislumbrar alguma coisa naquela escuridão impenetrável; contudo, repentinamente, tropeçou e caiu de joelhos. Estendendo a mão para se levantar, não encontrou nada. Investigou cuidadosamente, passando a mão em semicírculo ao redor de si, e descobriu que estava bem na beira da pedreira abandonada. Mais um passo, e cairia no abismo, voando para a morte certa.”
Peter Marshall afirma que “nunca houve em sua mente dúvida quanto à origem daquela Voz. Sentiu que Deus deveria ter um grande alvo para sua vida, para intervir assim tão claramente” (Para Todo o Sempre, p. 24, 25).
O salmista Asafe conta, no Salmo 73, que correu um risco semelhante em sua vida espiritual, ao ver a prosperidade dos ímpios. Ele esteve à beira da incredulidade, pouco faltando “para que se desviassem os seus passos”. E como é que Asafe escapou da tragédia? A resposta está no verso 17: “Até que entrei no santuário de Deus”. Ali ele teve um vislumbre da final destruição dos maus. Percebeu, uma vez mais, que os problemas da vida só podem ser solucionados através da comunhão com Deus.
É possível que você, também, já tenha se perdido em meio aos pântanos desta vida e chegado à beira do abismo. Talvez ainda sinta, de vez em quando, o desejo de “jogar tudo para o alto” e “sumir do mapa”.
Não deixe seus pés resvalarem. Siga o exemplo de Asafe. Entre no santuário de Deus e ouça-Lhe a voz, chamando-o pelo nome. Ele tem grandes planos para você.
RUBEM M. SCHEFFEL
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