A galinha e seus pintinhos

Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis Eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes! Mateus 23:37

Quando uma galinha chocou os seus ovos e teve uma linda ninhada de pintinhos listrados, Sharon ficou encantada.

Ela notou que a galinha passava apuros tentando fazer aqueles filhotes teimosos obedecer. Ela cacarejava para eles, trazia-os para debaixo de si para mantê-los aquecidos, mas logo surgiam suas cabecinhas espiando em todas as direções. Ela se acomodava novamente sobre eles, arrepiando-se toda, mas, num instante, os filhotes escapavam, achando que o mundo lá fora era mais interessante do que ficar protegidos embaixo das asas da mãe.

Os pintinhos tinham apenas alguns dias quando o Serviço de Meteorologia anunciou frio intenso. Ao entardecer as galinhas foram para os seus ninhos macios, no galinheiro. Mas os pintinhos curiosos não ficavam embaixo da mãe. Sharon foi para a cama pensando se a coitada da galinha não passaria a noite em claro, tentando proteger os 14 pequenos rebeldes.

Pela manhã a galinha cacarejava desesperadamente. Espalhados em volta dela estavam oito pintinhos congelados. Os outros seis estavam embaixo dela, aquecidos e salvos. Ela havia feito o que podia para protegê-los, mas alguns deles acharam que lá fora era melhor. E morreram congelados.

Jesus, o Bom Pastor, usou a analogia da galinha e seus pintinhos para ilustrar Seu amor e cuidado por Seu povo. Mas, com frequência, alguns de Seus filhos, atraídos por luzes ofuscantes, diversões e outros interesses, abandonam a segurança da família de Deus e se aventuram pelo mundo, até descobrirem que o seu amor pelas coisas espirituais se esfriou.

Então alguns dos seus irmãos se perguntam: “Terá sido falha nossa? E se lhes tivéssemos feito uma visita? Tirado suas dúvidas? Isso faria diferença?”

Quando alguém se perde pelos meandros do mundo, fazendo uso de seu livre-arbítrio, e atraído pelas seduções de Satanás, o inimigo aponta o dedo aos membros da igreja e acusa: “Foi culpa sua!”

Mas não podemos salvar a todos. Na verdade, não podemos salvar ninguém, nem mesmo nossos filhos (ver Ez 14:20). Jesus quis salvar Jerusalém e seus filhos, mas eles não quiseram. O seu sangue será sobre a cabeça deles.

Mas Cristo pode salvar totalmente os que, por Ele, se chegam a Deus (Hb 7:25).

Meditações Diárias - Rubem Scheffel

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