Perto do Coração de Deus



Por Ellen White

Esse artigo foi publicado na revista Signs of the Times de 17 de novembro de 1898. Os adventistas do sétimo dia creem que Ellen G. White (1827-1915) exerceu o dom de profecia bíblico durante mais de 70 anos de ministério público.

O Senhor do Céu não está desatento às nossas preocupações, mas está em comunicação com os habitantes deste mundo caído. Cristo não Se despiu de Sua natureza humana; está na presença de Deus como nosso substituto e garantia, nosso intercessor vivo. A Ele foi dado todo o poder em favor da humanidade, e todas as coisas foram entregues em Suas mãos para que complete a obra de redenção, a qual iniciou com tanta humilhação e com tão imenso sacrifício.

O Senhor está em ativa comunicação com todas as partes de Seu vasto domínio. É o representante de tudo concernente à Terra e seus habitantes. Ele ouve cada palavra que é pronunciada. Ouve cada gemido, toda oração; observa os movimentos de cada um e aprova ou condena cada ação. A mão de Cristo afasta o véu que esconde de nossos olhos a glória do Céu, e O contemplamos em Seu alto e santo lugar, não em estado de silêncio e indiferença para com Seus súditos do mundo caído, mas circundado por todas as hostes celestes, milhões e miríades, todos esperando por Sua ordem para sair em sua missão de misericórdia e amor…

Cristo ensinou Seus discípulos que a quantidade de atenção divina dada a qualquer objeto é proporcional ao grau atribuído a ele na criação de Deus. Ele chamou a atenção deles para as aves do céu. Nem um pardal, Ele disse, cai ao chão sem que o Pai celestial o perceba. E se o pequeno pardal é considerado por Ele, certamente a alma daqueles por quem Cristo morreu é preciosa a Seus olhos. A importância do homem e o valor que Deus coloca sobre ele, são revelados na cruz do Calvário …

De modo a expandir nossa compreensão sobre a benevolência e amor de nosso Pai celestial, Cristo nos lembra que Deus envia Sua chuva sobre justos e injustos, e “faz nascer o sol sobre maus e bons”. Cristo nos conduz ao campo aberto da natureza, e procura nos ensinar a lição de que a Mão que sustenta o mundo e pinta o lírio do campo e as flores de variada beleza é a mão do grande Mestre-Artista. É Ele quem dá a cada uma sua beleza singular. Ele nos diz que nem Salomão, com toda a sua glória, se vestiu como uma dessas simples flores, que Ele nos deu como expressão de Seu amor pelo homem.

Cada gota de chuva, cada raio de sol enviado ao nosso ingrato mundo, é uma evidência da infinda paciência e amor de Deus. Se a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao forno; se as lindas flores, que encantam nossos sentidos, revelam a habilidade requintada e o cuidado da parte do grande Mestre-Artista, não podemos ter ideias exageradas do valor que Deus coloca sobre os seres humanos criados à Sua semelhança. E Ele não vai permitir uma ação egoísta, descortês ou indelicada de um ser humano para com outro…

Quem pode medir ou antecipar o dom de Deus? Por séculos, o pecado tem interrompido o fluxo da divina benevolência para com o homem; mas a misericórdia e o amor de Deus pela raça caída não pararam de se acumular, nem se perderam em direção à Terra. Foram os habitantes do mundo, sua razão pervertida, que transformaram a Terra em casa de leprosos. Mas Deus ainda vive e reina e, em Cristo, Ele derrama sobre o mundo uma torrente de cura. Pelo dom do amado Filho de Deus, uma definitiva visão de Seu caráter foi dada à raça que nunca está ausente de Sua mente. Seu próprio coração está aberto pela lei real. O infinito estandarte é oferecido a todos, para que não haja nenhum engano em relação à espécie de povo que Deus deseja em Seu reino. Somente os obedientes a todos os Seus mandamentos se tornarão membros da família real, filhos do Rei celeste. Eles serão honrados com a cidadania do alto, uma vida na proporção da vida de Deus, uma vida sem tristeza, dor, ou morte por toda a eternidade.

Fonte: http://setimodia.wordpress.com/

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